É pau puro!
Impactante, asfixiante, aterrorizante!
Como avisa o autor logo no início, esse
é o texto original da peça que estreou em 1993 no Rio de Janeiro, com direção
de Gracindo Junior e ilustre elenco: Débora Duarte, Edwin Luisi, Othon Bastos e
Jayme Periard, entre outros.
A ideia da peça é bem original. O
guerrilheiro Tomás sequestra o banqueiro Tadeu, com o intuito de julgá-lo por
seus crimes, que são apresentados diante de um tribunal do júri formado por
pessoas que também foram sequestradas (na verdade, a plateia presente). Não
existem diálogos, apenas monólogos dos mais diversos personagens, que vão se
sucedendo no palco e revelando um mosaico cruento com algumas das facetas mais
sórdidas de nossa sociedade.
E assim a ironia muito apurada do autor
vai revelando passo a passo a grande hipocrisia e podridão que fundamentam boa
parte da “moral e dos bons costumes”. Não sobra ninguém, ninguém é poupado:
todos são (somos) “prezados canalhas”...
Não esperava nem a metade da paulada que
foi essa leitura. Creio que com essa obra Uchôa Cavalcanti atinge a meta mais
elevada idealizada por Nelson Rodrigues para o teatro: incomodar, sacudir,
remexer, desagradar.
Um recurso interessante, que me fez
evocar o grandioso Shakespeare, foi o uso de rimas nas falas, gostei muito!
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Conheça O SINCRONICÍDIO:
http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFala Angel!
ResponderExcluirEstá aí é uma peça que gostaria muito de assistir! Por ora, vou procurar o livro - que deve ser tão bom quanto a dramatização!
Conheci teu blog pelo site da Máh Santana, parabéns!
George dos Santos Pacheco
"E assim escrevo, ora bem, ora mal, Ora acertando o que quero dizer, ora errando, Caindo aqui, levantando-me acolá, Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso." Fernando Pessoa, 1972
http://revistapacheco.blogspot.com.br/