LIVRO : "PAPERBOY"
TÍTULO
ORIGINAL: " THE PAPERBOY"
AUTOR:
PETE DEXTER
TRADUÇÃO: IVAR PANAZZOLO JÚNIOR
EDITORA : NOVO CONCEITO
PÁGINAS
–333
1ª
IMPRESSÃO - 2013
1ª
EDIÇÃO
CATEGORIA:
FICÇÃO NORTE-AMERICANA
ASSUNTO:
DRAMA
ISBN:
- 978-85-8163-218-6
CITAÇÃO:
"ESSA NOITE ESTAVA PARTICULARMENTE ESCURA, E A PEQUENA LÂMPADA SOBRE O
PAINEL ATRAIU ALGUNS INSETOS. EU OS SENTI QUANDO ENFIEI A MÃO PELA PORTA PARA
TIRAR AS CHAVES DA IGNIÇÃO E MEU PAI ESTAVA SENTADO EM UMA CADEIRA COM UM COPO
DE VINHO NA MESA AO LADO, EXAMINANDO OS JORNAIS." (pág. 80)
ANÁLISE
TÉCNICA:
-CAPA
=
É
uma das fotos do filme que leva o mesmo nome do livro: um casal dentro de uma
carro (Nicole Kidman e Zac Efron), observados por outro rapaz ao fundo (Matthew
McConaughey). Título em alto relevo com letras pretas.
Claro
que não vou dizer que uma capa com o maravilhoso Zac Efron é feia, só se fosse
maluca, entretanto, achei sem criatividade, poderiam ter feito uma capa mais original.
Agora... ela tem tudo haver com o livro e ainda nos dá a imagem perfeita das
personagens.
(nota:
4,50 de 5,00)
-DIAGRAMAÇÃO:
Acho
que foi uma das diagramações mais simples que vi em um livro. Não tem capítulos
e nenhuma marcação, apenas pequenos quadradinhos dividindo o texto quando vai
entrar uma nova cena (digamos assim).
As
folhas são amarelados e letras pretas.
Formato/Acabamento: 16x23x2,2
Peso: 0.46 kg
(nota:
3,8 de 5,00)
-
ESCRITA:
Narrativa
em 1ª pessoa por Jack James, jornalista
e protagonista do livro. Todo enredo gira em torno da sua visão dos fatos.
Diálogos
construtivos e interessantes, a escrita do autor é impecável, realista e
direta. Envolvente em alguns aspectos que chega a conquistar a atenção do
leitor, entretanto, em alguns momentos, senti uma certa distância, como se os
fatos fossem relatos sem tanta emoção. Não sei explicar direito essa sensação,
é como se a narrativa não tivesse
envolvimento com os fatos.
(nota: 4,00 de 5,00)
CITAÇÃO:
"A seu modo, ele estava nos dizendo qu não haveria qualquer favoritismo,
mas nós dois sabíamos disso. Ward e eu crescemos em uma casa onde os princípios
do meu pai eram um tópico regular dos diálogos da família, e ele frequentemente
nos pedia para imaginar o constrangimento que tomaria conta da família caso
nosso nome tivesse que ser publicado no jornal." (pág. 153)
RESUMO
SINÓPTICO:
Thurmond
Call era o xerife do condado de Moat no ano de 1965 e estava no cargo desde
sempre. Já havia cometido mais de 17 homicídios 'em nome da lei', todos negros.
Na véspera do seu 67º aniversário foi assassinado, isso porque no verão passado
matou a pontapés um homem branco. Foi encontrado quase morto nas primeiras hora
da manhã, durante uma tempestade, afastado de sua viatura com um corte da
barriga até a virilha... fora deixado ali para morrer.
Jerome
Van Wetter foi vendedor de Chrylers e Plymouths na concessionária Ducan
Brothers Mottors. tinha sido demitido por possuir um ar amedrontador, tinha
aspecto predatório e os clientes se assustavam com ele. Durante a bebedeira
resultante da demissão, ele acabou sendo preso e pisoteado até morrer pelo
xerife Call.
Hillary
Van Wetter primo de segundo grau de Jerome, foi acusado pelo crime do xerife
Call uma semana após o fato. Todos sabiam que os Van Wetter tomavam conta dos
seus. Como já havia no passado acabado com um policial a faca e tinha a fama de
ser feroz e imprevisível, levou a culpa. Foi julgado pelo tribunal do condado à
morte, tinham encontrado uma faca e uma camisa manchada de sangue em sua
cabana.
Ward
James era jornalista, ingênuo e obsessivo, juntou todo um dossiê sobre o caso
de Van Wetter e ao lado de Yardley Acheman, jornalista ambicioso, tentaram
expor na mídia o caso, tornando Wetter uma vítima da justiça racista e
recalcada do interior. Desejam ser aclamados no mundo jornalístico com o caso.
Jack
James inicia uma investigação por conta própria e se depara mentiras e segredos
indesejáveis, transformando toda a história...Corrupção, violência e outros
ardis são descobertos e darão uma reviravolta no caso.
Ainda
tem a belíssima Charlotte Bless... que está determinada a libertar Hillary e o
abastece de carta que o enchem de esperanças...
ANÁLISE
CRÍTICA E DO AUTOR:
O
enredo é bom, original e diferenciado. As personagens são bem construídas. A
escrita é bem feita, tipo um relato jornalístico. O livro tinha tudo para ser
perfeito, afinal o se passa nos anos 60, uma época onde o preconceito e as
babáries policiais aconteciam e eram embutidas, escondidas e tudo ficava por
isso mesmo. Mas, a meu ver, ficou faltando alguma coisa...
O
livro é um tanto 'linear' até determinado ponto. Sem muito entusiasmo, sem
muitos fatos surpreendentes ou rompantes. Acho que esperava um pouco mais, não
sei dizer ao certo. O final do livro, embora sofra uma reviravolta extrema, foi
surpreendente e valeu a pena, mesmo que seja doloroso.
A
leitura vale a pena sim, apesar de todos esses pequenos detalhes que citei,
acho que é uma percepção bem pessoal, esperava mais...
Entretanto, o livro
aborda aspectos interessantes de uma realidade de 40 e poucos anos atrás,
homofobia, racismo, corrupção, caráter, mexe com as emoções guardadas e nos faz
avaliar o real valor de uma personalidade íntegra.
NOTA
: 4,30 de 5,00
CITAÇÃO:
"Ele gostava de estar em meio a escritores famosos, e se esforçaria para
incluir o nome deles nas conversas que teria quando voltasse." (pág. 248)
SOBRE
O AUTOR:
Pete
Dexter: Romancista vencedor do National Book Award, é de Michigan, nos Estados
Unidos. Foi colunista do Philadelphia Daily News e do The Sacramento Bee, e
articulista em revistas como Sports Ilustrated e Playboy. Vive em uma ilha na
costa de Washington.
CORTESIA EDITORA NOVO CONCEITO!
cheirinhos
Rudy
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