Esta foto é o cenário principal de uma das mais belas - para não
dizer a mais - histórias de amor que já li e vi nas telonas. É um deleite para
os corações românticos. Quando falo em história de amor e refiro-me ao
romantismo não estou dizendo que é aquela coisa melosa, muito pelo contrário. E é verídica.
É nessa livraria de Londres que vende livros raros e fica na 84
Charing Cross Road (título original da obra) que trabalha Frank, um livreiro
conservador.
Helene, uma novaiorquina desconjurada com os preços altos dos
livros que procura, vê um anúncio da livraria Marks & Co. num jornal e, a partir de então, passa a
comprar ali. Seu contato lá é o Sr. Frank e os pedidos e pagamentos são
feitos através de cartas, a primeira delas é de outubro de 1949.
Ela é solteira, ele casado e pai de duas filhas. Possuidora de
um senso de humor ímpar Helene vai, aos poucos, arrefecendo o conservadorismo
de Frank. Com o passar do tempo eles trocam informações pessoais: ela fala de
seus projetos, do seu trabalho, das coisas corriqueiras do dia a dia e do
prazer de ler livros de determinadas edições, e ele, da família, do pessoal da Marks
& Co., de suas viagens em busca de livros e também, de coisas do dia a dia.
Se destino ou coincidência, você decide, mas, toda vez que
Helene se programava para ir à Inglaterra conhecer Frank imprevistos surgiam e
a viagem era adiada. Assim, passam-se os anos até que em janeiro de 1969 Helene
recebe uma carta. O que ela diz não conto, embora o título seja um indicativo,
mas adianto que, em junho de 1971, finalmente ela realiza a tão sonhada viagem
para Londres.
O livro não é uma história narrada, mas sim, a transcrição das
cartas de Helene para Frank e vice-versa, e várias outras trocadas entre ela e o pessoal da Marks & Co. e também com Nora,
esposa de Frank. Por conta disso até me questionei se teria gostado tanto do livro sem
ter visto o filme antes, normalmente é o contrário, né. Mas acredito que sim,
uma vez que as cartas de Helene trazem todo o seu senso de humor que, como
afirmei antes, é ímpar.
O filme é fiel ao livro embora não aborde a segunda parte dele
que é o que acontece com Helene depois de sua chegada em Londres. Anthony
Hopkins, aqueeeeele da série Hannibal, mostra que quando um ator é bom não há
papel que represente sem ser convincente. É inacreditável ver o monstruoso
Hannibal interpretando o pacato Frank de Nunca te vi... Sempre te amei.
Anthony Hopinks e Anne Bancroft em cenas do filme
Trailer em inglês: Trailer em inglês
Trailer dublado: Trailer dublado
Livro e filme recomendadíssimos!
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