Sherlock
Holmes foi o meu grande ídolo da adolescência!
Por
isso reli com muita alegria até mesmo essa, que foi a história dele que menos
gostei!
O
motivo que me fez gostar menos de “O Vale do Terror” na primeira leitura foi
que aqui o Sherlock Holmes aparece pouco, é quase um coadjuvante!
Ao ler
agora pela segunda vez, imagino se aqui não estariam os indícios do cansaço do
autor com o grande sucesso alcançado por seu personagem imortal. A história é
dividida em duas partes. Na primeira vemos Holmes diante de um obscuro caso de
assassinato, que ele desvenda com a habilidade de sempre. Chamou minha atenção
o fato da história iniciar com uma mensagem em código, que Holmes decifra como
sempre. Só que agora achei a mensagem fraquinha... ao contrário de outras
encontradas nas aventuras de Holmes, com destaque para a que aparece na
história “Os Dançarinos”.
Pois
então, depois do assassinato desvendado, vamos para a segunda parte da
história, que é mais uma aventura heroica que uma trama policial propriamente
dita. Penso que Conan Doyle já não queria mais escrever sobre seu temperamental
gênio celibatário, virtuose no violino e apreciador de cocaína... queria um
herói mais “comum”, apreciador do belo sexo e das brigas de bar...
Então,
nessa minha segunda leitura de “O Vale do Terror”, a impressão foi a seguinte:
na primeira parte, Conan Doyle atende (meio de má vontade) o desejo de seus
leitores, e na segunda parte segue os seus próprios caprichos de autor!
Da
primeira vez que li, achei essa parte final chatésima, pois eu queria ler sobre
Sherlock Holmes!!! Gostei mais agora dessa aventura, que me trouxe uma
nostalgia desse tempo em que mesmo os piores vilões pareciam mais educados e
honrados que muitos heróis modernos...
Se você
nunca leu nada de Sherlock Holmes, não comece por esse! Não é ruim, mas está
longe de ser o melhor.
Ainda
assim, adorei!
Viva
Sherlock Holmes!
Em
tempo: outra mudança de perspectiva interessante que tive nessa segunda leitura
foi a respeito da biografia do autor. As edições da Ediouro sempre vêm com um
texto do Paulo Mendes Campos, que finaliza assim:
“nos
seus últimos anos, Conan Doyle apaixonou-se pelo espiritismo e pelas ciências
ocultas”.
Por
saber do clássico episódio em que Conan Doyle foi iludido pelas meninas que
recortaram imagens de fadas de um livro infantil, sempre julgava ver nessas
linhas uma evidência da senilidade no fim da vida do autor. Hoje, percebo que
Doyle foi um grande gênio, e que além de ter criado o maior detetive de ficção
de todos os tempos, foi também o criador do método de recolher impressões
digitais nas cenas dos crimes e inclusive era chamado pela polícia para
auxiliar nos casos mais difíceis... exatamente como nas histórias de Sherlock
Holmes!
E
também para mim, da adolescência para cá, muita água passou debaixo da ponte...
Então
hoje vejo nesse episódio não um indício de senilidade, mas de lucidez!
Viva
Conan Doyle!!!
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Fabinho!
ResponderExcluirO Sr. Holmes também foi meu grande compnheiro da adolescência.
Gostaria muito de reler algumas de suas obras e quando leio uma rsenha sua de um livro do Conan Doyle, fico doidinha...kkkkkkk
cheirinhos
Rudy
somos dois meu bem!
ResponderExcluirPois é,eu tbm li Sherloc!!A sua capacidade de pensar me deixava......!!!Nem tenho palavras pra descrever,simplesmente VIVA CONAN DOYLE!!
ResponderExcluirLili.