A coleção “Plenos Pecados”, lançada pela
editora Objetiva, nasceu de uma ideia interessante: sete escritores foram
convidados a escrever um livro, cada um sobre um dos pecados capitais. Eu já
havia lido o livro sobre a Ira: “Xadrez, Truco e Outras Guerras”, de José
Roberto Torero, e gostei muitíssimo, tanto que guardei o livro para reler.
O livro sobre a Luxúria foi encomendado
ao escritor mais indicado, na ausência de Jorge Amado: João Ubaldo Ribeiro. E
assim nasceu “A Casa dos Budas Ditosos”, que o autor afirma não ter escrito,
mas recebido de uma autora não identificada, que conta no livro a sua vida
cheinha de luxúria.
Que é bem escrito, inegável. Muitos
devem ter lido dando gargalhadas, outros podem ter ficado com tesão. Eu achei
engraçado e tesudo no comecinho, depois foi ficando cada vez mais chato... só
não parei de ler porque a letra é grande e o livro fininho.
O problema, em minha opinião, foi que
Ubaldo quis defender tese, provar por A + B que a pessoa “normal” é a que curte
transar com homem e com mulher, com os amigos e com os parentes, sempre que
possível. Dificilmente livro querendo defender tese dá um bom romance, é a
minha opinião. Não ajudou a leitura o fato de discordar da tese defendida: acho
que a vida é bem mais que foder.
Digo isso sem o menor receio de ser
considerado “careta”, como é tão martelado no livro. Acho que nos tempos atuais
a transgressão e ousadia maior é afirmar que o sexo NÃO é a coisa mais importante
da vida. Embora seja importante, sim, assim como comer, beber, urinar e
defecar. Mas se não há nada além disso na vida, então a raça humana é
perfeitamente dispensável, pois os animais já lidam muitíssimo bem com os
instintos e necessidades fisiológicas.
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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:
Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI
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http://sincronicidio.blogspot.com/
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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