As coisas que saem do corpo
são o tema desse livro de Rubem Fonseca, mestre contemporâneo do conto. Fezes,
urina, sêmen, saliva, menstruação e flatos são os motes para histórias para lá
de bizarras, onde a concisão é exercitada em grau máximo. Aqui e ali, lampejos
das tramas policiais que fizeram a fama de Fonseca, mas de modo geral é outro o
foco de seus interesses aqui.
Gostei especialmente de “O Corcunda e a
Vênus de Botticelli”, provavelmente a melhor história do livro. Aqui e ali, fui
surpreendido soltando uma sonora gargalhada, diante de uma cena mais absurda. O
estilo é inconfundível, aliás, tenho a impressão que todas as histórias
narradas na primeira pessoa são vivenciadas pelo mesmo personagem alterego do
autor, e que mudam apenas as características secundárias. Isso não é demérito,
simplesmente estilo.
Não recomendaria como primeiro contato
com a obra de Rubem Fonseca. Os contos são muito bem escritos, mas pela
temática escatológica fogem um pouco ao universo normalmente associado ao
autor.
Nojento e brilhante!
Conheça O SINCRONICÍDIO:
http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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