quarta-feira, 13 de março de 2024

O PODEROSO FEITIÇO DE AGATHA CHRISTIE PARA ILUDIR O LEITOR

 


Resenha do livro “NOITE DAS BRUXAS”, de Agatha Christie


Com saudade de ler a Rainha do Crime, caí na cilada de experimentar um desses sucedâneos que vêm sendo publicados de uns anos para cá, com autores contratados pelos herdeiros de Agatha Christie tentando esticar e fazer render um pouco mais o seu legado.

O livro que tentei ler (e abandonei na página 66) foi “Os Crimes do Monograma”, de Sophie Hannah (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2024/02/o-irreconhecivel-bigodao-de-hercule.html). Para tirar o gosto ruim dos olhos, resolvi reler pela segunda ou terceira vez esse clássico indiscutível da Dama: “Noite das Bruxas”.

Não lembro se já havia lido esse livro duas ou três vezes antes, mas me lembro bem de que na primeira leitura de “Noite das Bruxas” fui docemente ludibriado por Agatha, como em tantas outras vezes. Chega a ser impressionante a simplicidade com que ela faz o seu “feitiço”, superando facilmente desafios como o reduzido elenco de suspeitos. Palmas para Agatha!



De resto, a leitura me marcou pela sugestão de um clima mórbido e melancólico, insinuado pela crueldade e frieza dos crimes cometidos no livro e que são o mote do mistério a ser solucionado. Algumas frases também marcaram:

“Não acontece às vezes a gente dar umas mordidas numa bela maçã vermelha e suculenta e, já no fim, ver algo nojento se levantar e sacudir sua cabeça para nós?”

“Diante do que se lê e se ouve hoje em dia, parece que grande parte da sociedade está se acostumando, lenta mas seguramente, com o crime.”


Ainda não vi a recente adaptação de Kenneth Branagh para o cinema, mas, pelo trailer (https://youtu.be/CLpH3-rcHdQ?si=iOdVcmh6vf43TeG5), parece que se trata de uma história completamente diferente.


   

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

Facebook: https://www.facebook.com/fabioshivaprosaepoesia

Instagram: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/

 

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O SINCRONICÍDIO: Sexo, Morte & Revelações Transcendentais – Fabio Shiva

Leia o PDF grátis:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612

Para celebrar o seu décimo aniversário, a Caligo Editora está disponibilizando gratuitamente o PDF do romance policial “O SINCRONICÍDIO: sexo, morte & revelações transcendentais”, de Fabio Shiva. Lançado em 2013, o livro chama atenção pela originalidade da trama, que mistura xadrez e I Ching.

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

Suspense, erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo (clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das Mutações. Um romance de muitas possibilidades.

Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender o leitor.

 

Livro físico:

https://bit.ly/43G7Keq

 

E-book:

https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J

 

Book trailer:

http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA


 

Baixe o PDF gratuitamente:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612

 

sexta-feira, 1 de março de 2024

SÓ COM MUITO CINISMO PARA SER UM BOM DETETIVE EM UMA NAÇÃO DE ASSASSINOS

 


Resenha do livro “ASSASSINO BRANCO”, de Philip Kerr

Gostei demais desse livro, que me pegou totalmente de surpresa. São muitas camadas possíveis de leitura e reflexão que podemos fazer, e isso em uma história de suspense arrebatador, que nos faz virar compulsivamente as páginas.

“Assassino Branco” é o segundo volume da trilogia “Berlim Noir”, do escritor escocês Philip Kerr. Foi realmente um achado a ideia de ambientar tramas policiais noir na Alemanha Nazista. Nesse volume dois estamos no ano de 1938, pouco antes da infame “Noite dos Cristais”, que de certa forma dá o mote do enredo. Kerr surpreende na vívida reconstrução histórica, que nos faz vivenciar o ambiente progressivamente asfixiante do nazismo em ascensão, com a perspectiva da guerra cada vez mais iminente e a banalização da violência, da truculência, da estupidez arrogante.


O detetive Bernie Gunther é outro achado. Mesmo contra a vontade, ele prospera nos círculos da polícia nazista, por possuir uma qualidade rara nesse meio: a inteligência. E para defender a própria sanidade, ele se vale da ironia, do sarcasmo e do cinismo. O que nos brinda com tiradas como:

“Ter muito dinheiro não é garantia de bom gosto, mas pode tornar sua falta muito mais óbvia.”

E aí chegamos aos assassinatos, que são especialmente brutais para conseguir chamar a atenção em uma época de tanta brutalidade: belas adolescentes arianas são encontradas mortas após um ritual de tortura que sugere ritos satânicos. Convocado para deslindar os crimes, Gunther se empenha de corpo e alma na missão, mesmo questionando a ambiguidade moral de perseguir um assassino em uma nação que exalta e celebra o assassinato:

“Qual a importância de mais um psicopata entre tantos?”

Em outras palavras, como estabelecer os imprescindíveis limites entre “certo” e “errado”, que nos definem como humanidade, quando a maioria das pessoas (ou ao menos das pessoas em posições de poder) defende as maiores vilanias como atos de heroísmo e a canalhice como sinônimo de virtude? Essas reflexões suscitadas por um romance ambientado na Alemanha de 1938 não deixam de evocar um espaço-tempo bem mais recente: esse parágrafo poderia estar muito bem descrevendo o Brasil de 2018. E aí nos deparamos com essa pérola, que para mim sintetiza o brilho de “O Assassino Branco”:

“A vida é apenas uma batalha para manter uma pele civilizada.”

Ainda tive um ganho a mais com essa leitura, que quero registrar aqui. Em dado momento, fiquei impressionado com a finesse da construção da trama, unindo diversos elementos colocados no início do livro às complexas consequências que afloram no final. E pensei, cheio de admiração: “Deve ter dado um trabalho e tanto escrever esse livro.” Pois bem, pouco depois me vi entretido em solicitar a criação de imagens por meio da Inteligência Artificial, e notei um curioso fenômeno: os desenhos, belíssimos, foram progressivamente me causando tédio. Isso me deu um vislumbre de nossa interação com as obras criadas por IA em um futuro próximo: à medida em que seu uso for se banalizando, ficaremos cada vez mais indiferentes e apáticos diante de uma arte destituída por completo de sua “aura” (no sentido dado por Walter Benjamin). Veremos.


 

 

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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O SINCRONICÍDIO: Sexo, Morte & Revelações Transcendentais – Fabio Shiva

Leia o PDF grátis:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612

Para celebrar o seu décimo aniversário, a Caligo Editora está disponibilizando gratuitamente o PDF do romance policial “O SINCRONICÍDIO: sexo, morte & revelações transcendentais”, de Fabio Shiva. Lançado em 2013, o livro chama atenção pela originalidade da trama, que mistura xadrez e I Ching.

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

Suspense, erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo (clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das Mutações. Um romance de muitas possibilidades.

Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender o leitor.

 

Livro físico:

https://bit.ly/43G7Keq

 

E-book:

https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J

 

Book trailer:

http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA


 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

O GRANDE GATSBY – F. Scott Fitzgerald (Atmosfera Literária com Fabio Shiva)


 

Esse livro alcança uma das mais altas metas que um romance pode ter, que é expressar a vida em sua totalidade. Ao término da leitura, impactados e comovidos, julgamos ter compreendido algumas das intenções do autor, ter captado alguns ricos simbolismos e metáforas, mas o impacto maior vem justamente da parte que nos escapa, que não conseguimos identificar ou definir, mas que ainda assim reverbera em nosso espírito... ao menos para mim, é assim que reconheço uma autêntica obra de arte!

https://youtu.be/dSxndjUVw5k

 

 

“Atmosfera Literária com Fabio Shiva” é um quadro do programa ATMOSFERA 102, da Rádio 102.7 FM (Além Paraíba – MG), todo sábado de 12h às 14h, com apoio da EDITORA NATESHA. Apresentação: Fernando Bamboo. Técnico de Som: Venilton Ribeiro.

 

https://www.radios.com.br/aovivo/radio-1027-fm/17615

 

 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

COM DIFICULDADES, CADA UM DE NÓS VOLTARÁ A SER UMA CRIANÇA-ESTRELA

 


Resenha do livro “A CRIANÇA-ESTRELA”, de Oscar Wilde (traduzido e adaptado por Leonardo Triandopolis Vieira)

Cada vez admiro mais o espírito inquieto e intrépido do querido Leonardo Triandopolis Vieira, sempre às voltas com instigantes empreendimentos literários. Quando não está escrevendo suas próprias e originalíssimas histórias, que desafiam classificação (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2023/12/androides-nao-podem-sonhar-com.html), Leonardo embarca em surpreendentes aventuras coletivas (numa das quais tenho a alegria de participar, mas isso ainda é surpresa, por enquanto vide: https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2024/01/na-escuridao-do-sentido-o-encontro.html). Entre uma coisa e outra, dedica-se a resgatar e/ou recriar clássicos de nossa literatura, como “Evocações” de Cruz e Souza e “O Uraguai” de Basílio da Gama. E ainda tem tempo de intentar belos esforços como esse de “A Criança-Estrela”, recontando em português um dos contos mais celebrados de Oscar Wilde. Nisso tudo sinto o inequívoco pulsar de uma genuína vocação literária, de um chamado autêntico sendo atendido com a nobre força de uma alma inteira. Bravo! Bravíssimo, meu querido “Irmão Cidade”! Que a jornada literária a Triandopolis seja encetada por mais e mais leitores sedentos de algo puro e verdadeiro.


Achei sensacional a proposta de traduzir para o português e adaptar para a realidade do sertão nordestino essa história originalmente ambientada no rigoroso inverno europeu. O que dá margem a reflexões sempre bem-vindas sobre os relativismos do mundo da dualidade: morrer de calor excessivo ou de frio intenso, no fundo, dá no mesmo. O que importa é a persistência da vida que encontra seus caminhos em meio às adversidades.

 

É impossível falar dessa versão de “A Criança-Estrela” sem mencionar as belas e abundantes ilustrações feitas por Inteligência Artificial, que ajudam sobremaneira a ambientar a história no cenário do agreste nordestino. A riqueza das ilustrações e a elegância da diagramação agregam grande deleite estético à experiência da leitura.

Quanto à história em si, é linda e comovente, com o toque inconfundível da ironia de Oscar Wilde. Em minha leitura pessoal, optei por transmutar essa ironia em um combustível a mais para a edificante mensagem central do conto. E fechei o livro, agradecido, com a convicção reforçada de que não importam os movimentos do mundo, fundamentalmente: cada um de nós é uma autêntica “Criança-Estrela”, cumprindo o seu penoso, demorado e muitas vezes aparentemente impossível destino de, enfim, brilhar.

É como diz um de meus ditados favoritos: per aspera ad astra. Com dificuldades, até as estrelas. Que assim seja!


   

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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JÚBILO – Imago Mortis

JÚBILO! é o “álbum silencioso” do Imago Mortis, inicialmente concebido como um EP comemorativo do jubileu de prata (25 anos) da banda. A obra foi composta em julho de 2020, durante um dos piores períodos da pandemia do coronavírus, mas nunca chegou a ser gravada. A publicação do livro físico “DIÁRIO DE UM IMAGO: contos e causos de uma banda underground”, de Fabio Shiva, motivou o letrista a compartilhar o álbum nesse formato de “sombra de canções”, apenas com as letras. Uma experiência diferente, que vale a pena ser vivida. Boa catarse!

 

Leia o PDF grátis:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7971321

 

B – Ricardo Labuto Gondim (Atmosfera Literária com Fabio Shiva)


 

Uma ideia muito bacana, de escrever um livro como se fosse o roteiro de um filme B dos anos 1950. E o melhor de tudo: é uma história que acontece no Brasil, escrita por um autor brasileiro. Viva viva viva! A nossa nova literatura!

 

“Atmosfera Literária com Fabio Shiva” é um quadro do programa ATMOSFERA 102, da Rádio 102.7 FM (Além Paraíba – MG), todo sábado de 12h às 14h, com apoio da EDITORA NATESHA. Apresentação: Fernando Bamboo. Técnico de Som: Venilton Ribeiro.

https://www.radios.com.br/aovivo/radio-1027-fm/17615

 

YouTube:

https://youtu.be/ocK2hdTqgkg

 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

AMOR, ETERNO RETORNO (conto completo) – Labirinto Circular – Fabio Shiva – Audiolivro - Audiobook


 

https://youtu.be/k-r5_f4q82E

 

 

Desejamos que você tenha uma boa experiência com esse audiolivro!

 

Conto:

AMOR, ETERNO RETORNO

Autor: Fabio Shiva

Primeira publicação: 2016

Livro: Labirinto Circular

Gênero: Literatura Fantástica

 

Informações sobre essa publicação:

 

Finalmente disponível em e-book o livro duplo dos contos de Fabio Shiva. Os contos aqui presentes foram originalmente publicados com cada metade impressa de ponta cabeça com relação à outra, de forma que a capa de um livro era a contracapa do outro. O livro organizado dessa forma expressa a ideia dos contos estruturados como seis pares de “opostos espelhados”. As histórias têm como fio condutor a polarização entre o Olhar e a Consciência, representados nas capas dos dois livros como as pupilas sobrepostas em ISSO TUDO É MUITO RARO e o cérebro em LABIRINTO CIRCULAR. Cada um dos contos trata de um tema específico, que é abordado de forma totalmente diferente em seu reflexo distorcido no “alter livro”.

 

 

LABIRINTO CIRCULAR

https://www.amazon.com.br/Labirinto-Circular-Fabio-Shiva-ebook/dp/B09MSVN9GZ

 

O ARMAZÉM – inquietante visita ao purgatório dos escritores suicidas (tema: Sobrenatural).

SOM ALTO – uma solução drástica para o incômodo vizinho que gosta de ouvir música ruim no volume máximo (tema: Assassinato).

AMOR, ETERNO RETORNO – hilariante evidência de que tudo é relativo, até o amor (tema: Carta).

DA ARTE DE CHUPAR (O) PICOLÉ – peça de teatro surreal sobre bizarras questões sexuais (tema: Literatura).

BACKUP – isso nunca aconteceu durante uma invasão reptiliana (tema: Ufologia).

O MINIBARATA – narrativa épica de baratas mutantes que adquirem inteligência em pleno apocalipse zumbi (tema: Saga).

 

 

ISSO TUDO É MUITO RARO

https://www.amazon.com.br/Isso-Tudo-%C3%89-Muito-Raro-ebook/dp/B09MSWTTBP

 

EU, GAMEBOY – uma experiência definitiva de simulação de realidade (tema: Sobrenatural).

A MARCA – o estigma do crime de morte presente na humanidade desde tempos imemoriais (tema: Assassinato).

MENSAGEM DENTRO DE UMA GARRAFA PET – relato de uma vida diante do fim do mundo (tema: Carta).

1% – a aventura de um escritor genial prestes a escrever sua obra-prima (tema: Literatura).

ANGÉLICA E AS FADAS – a versão extraterrestre de “O Patinho Feio” (tema: Ufologia).

ISSO TUDO É MUITO RARO – spin-off de “O Sincronicídio: sexo, morte & revelações transcendentais”, que traz um concurso de discursos regado a vinho e xadrez (tema: Saga).

 

Histórias para mentes inquietas e questionadoras e que abordam, cada uma a seu modo, alguns dos antagonismos essenciais: Amor e Morte, Cotidiano e Fantástico, Concreto e Absurdo.

 

#audiolivro

#audiobook

 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

PARA O BUSCADOR DE SI MESMO, A POESIA É A BÚSSOLA, O PÉ E A ESTRADA

 


Resenha do livro “DESMELODIA POÉTICA”, de Rosalvo Abreu

Há tempos venho testemunhando com muito gosto a jornada poética do querido Rosalvo Abreu em suas postagens nas redes sociais, especialmente no grupo “Cura Poética”, do WhatsApp, onde ele vem nos brindando com poemas quase diários, sempre muito reflexivos e autênticos. Por isso foi uma alegria luminosa encontrar um exemplar da “Desmelodia Poética” no Cantinho dos Livros (espaço para doação e troca de livros no Mercado Municipal de Itapuã).


Ao terminar a leitura, confirmei o que eu já sabia: Rosalvo Abreu é meu tipo favorito de poeta. Há quem veja na Poesia um mero exercício da vaidade, por meio da exibição de habilidades (reais ou imaginárias): esse é meu tipo menos favorito de poeta. Há também quem se faça poeta apenas como forma de escorrer para o mundo suas melosidades internas: desse tipo também gosto menos. Mas há quem busca a Poesia com um intenso anseio e uma fé profunda, como quem persegue um farol na tempestade, como quem se perdeu na noite escura e chora por encontrar o caminho de volta para casa. Há quem sente na Poesia uma magia inegável (ainda que por vezes incompreensível) que permite devassar, ao menos por um instante, o véu do Mistério. Há quem escreve poemas como um aprendiz de feiticeiro, visando ajuntar símbolos mágicos que permitam descobrir o sentido da vida. Rosalvo Abreu é esse tipo de poeta.

Em cada poema de Rosalvo percebemos a Poesia fluindo como um canal de expressão para compreender a si e ao mundo, como nesses versos de “Saudade”:

“Sinto um aperto na alma.

Nesse instante, acontece algo

No meu olhar para o mundo.

Preciso melhorar!

O humano que existe em mim

É insuficiente...”

Às vezes o olhar do poeta se volta para aparentes insignificâncias do mundo externo, como nesses versos de “Encanto”:

“Estou cheio das coisas úteis...

Quero saber como morrem as formigas...

Não as matadas,

Destas eu já vi tantas,

Mas as morridas...

Nunca vi uma.”

Mas é sempre a fundamental jornada do Gnothi Seauton (“Conhece-te a ti mesmo”) que move a pena do poeta, como bem expressam essas linhas de “Consumo do Eu”:

“Não quero levar sobras comigo.

Quero a minha totalidade útil, agora.

Dependo do outro para exercer minha função existencial.

E o meu viver bem depende disto.

Preciso me acabar aqui.”

E a cada passo nessa busca de si mesmo, ao fazer da Poesia uma cartografia da alma, o poeta nos auxilia a cada um de nós em nossa própria jornada. E que assim seja.


 

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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Imagine um jogo que ensina as crianças a rimar e fazer Poesia!

Disponível gratuitamente no link abaixo:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/6446934

O jogo POESIA DE BOTÃO faz parte do projeto selecionado pelo Edital Arte Todo Dia – Ano IV, da Fundação Gregório de Mattos (Prefeitura de Salvador), com apoio de Athelier PHNX, Verlidelas Editora, Caligo Editora, Suporte Informática e AG1. O propósito do jogo é convidar as crianças a vivenciar o universo da Poesia de forma lúdica e atrativa, como uma “brincadeira de montar versos”. POESIA DE BOTÃO é especialmente indicado para crianças já alfabetizadas, mas nada impede que adultos possam brincar também e se beneficiar com o jogo.

https://youtu.be/UUm0XQfaslM


 

 

domingo, 11 de fevereiro de 2024

O IRRECONHECÍVEL BIGODÃO DE HERCULE POIROT DÁ A PISTA: “NÃO É A MÃMÃE!”

 


Resenha do livro “OS CRIMES DO MONOGRAMA”, de Sophie Hannah (escrito em nome de Agatha Christie)

Abandonar um livro é uma decisão difícil. Sempre bate um inexplicável sentimento de fracasso, de derrota. É algo como sair de um relacionamento tóxico sentindo culpa por não ter se esforçado o suficiente para fazer a relação funcionar...

Algumas pessoas são paranoicas com isso e não conseguem sequer pensar na possibilidade de abandonar um livro. Leem com os olhos pingando sangue, mas não largam o bicho antes de chegar na última página. Outros são surpreendentemente indiferentes a terminar ou não uma leitura. Se o livro não seduz apaixonadamente, é largado antes da página 10, porque a fila anda...

Posso dizer que, como leitor, procuro me situar entre esses dois opostos. Não largo um livro por qualquer besteira, também não me obstino a ler até o fim a qualquer custo. Mas sempre sofro quando tenho que chegar a essa triste decisão a que cheguei com “Os Crimes do Monograma”, que fechei em definitivo na página 66.


Antes dessa decisão, como último recurso, fui pesquisar a respeito da autora Sophie Hannah, sobre quem caiu essa grande responsabilidade de emular o estilo inconfundível (e, agora creio, inimitável) de Agatha Christie, e de fazer isso ressuscitando um dos maiores personagens da Dama do Crime: o detetive belga Hercule Poirot, com seu bigodão, suas frases em francês e a sua paixão por simetria.

Para os fãs de Agatha Christie que ainda não leram “Os Crimes do Monograma”, não estou cometendo spoiler ao dizer que tudo o que encontrarão de Poirot nesse livro foi resumido na frase anterior. De resto, nosso querido está absolutamente irreconhecível: anda para lá e para cá numa agitação incompreensível, salta para conclusões sem a menor lógica, parece à beira de um ataque de nervos. Em suma, alguém que diz ser Hercule Poirot, que recebe o aval dos herdeiros de Agatha Christie para ser chamado assim, mas que um verdadeiro fã só poderia chamar (com muita educação) de impostor...

Pior ainda é o coadjuvante que Sophie Hannah inventou para o seu Poirot: o policial Edward Catchpool, um sujeito tão sensível que, ao ser encarregado de um tríplice homicídio, vai para casa sem tomar nenhuma providência de investigação, pois sofreu um trauma de infância e não aguenta ficar na mesma sala que um cadáver. Ao ler esse trecho, confesso que fiquei intrigado com a motivação da autora em criar um personagem que não suporta ver gente morta e que mesmo assim decide ser policial. Mas muito mais intrigado fiquei tentando atinar no motivo de enfiar essa complicação tão desnecessária num crime já excessivamente complicado.

Pois essa parte é a pior, infelizmente: o assassinato descrito em “Os Crimes do Monograma” é inverossímil ao ponto de ser enfadonho. Lembro de ter lido em Agatha Christie assassinatos extremamente elaborados, que só poderiam existir em um romance policial. Contudo a parte complicada era a explicação da mecânica do assassinato, não o crime em si. Tudo é exagerado, cheio de detalhes desinteressantes. Uma chatice só. Exatamente o contrário do que se esperaria encontrar em um romance de Agatha Christie.


A impressão geral da leitura foi a de que se tratava de uma espécie de farsa, uma paródia burlesca com caricaturas exageradas, cuja intenção (fracassada) era a de fazer rir pelo ridículo. Lá pela página 50 me convenci de que não iria ficar melhor que aquilo. E foi quando decidi pesquisar sobre Sophie Hannah, que descobri ser uma aclamada autora de romances policiais best-seller. Para ser justo com a autora, pretendo ler algo dessa sua safra pessoal no futuro. Mas da próxima vez que eu sentir saudades de Agatha, vou ler pela segunda, terceira ou quarta vez algum dos incríveis livros que a Dama de fato escreveu.


  

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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O SINCRONICÍDIO: Sexo, Morte & Revelações Transcendentais – Fabio Shiva

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Para celebrar o seu décimo aniversário, a Caligo Editora está disponibilizando gratuitamente o PDF do romance policial “O SINCRONICÍDIO: sexo, morte & revelações transcendentais”, de Fabio Shiva. Lançado em 2013, o livro chama atenção pela originalidade da trama, que mistura xadrez e I Ching.

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

Suspense, erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo (clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das Mutações. Um romance de muitas possibilidades.

Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender o leitor.

 

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domingo, 4 de fevereiro de 2024

O MUNDO SERIA MELHOR SE OS HOMENS SEGUISSEM AS LEIS DE ASIMOV

 


Resenha do livro “EU, ROBÔ”, de Isaac Asimov

Já perdi a conta de quantas vezes li os contos desse livro tão fundamental para a ficção científica. E não somente para a ficção: Isaac Asimov foi o primeiro a utilizar a palavra “robótica”, que hoje é uma ciência reconhecida e cada vez mais importante para a nossa sociedade. E até bem mais que isso: Asimov foi certamente uma das maiores influências na concepção de como seria a vida em ambientes onde a humanidade interagisse com seres dotados de Inteligência Artificial. Como hoje o tema da IA é imprescindível em qualquer reflexão sobre nossas perspectivas de futuro, achei que seria oportuno retornar mais uma vez às histórias tão queridas de “Eu, Robô”.


Em 2004 esse título ficou famoso mesmo entre pessoas que não costumam ler histórias de ficção científica, graças ao filme de Alex Proyas estrelado por Will Smith (https://youtu.be/7Dlo-VB0-HI?si=RSi_h1USLHbSbjtP). O filme foi uma adaptação muito feliz, em minha opinião. Pois apesar de ter muito pouco a ver com os contos presentes no livro, a trama do filme foi fiel ao espírito dessas histórias, que giram todos em torno dos dilemas e conflitos que podem surgir a partir das chamadas “Três Leis da Robótica”, uma das melhores invenções de Asimov:

“1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.

2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei.

3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.”

Essas leis serão o fio condutor de dezenas de ótimos livros de Asimov, que dessa forma foi escrevendo uma interessantíssima “história do futuro” (que atualmente seria melhor chamada de “história do futuro do pretérito”, por conta de já estarmos vivendo hoje no futuro cronológico de muitas das histórias escritas por ele). Em algum momento de sua saga dos robôs, Asimov concebeu uma “Lei Zero”, preponderante sobre as outras três:

“Um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.”


Foi essa Lei Zero, aliás, que inspirou a ótima trama do filme, e que traz a reboque uma pergunta cada vez mais pertinente, à medida em que a Inteligência Artificial vai se tornando mais poderosa e mais atuante no mundo: será que o mundo não andaria melhor se fosse governado pela IA?

Se estivéssemos falando da IA das histórias de Isaac Asimov, eu não hesitaria em responder com um enfático “sim!” a essa pergunta. Construídos de forma a obedecer irremediavelmente a essas leis, os robôs de Asimov acabam se revelando seres acima de tudo altruístas, dotados de grande inteligência e de inúmeras habilidades. Por conta dessas leis, cada ação dos robôs é inevitavelmente um benefício para outros seres, quando não para a sociedade como um todo. Sempre que leio essas histórias, penso em como teríamos um mundo mais feliz se Deus tivesse criado a humanidade mais parecida com os robôs de Asimov...

Contudo é importante lembrar que os contos de “Eu, Robô” começaram a ser escritos em 1940, quando conceitos como robôs e de Inteligência Artificial ainda não passavam de ficção. E mais importante ainda é o fato de que em todas as suas inúmeras histórias sobre robôs Asimov jamais descreveu de que maneira exatamente essas Leis da Robótica seriam postas em funcionamento. E essa é bem a parte ardilosa da história. Pois hoje a IA já é uma realidade, em alguns aspectos mais espetacular ainda que a ficção imaginada por Asimov. Todavia não há nenhum sinal de que nada parecido com as Leis da Robótica esteja em vias de se concretizar. Se a IA representa uma ameaça ou uma transcendência para a humanidade, só o futuro (próximo) dirá...

O que leva a uma conclusão fascinante, principalmente para quem, como eu, desde moleque lê essas histórias de robô: a realidade que vivemos hoje consegue ser ainda mais emocionante e imprevisível que a ficção científica de Isaac Asimov!


 

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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FAVELA GÓTICA liberado na íntegra no site da Verlidelas Editora:

https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica

O livro Favela Gótica fala sobre “a monstruosidade essencial do cotidiano”, em uma história cheia de suspense, fantasia e aventura. Ao nos tornamos mais conscientes das sombras que existem em nossa sociedade, seremos mais capazes, assim como a protagonista Liana, de trilhar um caminho coletivo das Trevas para a Luz.

A versão física de Favela Gótica está à venda no site da Verlidelas, mas o autor e a editora estão disponibilizando gratuitamente, inclusive para download, o PDF de todo o livro.

Fique à vontade para repassar o arquivo para amigos e parentes.

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https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica

 

Link do livro no SKOOB:

https://www.skoob.com.br/livro/840734ED845858

 

Book trailer

https://youtu.be/FjoydccxJGA


 

Entrevista sobre o livro na FM Cultura

https://youtu.be/IuZBWIBYeHE


 

Resenha (Perpétua):

https://youtu.be/4Vm4YUoU-SM



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