Já
li quase todos os livros de Agatha Christie, muitos deles duas e até três
vezes. Em boa parte dos livros que reli, eu havia esquecido praticamente tudo a
respeito da história, seja pelo tempo decorrido desde a primeira leitura (li a
maioria dos 11 aos 16 anos), seja pela peculiaridade das tramas de Agatha (onde
o que importa mais é o jogo de descobrir o assassino, e não tanto a história em
si). Em alguns desses casos, ao reler o livro cheguei ao ponto de ser novamente
ludibriado por Agatha e de terminar a leitura sem descobrir o culpado!
Já
nos casos dos livros que li três vezes, a situação geralmente era diferente: tratavam-se
das obras-primas de Agatha, que li e reli para estudar a composição e a
estrutura, enquanto me divertia um bocado! Houve casos também em que li
novamente um livro por engano, por estar com um novo título. Lembro que certa
vez aconteceu até de ler o mesmo livro em português, depois em inglês na edição
britânica e, tempos depois, ler o mesmo livro na edição americana, com outro
título!
Isso
tudo só para dizer que sou fã mesmo, de carteirinha, embora não chegue às raias
do fanatismo, ou assim espero... e também para dizer que “Assassinato no
Expresso Oriente” enquadra-se dentro de uma categoria única, dentre as obras de
Agatha Christie. Pois certamente é um dos melhores livros que ela escreveu, e
entra fácil no “top 10" dos maiores fãs. Só que esse, em particular, eu
nunca tive vontade de reler, justamente por considerá-lo tão bom, e com uma
solução tão espetacular! Eu achava que a releitura seria totalmente
anticlimática, face ao impacto da primeira leitura.
Mas
tudo mudou quando eu soube que esse livro ganharia uma nova versão
cinematográfica (é claro que vi a primeira versão, com Albert Finney como
Poirot)... sobretudo depois que encontrei um exemplar de “Assassinato no
Expresso Oriente” dando sopa em uma das caixinhas de livros aqui de Itapuã
(temos duas, além da estante do P.U.L.A. – Passe Um Livro Adiante, que
maravilha!).
Pois
muito bem, reli e amei ainda mais que na primeira vez. Claro que não tive a
mesma surpresa, mas pude admirar com mais propriedade a perícia imbatível de
Agatha Christie em construir uma trama de mistério e, principalmente, na
habilidade de apresentar as pistas ao leitor, sem que ele dê por isso. Muito
bom!!! Aguardo o filme em feliz expectativa.
\\\***///
A MARCA – Fabio Shiva
Um
intrigante conto de mistério e assassinato que tem como pano de fundo a saga
dos Anunnaki... “A MARCA” foi originalmente publicada em “REDRUM – Contos de
Crime e Morte” (Caligo Editora, 2014), sendo um dos sete contos selecionados
para a antologia. Em 2016 a história foi republicada no livro duplo de contos
“Labirinto Circular / Isso Tudo É Muito Raro”, de Fabio Shiva (Cogito Editora).
E agora está disponível aqui. Boa leitura!
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5825862
Nenhum comentário:
Postar um comentário