domingo, 20 de novembro de 2011

"O HOMEM-CONCHA/A CASA DO PENHASCO" - JOHNNY VIRGIL

LIVRO  : “O HOMEM-CONCHA/A CASA DO PENHASCO”
AUTOR: JOHNNY VIRGIL
EDIÇÃO DO AUTOR
PÁGINAS – 160
1ª Edição  2011
 CATEGORIA: ROMANCE BRASILEIRO
ISBN – 978-85-900640-5-3

 

CITAÇÃO: “FOI AÍ QUE O CÉU ASSUMIU CORES DE UMA BELEZA ESTONTEANTE. DE REPENTE, O AZUL SE MISTUROU A UM AMARELO-OURO, O VERMELHO SE DILUIU EM UMA COR DE COBRE. ERAM CORES FORTES, QUE ACABARAM TINGINDO A ÁGUA DO OCEANO. A SENSAÇÃO DE PAZ ERA INDESCRITÍVEL. TANTO O VELHO QUANTO O HOMEM-CONCHA ESTAVAM CALADOS. LAMBIDA PARECIA ESTAR DE BARRIGA FORRADA, NESTE MOMENTO. NÃO VENTAVA, E NÃO SE OUVIA O BRAMIDO DO MAR”. (PÁG. 60/61)


RESUMO SINÓPTICO: A história do livro é baseada um homem que nasce adulto, que aparece na beira da praia em uma noite de tormenta. Nas costas, ele traz uma grande concha, na qual se esconde dos perigos do mundo exterior. Acostumado a viver solitário, tudo muda após ser encontrado por um simpático senhor , denominado o Velho, que o acolhe em seu lar, ensinando-o a falar, comer e se vestir. Com o tempo, encontra em dois cães: Lambida e Alegria,  uma amizade incondicional, pela qual arrisca a estabilidade do seu mundo perfeito. O homem-concha é um personagem fantástico, simbólico e divertido, que enfrenta as maldades do cotidiano com sua alma pura. É um herói da alma, dos bons pensamentos, da humildade, coração simples e terno, porém por vezes, incompreendido. A própria filha do Velho no início, assusta-se com o homem-concha, para em seguida, tentar protegê-lo, como o Velho faz, das maldades do mundo.
O primeiro volume da saga do homem-concha, intitulado A casa do penhasco, é dedicado a contar as primeiras aventuras e desvendar alguns dos mistérios que circundam a história deste personagem ficcional.


CITAÇÃO: “O velho então observou que mais um pequeno pedaço da concha do homem-concha estava falando. Ficou sem palavras. Quantas vezes alguém lhe havia entregue uma parte do próprio corpo para que a carregasse no pescoço, na forma de um amuleto. Como uma dádiva que não exigia cobrança? Nunca. Viver uma vida inteira, anos após anos, para descobrir que poderiam ter sido melhores, que poderiam ter sido menos vazios. Ah! Tantas pessoas que nos dão as mãos, que nos cumprimentam, que passam por nós sem que nos apercebamos. Vão, vem, nada nos dizem, não nos impressionam: não nos reclamam o coração para si. E, então, um ser especial aparece em nossa praia e se mostra inteiramente disponível para amar.” (págs. 62/63)


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: O homem-concha é um livro que quebra paradigmas. O primeiro deles é não dar ‘nomes’ as personagens, são chamados por seus adjetivos, isso por si só já é interessante. Outro paradigma que se contrapõe é o de que as aparências enganam e podem causar muito sofrimento a quem é diferente.
O livro não é apenas mais um livro de literatura fantástica e criativa, supera o óbvio, traz a crença de que ainda existe seres bons, sem maldade. Mostra o quanto a simplicidade de atitudes pode trazer felicidade aos corações incompreendidos. Trata o preconceito de forma subliminar, enaltece a verdade dos diferentes, confirma o desespero das pessoas ao que é diferente, sem nem ao menos, tentar entender ou conhecer aquilo que difere.
É um livro delicado e sensível, que mostra acima de tudo, que o amor verdadeiro existe, sem nada exigir em troca, sem nada pedir, basta apenas, doar-se e aceitar o que lhe é dado de bom coração. Descrevê-lo em uma palavra: SENSIBILIDADE!

 NOTA: 5,0 DE 5,0.

cheirinhos:)
Rudynalva

Um comentário:

  1. Realmente um livro muito sensível, nos desacostumamos a encontrar personagens sem nome e a primeira vista parece estranho né? rs mas depois a gente percebe o quanto os nomes não fariam diferença na obra. ótima resenha

    BJão =^.^=

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