segunda-feira, 13 de maio de 2013

MORTE E VIDA SEVERINA – João Cabral de Melo Neto




Essa edição da Alfaguara (Ed. Objetiva) na verdade traz uma compilação de quatro obras do autor, sem dúvida alguma um dos maiores poetas brasileiros.

Em O Rio, longo poema de 1953, temos a original narrativa do Rio Capiberibe, que conta sua trajetória desde a nascente até alcançar o mar, na cidade de Recife. O próprio Rio é quem conta o seu trajeto, cenário ponteado pelo sofrimento humano.

Em Paisagens com Figuras (1954-1955), temos vários poemas curtos que alternam cenários de Pernambuco e da Espanha, em um inusitado contraponto que reflete a biografia do poeta, nascido em Recife e diplomata na Espanha.

Uma Faca Só Lâmina (1955) é a imagem talvez da obsessão poética de João Cabral de Melo Neto, uma faca cortando o poeta por dentro, tornando o seu olhar aguçado para a realidade, empenhado em “não poetizar o poema”, em não colocar perfume nas flores, mas em... em o que? Só lendo para sentir por si mesmo e descobrir.

Mas é mesmo Morte e Vida Severina (1954-1955) a obra-prima, tão poética e profunda que nem saberia como dizê-lo. Ao término da leitura, senti um nó na garganta, que a poesia de JCMN faz chorar por dois motivos. Primeiro, por lembrar de tanta gente sofrendo tanto, meu Deus! E segundo, por mostrar esse sofrimento de forma tão bonita!



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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:

Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI

Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/
 
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

2 comentários:

  1. Bela resenha!!! Cabral é duro, sisudo, mas seu versejar encanta até corações de pedra! Excelente dica de leitura!

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