Entrevista realizada em 25/05/2024
Danniel Valente: Bom dia! O nosso poeta já pode fazer a sua apresentação e dizer quem é Fabio Shiva.
Fabio Shiva: Bom dia, queridas e queridos! Gratidão por essa oportunidade de estar com vocês conversando sobre Arte, Poesia, Literatura, Música...
Vou fazer a
apresentação proposta pelo querido Danniel, acho que a melhor maneira é com um
poema:
AUDIODESCRIÇÃO
Por fora tenho a cara parda,
Muito nariz e
pouco ou nenhum pelo.
Mais alto do
que baixo, creio,
E a cada dia
mais cheio,
Mesmo sem o
desejo de sê-lo.
Mas me tenho
muito apreço
E me cuido, sem
grande vaidade:
Três argolas
por adereço,
Dez tatuagens
por farda
E óculos, por
necessidade.
Mas dentro de
mim é onde passo
De meu tempo a
maior parte
E onde me ponho
à vontade
Entre a
imaginação e a memória:
Meus salões têm
muito espaço
Para a contação
de história,
Para a cultura
e a arte,
Para a busca da
verdade.
Aqui me divirto
um bocado
E todo dia é
feriado sagrado.
Tento manter
limpa essa casa,
Mas sempre
aparecem sujeiras:
Um pensamento
que não presta,
Inveja, raiva e
outras besteiras.
Essa feia
escuridão que resta
Às vezes até me
desanima:
A gente se
empenha e se abrasa
E ainda traz a
alma mofina.
Mas belo dia,
enfim, crio asa
E assim tudo em
mim se ilumina.
Para uma
apresentação mais formal, segue uma biografia resumida:
BIOGRAFIA
Fabio Shiva é músico,
escritor e produtor cultural. A carreira musical é iniciada com a banda Imago
Mortis, com dois CDs lançados internacionalmente. Coautor e roteirista de ANUNNAKI
– Mensageiros do Vento, primeira ópera rock em desenho animado produzida no
Brasil.
É fundador da Oficina de Muita Música!, projeto inovador que funcionou durante nove anos na Casa da Música (SECULT/BA) e desde 2023 está em atividade na Casa Verde Itapuã, com aulas gratuitas de violão, contrabaixo, xadrez e meditação. Desde 2017 também coordena o Gaia Canta Paz, grupo que tem a proposta de celebrar e fomentar a fraternidade, a tolerância e o respeito à diversidade por meio do poder transformador e positivo da música. Desde 2020 é facilitador da Oficina de Muita Música Criando Asas com 97 Ingredientes de Paz, Amor e Alegria, para Pessoas com Deficiência, que acontece semanalmente no Cine Teatro Lauro de Freitas e também pelo Instagram.
Idealizador e produtor dos projetos de literatura: Pé de Poesia (que decorou as árvores de Salvador com poemas em 2016), Doce Poesia Doce (que distribuiu 10 mil “poesias doces” – poesias embalando balas doces – em 2017), Poesia de Botão (em 2018, com a implantação de um jogo que ensina as crianças a rimar e fazer poesia em escolas municipais) e Gincana da Poesia (2019-2020, com atividades poéticas em escolas e praças de Salvador e publicação de livro), todos patrocinados pela Fundação Gregório de Mattos (Prefeitura Municipal de Salvador). Em 2022 foi o proponente do projeto VUNDEBLECO – a Capoeira do Intuitivo, laureado com o Prêmio Capoeira Viva da FGM-PMS. Fundador do projeto P.U.L.A. (Passe Um Livro Adiante), que já fez circular milhares de livros gratuitamente pelo Brasil. Palestrante sobre temas como Consciência, Música e Espiritualidade em escolas públicas e eventos diversos.
Publicou em 2013 o romance policial O Sincronicídio: Sexo, Morte & Revelações Transcendentais pela Caligo Editora. Sua história infantil A Menininha Azul foi selecionada para a plataforma digital do Mapa da Palavra – BA. Em 2016 lançou dois livros pela Cogito Editora, um duplo de contos (Isso Tudo É Muito Raro / Labirinto Circular) e, como organizador, o coletivo sobre literatura Escritores Perguntam, Escritores Respondem. Participou de diversas coletâneas de poesias, contos e crônicas. Em 2018 lançou, como organizador, a antologia poética Doce Poesia Doce, pela Cogito Editora e, em 2019, a antologia Poesia de Botão, pela Verlidelas Editora. Em janeiro de 2019 lançou Favela Gótica, seu segundo romance, pela Verlidelas Editora. No mesmo ano publicou pela Amazon (e-book) o romance de não ficção Diário de um Imago: contos e causos de uma banda underground, sobre a banda Imago Mortis (publicado como livro físico em 2023, pela Natesha Editora). No carnaval de 2020 lançou, pela Caligo Editora, o livro de contos Tanto Tempo Dirigindo Sem Ninguém No Retrovisor: contos da era Bolsonaro. Em outubro de 2020 organizou, junto com Sérgio Carmach, a antologia Cura Poética, pela Verlidelas Editora, cujo segundo volume foi lançado em julho de 2022. Foi um dos sete autores participantes da antologia de ficção científica 2021, organizada por Edgar Franco e laureada com o Prêmio Argos. Em 2022 atuou como avaliador de originais e agenciador de novos autores para publicação na Verlidelas Editora. Em julho de 2022 publicou, também pela Verlidelas, o infantojuvenil Meditação para Crianças, que ensina crianças a meditar através de versos rimados. Em novembro de 2022 participou como autor convidado na abertura da Bienal do Livro Bahia, apresentando o espetáculo de sua autoria, Cecília no Planeta Poesia. Em abril de 2023, seu conto “O ódio que veio do espaço” foi tema de um trabalho de estudantes de Letras da Universidade Federal de São Paulo. Em 2024 publicou o livro de crônicas Histórias de Mainha, pela Natesha Editora. Escreve textos com dicas para quem escreve para o blog da Mundo Escrito. Apresenta semanalmente, junto com Amadeu Alves, o podcast Gene-Papo, e também o quadro Atmosfera Literária com Fabio Shiva no programa Atmosfera 102 (Rádio 102,7 FM – Além Paraíba – MG), com Fernando Bamboo, todo sábado das 12h às 14h.
Marisa Rosa Cabral: Pelo que entendi, mais de dez anos vivendo de artes e pras artes! Parabéns !! Foi quase uma abdução. Rsrsrs
Fabio Shiva: Aqui compartilho com vocês uma vivência que foi crucial em minha vida: tive um problema no coração que me levou a "morrer" três vezes, naquele processo de levar choque no coração, interromper as batidas e (com sorte) reiniciar os batimentos. Hoje sou muito grato por essas vivências, que me possibilitaram reavaliar muita coisa e redefinir minhas prioridades. Aliás, esse episódio explica como adotei o nome de Fabio Shiva (que significa "plantador de feijões de Shiva"), pois meu nome de batismo é Fabio Lopes Barretto. Conto essa história num poeminha chamado 3 X CTI:
Fabio Lopes
morreu,
Fabio Barretto
morreu,
Fabio sem nome
morreu.
Antes eles do
que eu!
João César
Flores: Antes eles do
que eu. Muito bom!
Seu Plantador
de feijão,
Dança, música, poesia,
De vida plena e
alegria
Cuida de seu
coração.
Fabio Shiva: Ô querido, que lindeza! Assim seja!
Pedro Lino: Bom dia, poetas! Poeta Fábio, o que é
escrever para você? Como se dá seu processo criativo?
Fabio Shiva: Bom dia, Pedro! Gratidão por sua Luz somando! Escrever para mim é um exercício do sagrado. Costumo dizer que a Literatura é a minha religião, pois busco na Literatura o que as pessoas costumam buscar na religião... Nesse processo criativo da escrita, uma vez que estou conversando com irmãos e irmãs poetas, acho importante distinguir entre a poesia e a prosa. Na prosa, imponho metas, horários, disciplina. Na poesia, simplesmente me coloco receptivo para captar.
Eu escrevo
essencialmente como um processo de autoconhecimento. Cada livro que escrevo
traz a respostas para algumas perguntas, que às vezes eu nem sabia que tinha.
Meu primeiro romance, "O Sincronicídio", foi publicado em 2013.
Trata-se de um romance policial. Na época, eu achava que era isso o que eu
queria ser: um autor de romances policiais. Mas de lá para cá venho escrevendo
livros de estilos totalmente diversos: fantasia, ficção científica, humor,
infantil. Geralmente tenho vários projetos acontecendo ao mesmo tempo, ao menos
em minha cabeça. Mas procuro focar em um de cada vez. Ontem mesmo terminei o
primeiro rascunho de um livro de ensaios. Para isso, interrompi outro de ficção
científica, que agora vou retomar.
Danniel Valente: Fábio, você acredita que dá para sobreviver da literatura?
Fabio Shiva: Sim, embora não seja nem um pouco fácil, especialmente no Brasil e na "era do TikTok". Não estou falando de viver da venda de livros, dos royalties recebidos como escritor, mas de desenvolver atividades ligadas à Literatura. Desde 2016, com o Pé de Poesia, venho atuando em projetos culturais literários, patrocinados por editais públicos. Além disso, presto serviços de revisão, análise crítica etc. E até como Ghost Writer: já tenho cinco livros publicados como "ghost" (obviamente, não posso dizer quais são!). Mais recentemente, em 2023 comecei a trabalhar com a minha própria editora, a Natesha. Também há outros caminhos, como ministrar oficinas etc.
Danniel Valente: Como você está vendo essa situação no sul do Brasil?
Fabio Shiva: Esse é um momento muito desafiador para todos nós no planeta. Gosto muito da proposta do pensamento sistêmico para nos ajudar a compreender tantas perplexidades que nos afrontam atualmente. Nessa linha, Fritjof Capra afirmou que a pandemia do coronavírus foi uma resposta do planeta ao que a humanidade estava disseminando no planeta, não só em termos de ações como desmatamento, poluição etc., mas também e principalmente em termos do culto ao ódio e à violência. Penso que algo parecido ocorre atualmente no sul do Brasil e em outras partes do planeta. Estamos sofrendo as consequências de nossa própria inconsequência. Além do caos climático, temos guerras hediondas se acumulando, e uma sociedade se esfacelando de medo e ódio. Não há como ser uma pessoa minimamente sensível e estar completamente bem no momento atual. Penso que nós, poetas, como "antenas da raça", somos especialmente afetados por isso. Contudo ainda é possível termos bom ânimo. Esse momento tão difícil também traz grandes oportunidades: ou nos reconectamos à natureza (e, consequentemente, uns aos outros, como uma família humana), ou é muito provável que estejamos caminhando para uma extinção. As crianças que estão chegando hoje me fazem ser otimista e confiar que estamos evoluindo. Considero um privilégio estar vivendo nesse momento tão crucial de Transição Planetária. Aliás, esse é o nome de uma música que compus com meu irmão Fabrício Barretto em 2017 e que compartilho com vocês.
https://youtu.be/Tvi8d5MHJoY?si=DqWM3xjxYToFc0dI
Marisa Rosa
Cabral: Nossa, quanta
verdade, poeta. É como a lei do retorno: aqui se faz... " Esse momento tão
difícil também traz grandes oportunidades: ou nos reconectamos a natureza e uns
aos outros, como família humana..."
Danniel Valente: Você tem alguma editora?
Fabio Shiva: Sim, no final de 2023 iniciamos a Natesha Editora. Nossa proposta é fazer uma parceria efetiva com os autores, por meio de uma campanha de pré-venda dos livros, de forma que os autores não precisem pagar pelos custos da edição. Convido as irmãs e irmãos poetas aqui para visitarem nossas redes sociais e também a participarem do grupo recentemente criado no WhastsApp.
Instagram:
https://www.instagram.com/nateshaeditora/
Facebook:
https://www.facebook.com/nateshaeditora
YouTube:
https://www.youtube.com/@editoranatesha
Danniel Valente:
Com tanta
diversidade de talento, algum deles é a sua praia preferida?
Fabio Shiva: Ô querido, gratidão por essa energia boa! É difícil falar de "preferidos", sempre me soa como uma espécie de ingratidão. É inegável que o chamado da Literatura sempre foi primordial em minha vida. Comecei a escrever poemas aos 7 anos, e sempre fui um leitor apaixonado. Recentemente percebi que sou mais entusiasmado como leitor que como ouvinte. Sempre me empolgo com o novo livro que vou ler, mas o mesmo não acontece com novos sons... mas talvez isso tenha mais a ver com a indústria musical de hoje que comigo propriamente. Por outro lado, acho mais prazeroso tocar que escrever. Escrever é sempre um processo mais ou menos penoso para mim. Mas para não fugir de dar uma resposta, descobri que a atividade criativa que mais me deixa feliz, acima de todas as outras, é escrever a letra para uma melodia. Para mim, isso é o paraíso!
Marco Guayba: Oi, Fabio. Tudo bem? Sobre ser ghost writer, qual é a sensação de escrever um livro e não poder assumir que o filho é teu?
Fabio Shiva: Olá, Marco! Gratidão por sua pergunta! Como ghost writer, o sentimento para com a obra é um pouco diferente. Pois se trata desde o começo do livro de uma outra pessoa. Não são livros que eu teria escrito por conta própria, pois sinto chamados diferentes. Ao escrever como ghost o meu empenho é o mesmo que o de quando escrevo um texto meu, talvez até um pouco maior. Mas o desafio ali é o de dar voz ao sentimento de outra pessoa, é transformar em palavras e trazer para a realidade algo que outra pessoa sonhou. Acho que é um processo muito enriquecedor, que soma muito em minha jornada como escritor. Não me sinto incomodado em não ver o meu nome nesses livros que escrevi como ghost, até pelo contrário: dá um gostinho especial, é um segredo, algo como uma identidade secreta de um herói de revista em quadrinhos!
Jeicy: Bom dia Poeta Fábio, qual foi a trajetória e as principais contribuições do senhor para a cena artística e literária nacional, destacando suas obras publicadas, projetos culturais e sua atuação como palestrante e facilitador de oficinas de música e literatura?
Fabio Shiva: Olá, Jeicy! Gratidão por sua pergunta! Sou especialmente grato por ter participado, junto com meu irmão Fabrício Barretto, da concepção do "Anunnaki - Mensageiros do Vento", que foi a primeira ópera rock em desenho animado produzida no Brasil. Vou colocar aqui o link para o filme no YouTube.
Fabio Shiva: Quanto aos livros, amo todos
igualmente, pois cada um representa um momento de minha caminhada, um momento
único de descobertas. Boa parte de meus livros está disponibilizada na
Internet, vou compartilhar alguns links para download gratuito dos PDFs. Quanto
ao ensino da música, é algo que realmente amo fazer. Desde 2011 conduzo o
projeto Oficina de Muita Música!, com aulas gratuitas para pessoas de todas as
idades, até 2020 na Casa da Música e atualmente na Casa Verde Itapuã. Nosso
lema é: "Vou aprender a ler para ensinar meus camaradas, e todos somos
alunos e professores uns dos outros." É maravilhoso perceber como isso
funciona lindamente, a força do coletivo!
O SINCRONICÍDIO: Sexo, Morte &
Revelações Transcendentais – Fabio Shiva
Leia o PDF grátis:
https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612
Para
celebrar o seu décimo aniversário, a Caligo Editora está disponibilizando
gratuitamente o PDF do romance policial “O SINCRONICÍDIO: sexo, morte &
revelações transcendentais”, de Fabio Shiva. Lançado em 2013, o livro chama
atenção pela originalidade da trama, que mistura xadrez e I Ching.
“E foi assim que descobri que a inocência é como a
esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá um desígnio oculto por
trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas
um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os
diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o
inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para
morrer.
“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos
abraçar a escuridão.”
Suspense, erotismo e
filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma
história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender
o leitor.
Livro físico:
E-book:
https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J
Book trailer:
Baixe o PDF gratuitamente:
https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612
MEDITAÇÃO PARA CRIANÇAS é um livro infantil todo escrito em versos rimados que ensina de forma lúdica e fácil a prática da meditação.
O PDF do livro está disponível gratuitamente no site da Verlidelas Editora:
https://www.verlidelas.com/product-page/medita%C3%A7%C3%A3o-para-crian%C3%A7as
O livro foi adaptado para esse vídeo (com
exceção do conto “A Menininha Azul”):
Jai Gurudev! Babaji Om!
“Quando um milhão de crianças aprender a meditar, o mundo será
transformado.”
FAVELA GÓTICA liberado na
íntegra no site da Verlidelas Editora:
https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica
O livro Favela Gótica fala sobre “a monstruosidade essencial do cotidiano”, em uma história cheia de suspense, fantasia e aventura. Ao nos tornamos mais conscientes das sombras que existem em nossa sociedade, seremos mais capazes, assim como a protagonista Liana, de trilhar um caminho coletivo das Trevas para a Luz.
A versão física de Favela Gótica está à venda no site da Verlidelas, mas o autor e a editora estão disponibilizando gratuitamente, inclusive para download, o PDF de todo o livro.
Fique à vontade para repassar o arquivo para amigos e parentes.
Leia ou baixe todo o livro no link abaixo:
https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica
Link do livro no SKOOB:
https://www.skoob.com.br/livro/840734ED845858
Book trailer
Entrevista sobre o livro na
FM Cultura
Resenha (Perpétua):
JÚBILO – Imago
Mortis
JÚBILO!
é o “álbum silencioso” do Imago Mortis, inicialmente concebido como um EP
comemorativo do jubileu de prata (25 anos) da banda. A obra foi composta em
julho de 2020, durante um dos piores períodos da pandemia do coronavírus, mas
nunca chegou a ser gravada. A publicação do livro físico “DIÁRIO DE UM IMAGO:
contos e causos de uma banda underground”, de Fabio Shiva, motivou o letrista a
compartilhar o álbum nesse formato de “sombra de canções”, apenas com as
letras. Uma experiência diferente, que vale a pena ser vivida. Boa catarse!
Leia o PDF grátis:
https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7971321
Marçal Filho: Escritor, Compositor, Poeta e
multi-instrumentista Fábio Shiva, um grande prazer para esse aprendiz degustar
suas histórias de vida cultural, sua maneira de expressar, se faz muito
interessante, muito obrigado por sua ilustre presença, garanto que estou adorando
conhecer um pouco mais de você...
Fabio Shiva: Olá, Marçal! Gratidão por essa energia boa, meu amigo! É sempre uma alegria travar contato com irmãos e irmãs Poetas, sinto que somos todos membros de uma sagrada Confraria!
Marçal Filho: Como músico e poeta, dentro da linha da criação popular existe alguma maneira de desassociar a poesia da música? Juro que ainda não encontrei maneira adequada de separá-las ou se existe essa fórmula.
Fabio Shiva: Essa é uma pergunta muito interessante. Eu já tive a oportunidade de experimentar várias combinações dessa dupla tão querida: já coloquei letra na música de outras pessoas, já musiquei a letra de outras pessoas e também já fiz as duas coisas, tudo junto e misturado. Penso que a poesia e a música são acessadas em níveis diferentes, mas que também isso varia de pessoa para pessoa. Via de regra, a letra exige interpretação, referências culturais prévias etc., enquanto a música é mais universal, mais direta. Você sente a emoção que a música transmite mesmo que ela esteja sendo cantada em um idioma desconhecido.
Marçal Filho: Você gosta da literatura de Jorge Amado com seu jeito único de descrever a Bahia?
Fabio Shiva: Jorge Amado é meu escritor favorito.
Considero-o um verdadeiro Avatar da Literatura.
Marçal Filho: O que pode nos dizer sobre a obra de Raul Santos Seixas?
Fabio Shiva: Também amo Raul! Para falar dele, prefiro fazer uma comparação com outro gênio de nossa música, que é o Chico Buarque. Considero Raul Seixas e Chico Buarque os dois pontos extremos da expressão artística, ou dos modos de ser artista. Chico é um ourives, meticuloso ao lapidar joias de perfeição inigualável. Raul é o artista que se rasga por dentro e coloca a alma nua e pulsante em cada música, em uma coragem absoluta de se desvendar. Amo os dois igualmente, e sou grato por ter nascido no mesmo país que eles!
Marçal Filho: Rapaz se já era teu Fã... Pronto, agora lacrou, amo a literatura extraordinária de Jorge Amado, Chico Buarque para mim é o que podemos chamar de colossal um gênio e Raulzito, sem palavras. Você disse muito bem, ele sempre expôs sua alma no mais puro sentido do viver... São realmente artistas incomparáveis. Obrigadíssimo pelas respostas tão claras quanto sucintas.
Fabio Shiva: Ô querido amigo, gratidão por esse carinho luminoso! Eu tive que me conter ao falar de Jorge. Sinto por Jorge Amado e Castro Alves a reverência que um devoto sente por um santo.
Marçal Filho: Esses baianos são realmente fenomenais e por isso mesmo, imprescindíveis...
João César Flores: Bom Dia Daniel Valente, em nome do amigo, nosso abraço a todo o grupo, de modo muito especial ao ilustre Entrevistado Artista Maior FÁBIO SHIVA, estou encantado com brilhante currículo e a grandeza se vossa participação em várias áreas da Cultura. Que Deus ilumine ainda mais sua dedicação empenho para sua inspiração chegar ainda a mais pessoas e Fazê-las mais feliz.
Sou um
escrevente sem diploma, adoro poesias, e a pouco cheguei da aula de teoria
Músical, arranho um trombone de Vara, num projeto Municipal de uma Associação
chamada Ameart. Então sei que sabe, mas que saber do Músico FÁBIO a importância
destes projetos para a comunidade carentes, e o que poderia melhorar nos
municípios a questão do fomento das Artes variadas, ou se está td certo. E o
que acha que a cultura de modo geral pode acariciar acalentar tantos irmãos
gaúchos arrasados pelas enchentes. Ok abraço Fábio, já tens mais um seguidor,
bjs no teu coração artístico.
Fabio Shiva: Olá, querido irmão poeta João César! Gratidão pelas palavras de Luz, conte comigo! Amei o seu depoimento sobre as aulas de música. Faz duas semanas que começamos a estudar Teoria Musical em nossa Oficina, estou muito feliz e grato. Durante todos esses anos de projeto, essa é a segunda turma com a qual consigo levar adiante o estudo da teoria, que é tão importante e que faz toda a diferença. Sobre essa situação trágica que está sendo vivenciada no sul de nosso país, acho muito importante tomarmos consciência do quanto podemos fazer para ajudar a reverter essa situação. Algo muito desesperador é a sensação de impotência, de achar que não há nada que podemos fazer, ou de que o que podemos fazer é de pouca valia... Mas felizmente não é esse o caso. Acredito que somos co-criadores do universo, então mesmo o pouco que possamos fazer tem muita importância. Começando, evidentemente, pelos donativos etc., mas não menos importantes são as orações e pensamentos positivos que podemos emanar para as pessoas que estão sofrendo. A mente humana é um transmissor poderoso, podemos usá-la para enviar vibrações de cura, de positividade. Escrever poemas é uma ótima maneira de utilizar a mente dessa forma. Se nos empenharmos simplesmente em manter nossa própria saúde mental e nosso coração receptivo a ajudar os outros (às vezes muito próximos), já estaremos ajudando e muito nesses males que afligem nosso planeta.
Marco Guayba: Resposta maravilhosa. Fábio, você poderia postar um poema seu que você considere bastante expressivo de sua arte.
Fabio Shiva: É difícil escolher um só, né? Mas vamos lá:
O DEVER DA
POESIA
Se a novela da
tevê só ensina o que não presta,
É o dever da
Poesia ser a esperança que resta.
Se os jornais
só transmitem notícia comprada,
É o dever da
Poesia ser a Verdade Revelada.
Se a política
promete sem nunca cumprir,
É um dever da
Poesia o de jamais mentir.
Se a igreja,
como a escola, está desmoralizada,
É um dever da
Poesia o de continuar sagrada.
Se o ódio e a
intolerância nos empurram para trás,
É o dever da
Poesia ser um apelo à paz.
Se os valores
fenecem por falta de guarida,
É o dever da
Poesia dar sentido à vida!
Marisa Rosa Cabral: Boa tarde, Poéticos! Boa tarde, Fabio Shiva. Saiba que é um prazer ter você somando muito com a nossa comunidade e iluminando nosso abençoado sábado.
"... Tento
manter limpa essa casa,
Mas sempre
aparecem sujeiras:
Um pensamento
que não presta,
Inveja, raiva e
outras besteiras.
Essa feia
escuridão que resta
Às vezes até me
desanima:...”
Acontece comigo
e acredito que aconteça com todos que buscam crescer em si mesmos, se alongar,
ganhar espaço pra receber o melhor, que sabemos, está a porta.
As asas estão
aí, no poeta que te acompanha e nos brinda com essas poesias lindas… Eu voei
com esse lindo texto. Parabéns!
Fabio Shiva: Olá, Marisa! Gratidão por suas palavras e por essa energia boa! Gosto muito de uma frase do Jung que diz: "Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, e sim por tornar consciente a escuridão." A Literatura, para mim, é uma forma privilegiada de acessar essas sombras, de enxergar as minhas trevas.
Rogerio Germani: Boa tarde, poéticos! Mesmo neste friozinho de hoje, sinto as boas vibrações aquecendo o reino literário. Gratidão, Fabio, por compartilhar conosco a luz de sua trajetória.
Fabio Shiva: Gratidão por sua Luz somando, querido Rogerio!
Rogerio Germani: Sobre os seus projetos culturais, especificamente o Pé de Poesia onde tive a honra de uma vez ter participado, onde exatamente ocorrem e como funciona a interação com a comunidade?
Fabio Shiva: O Pé de Poesia foi mesmo um acontecimento lindo, justamente pela força coletiva, de tantos poetas participando e somando com suas luzes. Esse projeto foi aprovado em um edital da Fundação Gregório de Mattos, aqui em Salvador. Nos anos seguintes, tivemos a ventura de aprovar outros projetos de Poesia: Doce Poesia Doce, Poesia de Botão, Gincana da Poesia. Além dessas ações, tivemos várias outras que não foram patrocinadas por editais, simplesmente pela alegria de ajudar a semear Poesia nos corações e mentes. Lembrei agora de compartilhar também o link para download do Poesia de Botão, que é um jogo que ensina crianças a rimar e a fazer Poesia.
Imagine um jogo que ensina as
crianças a rimar e fazer Poesia!
Disponível gratuitamente no
link abaixo:
https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/6446934
O jogo POESIA DE BOTÃO faz parte do projeto selecionado pelo Edital Arte
Todo Dia – Ano IV, da Fundação Gregório de Mattos (Prefeitura de Salvador), com
apoio de Athelier PHNX, Verlidelas Editora, Caligo Editora, Suporte Informática
e AG1. O propósito do jogo é convidar as crianças a vivenciar o universo da
Poesia de forma lúdica e atrativa, como uma “brincadeira de montar versos”. POESIA DE BOTÃO é especialmente
indicado para crianças já alfabetizadas, mas nada impede que adultos possam
brincar também e se beneficiar com o jogo.
Rogerio Germani: Li, certa vez, numa destas entrevistas
virtuais, que você já foi assessor de imprensa. Este know-how facilita na
abordagem para formação de novos leitores? Há uma estratégia de marketing
diferente para divulgar prosa e poesia nos dias de hoje?
Fabio Shiva: Continuo atuando como assessor de imprensa e de mídias sociais nos projetos em que atuo. Atualmente exerço essa função no projeto Casa Verde Itapuã. Sou formado em Comunicação Social - Relações Públicas pela UERJ, pelo que sou muito grato, pois me ajudou a desenvolver um olhar mais atento para os noticiários e comunicações em geral. Na escrita, acho que ajuda esse treino de escrever de forma mais simples e direta, em termos de "lead", visando dar as informações essenciais: quem, quando, como, onde, o quê e por que. O texto literário vai por outras vias, mas é bom ter essa referência. Utilizo o (pouco) que sei de marketing para divulgar meus livros, mas não no processo literário em si, que procuro manter o mais independente possível de qualquer expectativa de mercado. Mas tentando responder sua pergunta, acho que um bom caminho para atrair novos leitores é o de tentar surpreender de alguma forma, geralmente por meios extraliterários, como foi no projeto Pé de Poesia, que chamou bastante a atenção de crianças e adolescentes.
Vera Lúcia Lage Carvalho: Olá Fábio Shiva, aqui estou ,de pé, aplaudindo tanta envergadura!
*Entre tantos talentos e interesses diversos ,como se dá o equilíbrio de tudo isso?
*Entre as diferentes formas de expressão da sua criatividade,você percebe que há conexão espiritual ou energética? "Shiva" explica?
Fabio Shiva: Oi, Vera Lúcia! Gratidão por essa energia boa! Eu gosto muito dessa definição do Ezra Pound, de que o artista é a "antena da raça". Ou seja, nossa função é captar e transmitir, não propriamente "criar". Com toda sinceridade, não me sinto criador de nada, eu simplesmente recebo e transmito. Existe um nível moderado de intervenção, que onde entra a técnica, aquilo que você leu, o que você aprende para ajudar a dar uma forma ao que foi captado. Mas essencialmente não "crio" nada, e isso traz uma libertação maravilhosa, uma leveza diante do que se está fazendo. Então certamente Shiva tem tudo a ver com esse processo, como diz uma escritura hindu: "nada do que faço sou eu quem faz".
João César Flores: Ilustre poeta maior FÁBIO, li que dentro deste vasto mundo artístico que vive, s música e muito importante, é o que mais lhe deixa alegre é compor. Haha já me atrevi compor e escrevi umas letras para minha escola de samba, sempre caprichei no refrão, quando as crianças cantavam, sentia que estava bom. Mas sei o quanto é mágico escrever e ver outros cantarem sua canção. Não pare nunca de compor, música enriquece a alma.
Nesta área, o
que me diz do Rei Roberto Carlos, Fábio Junior, Oswaldo Montenegro, Djavan,
Zezé de Camargo. Românticos, Martinho da vila e Zeca Pagodinho, Samba e músicas
nordestinas, como Flávio Leandro e Guilherme Ferri. Gostas de algum...
Fabio Shiva: Atualmente o tipo de música que mais gosto de ouvir são mantras indianos e músicas mais espirituais. Mas dependendo do dia ouço muitos outros tipos de música. Música erudita eu amo (Mozart, Beethoven, Bach etc), também amo MPB e rock (anos 1960 e 1970 principalmente).
Elcivan Duarte: Quero parabenizar por este trabalho cultural maravilhoso! Isso é semear cultura! Sou a Elcivan, satisfação em conhecê-lo!
Fabio Shiva: Olá Elcivan, gratidão por essa energia boa! Fico feliz em conhecer você, conte comigo!
Elcivan Duarte: Retendo o olhar na publicação de obras, quais os critérios da Verlidelas para se publicar uma obra?
Fabio Shiva: Atualmente não estou mais atuando na Verlidelas, mas recomendo totalmente. Sugiro que você acesse o site da editora e siga os procedimentos para envio de originais para análise, ok?
Elcivan Duarte: Quais os caminhos para levar a literatura com apoio da secretaria de cultura, dos meios governamentais?
Fabio Shiva: Esse é um processo bastante simples, que é inscrever um projeto nos editais culturais que são abertos de tempos em tempos. Escrever projetos é trabalhoso, pois você precisa prever todos os detalhes de tudo o que vai acontecer e traduzir isso em termos de ações e de orçamento. Mas basicamente é bem simples, não há mistério na elaboração de um projeto. Os editais públicos podem ser municipais, estaduais ou federais. A complexidade do edital geralmente aumenta nesse mesmo sentido, então para começar uma boa pode ser um edital municipal. Está para abrir uma série grande de editais da Lei Aldir Blanc, fique atenta!
Elcivan Duarte: Certo. Agradeço o retorno!
Continue com o
semear pois embora tenha ouvido que a literatura está morrendo eu ainda
acredito na reviravolta, no potencial e mover que ela pode fazer na vida dos que a abraçam. Agora
para que continue a se movimentar, como você disse, a pouco penso que seja
preciso que aqueles que estão com o ar da graça literária compartilhem o, como
bens fazendo.
Hoje na reunião
da ASSEAM (Associação dos Escritores Amazonenses), disse isso: precisamos
apresentar nossa arte para que vejam quão bela e completa é.
Fabio Shiva: Que lindo depoimento, Elcivan!
Sydon: Pergunto ao poeta qual o maior impacto que a poesia e literatura pode trazer para a educação atual.
Fabio Shiva: Olá, Sydon! Gratidão pela pergunta, que é muito desafiadora. Percebo a educação hoje em um momento de puro caos, algo que repercute e potencializa as mazelas de nossa sociedade como um todo. A educação está em crise porque a civilização está em crise. Para mim é muito nítido que os modelos tradicionais de educação simplesmente não dão mais conta, mas ainda não existe um novo modelo. A impressão que tenho às vezes é que seria preciso reconstruir tudo a partir do zero. Tentando responder sua pergunta, acredito muito no poder da Poesia e da Literatura para abrir novos horizontes, mas sinto que isso ocorre de forma individual. Quando tentamos trazer isso para algum formato organizacional, esbarramos nas próprias dificuldades do sistema. Vou dar um exemplo banal, até simplório, mas que acho que expressa bem esses dilemas. Eu sempre amei ler, desde criança. Mas odiei todos os livros que li para a escola, com a obrigação de decorar detalhes bobos para ter que responder a uma prova. Acho que devemos continuar tentando, buscando novas formas de apresentar a magia da Literatura para as crianças e jovens, mas é meio como na parábola do semeador. O problema é que a escola é o maior entrave à educação!
Danniel Valente: Fábio, como você vê as antologias? A maioria é caça-níquel?
Fabio Shiva: Acho que há antologias de todos os tipos. E sim, a maioria pode ser considerada "caça-níquel". Mas mesmo essas atendem a uma demanda, satisfazem a um tipo específico de motivação por parte dos escritores. Então antes de mais nada é importante cada um se perguntar: o que busco com a minha escrita? Acho válido participar de antologias, para vivenciar esse processo de publicação do livro por diferentes editoras, em contato com autores diferentes etc. Como eu gosto muito de ações coletivas, fico um pouco frustrado com a estrutura da antologia, que é meio como uma "casa de cômodos", cada um no seu canto, sem interação com os demais. Pensando nisso, em 2016 organizei um livro realmente coletivo, "Escritores Perguntam, Escritores Respondem", cujo PDF compartilho abaixo. Foi uma experiência muito trabalhosa, mas igualmente gratificante. Tanto que estou pensando em uma nova proposta nesse sentido.
ESCRITORES PERGUNTAM, ESCRITORES RESPONDEM
Escrever para quê?
Doze escritores dos mais
diversos estilos e tendências, cada um de seu canto do Brasil, reunidos para
trocar ideias sobre a arte e o ofício de escrever. O resultado é este livro: um
bate-papo divertido e muito sério, que instiga o leitor a participar ativamente
da reflexão coletiva, investigando junto com os autores os bastidores da
literatura moderna. Uma obra única e atual, recomendada a todos os que amam o
mundo dos livros.
Disponível no link abaixo,
leia e compartilhe:
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5890058
Danniel Valente: Muito interessante pensar na interação...
E sobre as
novas tecnologias na educação, mais precisamente o celular em sala de aula.
Você acha que tira o foco do livro?
Fabio Shiva: Essa pergunta complementa a pergunta feita por Sydon. Acho que é meio como a questão da IA: não adianta muito ser "contra" ou "a favor", pois é uma realidade que já está aí, a questão é como lidar com essa nova realidade. As crianças e adolescentes nasceram em um mundo onde "sempre" existiu celular. Não se trata de algo novo e revolucionário, como foi para as pessoas de minha geração, e tampouco os alunos de hoje têm como fazer essa referência a uma realidade sem celular. Então tentar banir o celular da sala de aula é meio que um ato de desespero, pois não há como o professor e seu quadro-negro competirem com o universo de possibilidades propiciado pelo celular. É um beco sem saída, ao meu ver. Precisamos reinventar a sala de aula.
Danniel Valente: Falando na sua editora, há algum projeto para facilitar as publicações dos autores?
Fabio Shiva: Sim. A Natesha Editora surgiu com a proposta de ser uma editora que eu gostaria de encontrar, como escritor. Uma editora pequena, iniciante, mas que acredita no poder da Literatura e no talento de seus autores. Nossa proposta é viabilizar a publicação do livro sem que o autor precise desembolsar nada para custear a edição. Isso é realizado por meio de campanhas de pré-venda. Para que o processo tenha êxito, é preciso que o autor esteja realmente empenhado e que confie e acredite tanto no seu livro quanto a editora. Pois o livro não vai se vender sozinho. Não basta fazer uma postagem nas redes sociais e ficar esperando. É preciso empenho na campanha, tem que conversar com cada pessoa individualmente. Eu considero que essa é a maior vantagem da campanha de pré-venda (além de liberar o autor de ter que pagar pela edição): ela obriga o autor a fazer uma divulgação forte de seu livro, que provavelmente ele não faria de outra forma. E assim, no final, todos saem ganhando.
https://mundoescrito.com.br/entrevista-editora-natesha/
Danniel Valente: Querido poeta, obrigado por tão grandiosa entrevista e por tamanha luz que nos proporcionou! O espaço está aberto para a sua mensagem a todos os Poéticos. Abraço!
João César Flores: Bom dia, grande abraço e obrigado por tudo,
mestre Fábio.
Vera Lúcia Lage
Carvalho:
Om, inclino-me
perante Shiva" ou "Om, inclino-me perante o meu divino Ser
interior".
https://youtu.be/OZ6kjfI0hlE?si=gCCkit8n45lmN1tp
Valeu Shiva, Fábio!
Obrigada! Obrigada!
Marçal Filho: Valeu demais Fábio, abraço grande!
Fabio Shiva: Foi uma alegria linda o nosso encontro!
Gratidão profunda! Parabéns e gratidão a todos por firmarem essa proposta
coletiva de celebrar a cultura e as artes, essa é uma iniciativa que brilha no
mundo!
Uau! Muito bom, poeta Fábio Shiva... Grandioso!
ResponderExcluirDanniel Valente
ExcluirQuerido irmão Poeta Danniel Valente, gratidão por sua Luz somando!
ExcluirQuerido Fábio... ser um anônimo vendo todo seu trabalho desenvolvido desde os seus 7 anos de idade não é meu desejo. Tive a felicidade de participar do CURA POETICA e dai a oportunidade de ir a Salvador participar do lançamento em 2022 e conhece-lo pessoalmente ... Grande alegria. Todo seu trabalho ... está cabeça a mil faz surgir em mim apenas uma pergunta ...QUANTAS de HORAS TEM SEU DIA? Sou um anonimo de Beaga com um desejo forte de viver em Salvador onde fiz muitas amizades. Adoro seu trabalho. Grande abraço carinhoso.
ResponderExcluirÔ querido, que de forma alguma é um anônimo, tenho muita gratidão e muita honra em ser seu amigo. Sou fã da Poesia que você expressa no mundo em seus "Tiros de Arcabuz" e de seu olhar de criança, que tanto encanta! Espero que possamos viver novas aventuras poéticas em breve!
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