domingo, 13 de outubro de 2013

SAMHAIN - Simone Marques






A autora Simone Marques tem uma habilidade incrível para escrever histórias, não me canso de afirmar isso. E não o faço à toa. Suas histórias são sempre coerentes e seus personagens tão envolventes que é impossível esquecê-los, quem a leu, sabe!

contato pelo email: simone.odete@uol.com.br


Em 2008 ela publicou o Gênese Pagã (Paganus, na 2ª edição) onde conta a história de Gleide e Adele que vivem em Portugal, no ano de 1673, que com a ajuda de Diogo, um nobre (e lindo!! *.*) católico, conseguem fugir dos Inquisidores. Adele dá à luz a Daniele que está predestinada a cumprir uma missão ainda desconhecida. Aos poucos, descobrem que para isso ela deverá deixar Portugal e vir ao Brasil. Por uma série de fatos Mateus (ou Angus, nome pagão do irmão de Daniele), viaja com ela, e com eles também vem o belo, ui! *.* Antônio, companheiro de Daniele.



Cinco anos após ter publicado esse livro (e outros 4 volumes que falam de Sara e sua filha Marina, descendentes de Daniele, dois livros da série Sabores de Sangue - Agridoce e Cítrico -, o 1º volume da série Marina e os Tesouros da Tribo de Dana e o 1º volume da série As Crônicas do Reino do Portal) Simone Marques publica o Samhaim. 



Samhaim (pronúncia em português do Brasil: sáuam) é uma festividade celta que marca o maior momento de mudança do ano: uma virada no tempo e também na vida de todos.



No Brasil, Antônio vai trabalhar numa fazenda no interior de São Paulo e, em pouco tempo, ganha o respeito e a confiança do patrão. Na direção da fazenda ele trabalha de forma árdua e justa, mas, se por um lado ganha a admiração de algumas pessoas, por outro, suscita a raiva. Daniele, por sua vez, muito bela, com seus olhos verdes e cabelos ruivos desperta a inveja nas mulheres e a paixão nos homens. Daniele está grávida de Tereza que nasce logo após o desembarque no Brasil e, poucos anos depois nasce Antônio filho, o Antoninho, segundo filho do casal.



A natureza local é farta. O verde das matas, o colorido das flores, o cantar dos pássaros e a refrescante água do rio que margeia a fazenda encantam Daniele e é nela que busca forças para camuflar suas crenças, pois os patrões de Antônio são católicos convictos. Há muitos escravos na fazenda e ela descobre que suas crenças são semelhantes. Mateus e ela tornam-se amigos de alguns deles. Os índios também estão por ali sendo catequizados e aí é que mora o perigo, pois, a fama de Daniele em curar as pessoas com chás e tisanas feitos por elas corre os vilarejos vizinhos e atrai a desconfiança do Padre local.



É lidando com o sentimento de ser pagã e precisar agir como uma católica que Daniele vai levando a vida, esperando que a deusa Dana lhe revele a missão até então, desconhecida para ela. A revelação vem através de um sonho e a deixa transtornada. O seu Samhaim, seu momento de mudança chegara, mas o preço a pagar para realizá-lo é muito, muito alto... Como conseguirá forças para cumprir sua missão? E que papel terão em sua vida Guilherme, seu ex-noivo e irmão de Antônio que ficara em Portugal e aparece em Goiás, e o explorador Augusto que cruza o seu caminho?



Samhaim é um livro que traz muitas surpresas e Simone Marques proporciona ao leitor o reencontro com alguns personagens do livro Paganus. É com maestria que ela faz isso, pois, traz à baila personagens que à primeira vista são “secundários” e, todavia, imprescindíveis no decorrer da história. Por imprescindíveis entenda-se que a presença deles é quase tão marcante quanto à dos protagonistas.



Uma inesquecível viagem pelos idos anos de 1690. Livro recomendadíssimo! 



bj da angel 

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