Sempre dá um gostinho especial ler um
clássico! A leitura, quer gostemos ou não do livro, traz sempre um sabor de
vitória, de realização. Toda vez que leio um clássico sinto isso.
Pois então. Se eu fosse falar tudo o que
a leitura dessas duas obras me proporcionou, em termos de reflexões e
aprendizado, teria que escrever outro tanto de páginas de quantas li... cheguei
a sentir até a vontade de escrever um livro só para contestar a visão do autor
a respeito de arte e espiritualidade (por espantoso que possa parecer), mas dou
a tarefa mais que cumprida pelo igualmente alemão e igualmente aclamado Hermann
Hesse...
Sobre essa questão, digo apenas que noto
em Thomas Mann uma certa visão de mundo comum a outros autores europeus do
início do século XX. Depois que Nietzsche proclamou pelos quatro ventos a morte
de Deus, devia ser considerado ingenuidade ou até mau gosto aventar sequer a possibilidade
de Sua existência... daí tantas mentes privilegiadas dessa época se debaterem
como peixes numa rede, tentando a todo custo montar um quadro coerente de sua
angústia existencial quando a mais importante peça está faltando... o Oceano!
É preciso dizer também que esse é um
livro que exige muitos requisitos do leitor. Primeiro de tudo, ter uma cabeça
aberta. Logo de cara, impõe-se a questão sexual (ou homossexual), presente em
intensidades diferentes tanto em “Tonio Kroeger” quanto em “A Morte em Veneza”.
É preciso ter uma visão isenta, pois tanto o homofóbico quanto o excessivamente
simpatizante correm o risco de passar do ponto...
Foi muito feliz a ideia de juntar os
dois textos em um único volume, pois há uma continuidade temática e cronológica:
Tonio Kroger é o retrato do artista quando jovem, e é o artista diante da morte
em Veneza...
Muito bem escrito, admiravelmente
escrito, esplêndida literatura! Mas em termos de visão de mundo, Hesse enxergou
muito mais belo!
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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:
Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI
Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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