Bem...eu ando de volta a época grega.
Acho que ando muito cansada do mundo moderno...ahahah
Adoro esse comediante crítico ateniense
do séc. IV a.C que viveu em prol da tão sonhada
solidariedade as minorias, da verdade e da ética que buscamos até os dias atuais. É lendo esses autores muito antigos que
entendemos que nadaaaaa mudou...os problemas continuam estáticos como no
passado. Aff...mundo moderno...BAN.
Essa obra foi escrita em 423 a.C e o autor faz um
paradoxo divertido entre os sofistas e Sócrates de forma ímpar, acusando estes
de serem ervas daninhas sociais. O autor
ridiculariza a pretensão de ‘donos da verdade absoluta’ dos deuses da
retórica. Existe também uma acusação crítica muito divertida a filosofia
ateísta, a ética e a pedagogia dos sofistas. Para ele a remuneração desses
educadores da elite não passava de um estelionato, uma vez que os sofistas
passaram a exercer na época o papel de mestres da sabedoria remunerados. Ahahah
Suas obras vão além de uma simples
crítica, caindo nos braços de um alerta com um olhar bem aguçado e corajoso.
Enfim....esse autor combatia muito
ferrenhamente e agressivamente os
demagogos, a política, a sociedade aristocrática egoísta e fútil, e até mesmo os deuses de uma
forma engraçada, e levemente poética.
Para nós é claro, pois para sua época era uma tremenda afronta.
Entre
críticas e risadas o enredo conta a história de um fazendeiro, que se endivida
por causa das falcatruas de seu filho, e que por conta disso procura Sócrates
na escola socrática, com fim de ajudá-los
a resolver essa enrascada através dos ensinamentos de sua retórica, que abraçava a filosofia do justo e
do injusto. Através dos ensinamentos de Sócrates ao rapaz, o fazendeiro e seu
filho conseguem se livrar dos credores,
porém o rapaz através também desses
ensinamentos torna-se capaz de tornar justa as agressões físicas a seu próprio
pai. Revoltado o fazendeiro resolve incendiar a escola sofista.
A titularidade é bem complicada de
perceber...uma vez que simboliza a leveza x violência e principalmente a
mutação do saber, bem dentro da reflexão filosófica sofistas do justo x
injusto. Explicando melhor, as nuvens vêm a simbolizar a leveza e a sutileza de
um saber, que pode ocultar a arte de
enganar, tornando as leves nuvens mascaradas em grandes tempestades.
Lindaaaa metáfora e eu ameiii!
Quem leu o Banquete conheceu esse autor pelas mãos de Platão...linda obra e eu
recomendoooo!!!
Que delícia de resenha!
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler esse!!!