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terça-feira, 28 de maio de 2013

PACIENTE PARTICULAR – P. D. James






A frase de abertura desse livro já mostra bem o que teremos em seguida (tradução livre minha):

“Em vinte e um de novembro, no dia de seu quadragésimo sétimo aniversário, três semanas e dois dias antes de ser assassinada, Rhoda Gradwyn foi até a Harley Street para a sua primeira consulta com o cirurgião plástico e lá, em uma sala decorada (assim parecia) para inspirar confiança e banir apreensões, tomou a decisão que iria levar inexoravelmente à sua morte.”

Inteligência, finesse... e assassinatos! Essas são as marcas registradas de P. D. James, senhora inglesa de olhar tão simpático e benevolente, que quase não dá para acreditar que ela é capaz de pensar em tantas crueldades...

Apreciei muito a oportunidade de ler esse livro no original (“The Private Patient”). Além de poder captar melhor o estilo de P. D. James, pude aprender um pouco mais sobre alguns de seus “truques” literários. Um deles é frequentemente complementar os diálogos com sentenças hipotéticas, formuladas pelos personagens apenas em pensamento. Um recurso bem interessante, que dá vivacidade e realismo aos diálogos.

Outro desses “truques” também diz respeito aos diálogos, mais especificamente às conversações entre Adam Dalgliesh (o herói criado por P. D. James, mistura de policial e poeta) e seus subordinados. Demorei um pouco para perceber a sutileza e elegância desses diálogos, que sempre procuram reproduzir o ponto de vista de um oficial de polícia empenhado em sua investigação, considerando sempre o aspecto profissional acima de tudo. O que não impede que o lado humano aflore, em passagens de grande sensibilidade:

“Você falou movida pela compaixão. Sentir muita compaixão pode ser perigoso em uma investigação de assassinato, mas não tão perigoso quanto perder de todo a capacidade de sentir compaixão.”




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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):



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