Por
uma emocionante sincronicidade, ontem ao ligar a TV me deparei com um
documentário sobre João Cabral de Melo Neto, justamente quando faltavam apenas
duas páginas para terminar a leitura do “Auto do Frade”, quarto e último poema
dessa antologia, que traz ainda “O Rio”, “Morte e Vida Severina” e “Dois
Parlamentos”.
Que
dizer de João Cabral, que se propôs a escrever uma Poesia áspera, incômoda, que
trouxesse um obstáculo e obrigasse o leitor a pensar a cada palavra? Só posso
dar testemunho de que sou tocado no âmago da alma por essa rude magia que emana
da poesia cabralina. Não consigo ler “Morte e Vida Severina” sem chorar, pois é
tão triste que é tão belo, e é tão belo de tão triste, meu Deus!
Sinto
também muita gratidão pela vocação de Poeta, por ouvir em meu coração o canto
da Musa, ainda que seja canto bem diverso do ouvido por João... ao menos no
momento em que vivo hoje, buscando a Poesia mais simples possível, fácil e
atrativa como um copo de água fresca.
Mas
houve época em que eu buscava algo parecido com a Poesia de João, mesmo sem saber
que era isso que eu buscava. É que João é, dentre outras coisas, o grande
mestre da “rima na trave” (termo que inventei na falta de outra expressão
melhor), que provoca um efeito muito curioso na mente, uma espécie de
embriaguez de sobriedade...
Hoje
busco prazeres mais simples. Mesmo assim, ao ouvir o canto da Musa de João,
percebo com cada célula de meu corpo como a Poesia é coisa Sagrada, e que
servir à Poesia é investir na parte mais nobre de minha existência...
Viva
a Poesia! Viva João Cabral de Melo Neto!
Morte
e Vida Severina | Animação - Completo
Morte
e Vida Severina | Filme - Completo
Documentário
sobre João Cabral de Melo Neto (parte 1)
Documentário
sobre João Cabral de Melo Neto (parte 2)
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“Mesmo
sem querer fala em verso
quem
fala a partir da emoção.”
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O SINCRONICÍDIO –
Fabio Shiva
“E foi assim que descobri que a inocência é
como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá
um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a
cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia
reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do
Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia
de Homicídios, está marcado para morrer.
“Era para sermos
centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense,
erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo.
Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia
e descubra porque O Sincronicídio
não para de surpreender o leitor.
Livro físico:
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