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quinta-feira, 4 de abril de 2013

ROMEU E JULIETA – William Shakespeare




 
O que torna Shakespeare o maior escritor de todos os tempos?

Peguei esse “Romeo and Juliet” para ler, uma das últimas tragédias do Bardo que ainda não tinha lido, com a intenção de ficar atento a essa pergunta. O que faz de Shakespeare O Cara???

Existem muitas respostas, inclusive de contexto histórico etc. Mas o que me chamou a atenção como fator preponderante da “Supremacia Shakespeare” é o uso que ele faz das metáforas, já tão imitado ao longo dos séculos e, ao mesmo tempo, inimitável.

As tramas de suas peças são geralmente muito bem escolhidas, mas quase nunca foram criações originais do próprio Shakespeare. O que torna essas histórias imortais não é tanto a história em si, mas o modo como são contadas.

Isso fica mais do que evidente na história de Romeu e Julieta, que disputa com Hamlet o posto de mais famosa. A história é mais que conhecida, de tão batida que virou até nome de sobremesa... por isso eu tinha uma certa preguiça em lê-la, pois muito da força desse grande clássico foi minado pela voracidade da indústria cultural (lembrei da amiga Andréia mencionando a decepção que muitas pessoas sentem ao contemplar de perto o quadro original da Mona Lisa...).

Mas não é para ser surpreendido pelas reviravoltas da trama que alguém lê Romeu e Julieta hoje. A história continua viva pela beleza pulsante em cada uma das falas, sobretudo no clímax, quando o lirismo alcança um patamar poucas vezes alcançado pelo próprio Shakespeare. Lindo demais!!!!


 

Curiosidade 1

Quando estava cursando a faculdade de comunicação fiz com um colega um trabalho comparando Romeu e Julieta com o filme Always – Além da Eternidade. O trabalho foi para a cadeira de Antropologia Social, e visava pontuar como as duas obras demarcam momentos distintos na percepção do amor como laço social.

Na época de Romeu e Julieta o individualismo não era tão forte como hoje, e a ligação entre os indivíduos era percebida como mais forte que os indivíduos em si. Por isso, o morrer por amor. Essa ideia hoje perdeu muito de sua força graças à exacerbação do individualismo. O amor pode morrer, mas os indivíduos continuam... isso foi o que tentamos demonstrar nesse curioso trabalho escolar!

Curiosidade 2

Li as últimas páginas desse livro em cima de um trio elétrico, em pleno carnaval de Salvador!!! Realmente, posso dizer que levo um livro para todo canto que eu vou rararara!!!


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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:

Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI

Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/
 
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

4 comentários:

  1. Hummmm, quando diz "As tramas de suas peças são geralmente muito bem escolhidas, mas quase nunca foram criações originais do próprio Shakespeare." quer dizer exatamente o quê, querido? Ele reaproveitava ideias de outros ou...?

    Depois dizem que eu sou louca porque leio no semáforo, vou espalhar essa de ler em cima de um trio elétrico em pleno carnaval... rararara (plagiando sua garagalhada....rs...)

    bj da angel ;)

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    1. Oi Angel amada!
      Sim, master Shakespeare tirava suas histórias ou de narrativas antigas, ou da própria história, e até mesmo de peças de outros autores!
      É como dizia mestre Picasso: "imitar os outros é necessário, imitar a si mesmo é que é ridículo!"
      :)

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  2. AH, ia me esquecendo... A foto do livro aí em cima é da edição que você leu???

    + bj da angel ;)

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    1. Ah não, meu bem... li a excelente edição da Penguin Books, mas não achei essa capa no Google! :)

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