Uma interessante história do futuro
escrita no passado...
O futuro: 2276. O passado: 1973. Para um
leitor de 2012, quase quarenta anos depois que a história foi escrita, outras
leituras se impõem, além daquela provavelmente imaginada pelo autor como a
principal.
Aqui somos companheiros de Duncan
Makenzie, clonado na Terra e criado em Titã, uma das luas de Saturno. Ele é
convidado a visitar a Terra e participar das comemorações de 500 anos da
proclamação da independência dos Estados Unidos. (Esse ponto, aliás, é um dos
exemplos de como o foco dado pelo autor foi perdendo um pouco a força com o
passar dos anos. Imagino que os americanos fizeram uma big festa por ocasião do
bicentenário da independência, pois na época Isaac Asimov também foi inspirado
a escrever uma história do futuro envolvendo a celebração...)
A viagem de Saturno à Terra é contada em
detalhes, envolvendo um criativo meio de propulsão para a nave. Depois
acompanhamos Duncan em sua adaptação à Terra (tanto emocional quanto física,
pois a gravidade em Titã é apenas 1/5 da terrestre), em meio a uma possível
conspiração de contrabando de Titanita...
A história em si não é muito empolgante,
pois o que conta mais é justamente a janela para o futuro enxergada por Arthur
C. Clarke. O mais interessante nesse tipo de leitura não é verificar onde o
autor acertou em suas previsões tecnológicas (o comsole descrito por ele parece muito com um palmtop, por exemplo),
mas justamente onde ele foi superado, onde a realidade em tão pouco tempo já
suplantou a fértil imaginação. Por exemplo: no futuro de Clarke, Titã e Terra
sofrem ainda nas comunicações, contando palavras para serem enviadas por telex
– hoje seria mais fácil mandar um e-mail!
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
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