Esse livro foi escrito em 1931, no mesmo
ano em que Simenon escreveu seu primeiro romance policial. É por isso uma
leitura valiosa para se conhecer o autor em seus primeiros passos, ainda
assimilando e processando suas influências e construindo seu estilo próprio.
Aqui vemos como Simenon bebeu do Roman Noir para criar o seu célebre
Maigret. Ainda no posto de inspetor-geral, vemos Maigret correndo atrás de
criminosos, distribuindo socos que mais parecem coices de mula e interagindo
com mulheres fatais de seios à mostra... e ao mesmo tempo vemos também a
influência do romance policial clássico, com pistas e despites sendo
apresentados ao leitor e até mesmo a tradicional cena da revelação, em que o
detetive expõe para os suspeitos as suas conclusões. Uma total surpresa para
quem está acostumado a ver o Maigret bonachão e quase mudo, simplesmente
passeando pelo cenário até que o crime seja elucidado!
Ainda assim, já vemos aqui uma mostra do
diferencial alcançado por Simenon, que brilha sobretudo na construção dos
personagens, muito vívidos e intensos.
Viva Maigret! Viva Simenon!
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Valeu pelas boas palavras e energias amigo Antonio! Seja muito bem-vindo!
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