O
primeiro livro de Stephen King que li, aos 14 anos, foi “O Iluminado”. Foi uma experiência
que me impactou profundamente. Ao lembrar dessa leitura agora, me dei conta de
como é poderoso vivenciar pela primeira vez uma situação clichê – antes de saber
que se trata de um clichê! No caso de “O Iluminado”, o impacto foi causado por um
recurso muito utilizado em histórias de terror e suspense, mas que eu via ali
pela primeira vez, que consiste em interromper a narrativa no auge da tensão e
passar para alguma trama secundária. Hoje não me causa grandes emoções perceber
esse efeito em algum texto, e eu mesmo o utilizo em meus escritos. Mas nada se
compara à agonia que senti quando Danny entra afinal no quarto 217, uma mão
gelada agarra seu pescoço... e a história pula para outra cena, e só vamos
descobrir o que acontece páginas e mais páginas depois!
“O
Iluminado”, resumindo, me deixou apaixonado por Stephen King. Uma paixão que
virou amor quando li logo em seguida os contos de “Sombras da Noite”. Fiquei
tão empolgado que queria que todos meus amigos lessem também. Só que a primeira
pessoa para quem emprestei o livro nunca devolveu... E assim fiquei com um
desejo encubado de reler as apavorantes histórias desse livro. Desejo que
finalmente realizei, mais de trinta anos depois!
Essa
segunda leitura foi muito instrutiva e me permitiu perceber de forma mais
nítida a criativa contribuição de Stephen King para a literatura de terror, ao
transportar os monstros, fantasmas e vampiros dos castelos góticos da
Transilvânia para a América moderna, incorporando elementos tão contemporâneos
quanto carros, caminhões, máquinas de passar roupa e até cortadores de grama
como símbolos do medo.
“Sombras
da Noite” continua sendo uma das obras mais representativas de Stephen King,
que aqui está no auge de sua criatividade. Certamente a emoção que senti foi acentuadamente
menor ao ler esses contos pela segunda vez. Mas a culpa é exclusivamente minha:
ninguém mandou eu deixar de ser um moleque de 14 anos!
\\\***///
Qual é o seu tipo de
monstro? Faça o teste e descubra!
“Em nossa cidade habitam monstros, como em
todas as outras.
A diferença é que aqui ninguém finge que eles
não existem.
Há pessoas normais em nossa cidade também. É
claro.
Ser normal é só a maneira mais ordinária de
ser monstruoso.”
Compre agora “Favela
Gótica”, segundo romance de Fabio Shiva:
Mais uma excelente opção! :)
ResponderExcluir-
Pode um coração ser pequeno e tão grande
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Beijo e uma excelente Sexta - Feira Santa
Gratidão querida!
ExcluirBjs
Yeah he was a master of Horror.
ResponderExcluirhttps://aab-edu.net/
Thank you for your comment, friend!
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