Resenha do livro “A MORTE DO CHANTAGISTA”, de
Arthur Conan Doyle
Descobri Sherlock Holmes aos 12 anos de idade, e desde então nunca parei de ler e reler suas aventuras. Ele foi o maior dos heróis de minha adolescência, como um inspirador exemplo de que uma mente bem treinada podia se opor às maldades do mundo e à mera força bruta. A influência de Sherlock Holmes sobre mim foi tamanha que, lamento dizer, aos 16 anos comecei a fumar cachimbo, em uma pueril tentativa de imitar meu ídolo. E o pior foi que do cachimbo logo passei para o cigarro, e lá se foram anos e anos de dependência. Graças a Deus, hoje estou para completar oito anos livre dessas nefastas fumaças!
Mas nunca culpei Sherlock Holmes (ou o seu criador, Arthur Conan Doyle), por essa minha ideia de jerico. Se eu queria imitá-lo, bem que poderia ter começado a estudar violino, ou praticar boxe, ou mesmo ingressar em um grupo de teatro (o que acabei fazendo, mas não por conta de Sherlock)…
Digo isso só para dar testemunho do amor que sinto por esse universo tão familiar de Sherlock Holmes, do doutor Watson (que foi se tornando mais e mais querido à medida que fui amadurecendo) e de tantos personagens inesquecíveis que povoam suas aventuras. Já perdi a conta do número de vezes que li essas histórias. E a cada vez descubro um novo encanto, um detalhe no qual ainda não havia reparado com a devida atenção…
Dessa vez, concentrei-me em colher algumas frases marcantes de Sir Arthur Conan Doyle, que mesmo tendo sido escritas há mais de cem anos continuam dialogando com temas atuais, sem perder em nada sua relevância:
“Por isso pegue o meu violino e vamos tentar esquecer durante meia hora este tempo miserável e o procedimento ainda mais miserável de nossos semelhantes.”
“Como vê, Watson, a Imprensa pode se tornar num instrumento eficiente, quando sabemos usá-la.”
“Talvez algumas vezes os nossos policiais careçam de inteligência, mas nunca lhes falta coragem.”
“Acreditava e dizia que a fortuna de um só homem, imensa, maior do que é razoável, não devia ser construída sobre a ruína de dez mil que ficavam reduzidos à miséria.”
Essa edição que li, lamentavelmente intitulada “A Morte do Chantagista”, foi publicada pela Editora Rideel, que aparentemente catou algumas histórias ao acaso e juntou nesse livro. Digo lamentavelmente porque claro que fiquei curioso com esse título, que é também o de uma das histórias contidas na coletânea. Como eu nunca tinha ouvido falar em uma história de Sherlock Holmes chamada “A Morte do Chantagista”, meu primeiro palpite foi o correto: que a editora havia deliberadamente mudado o título de um dos contos de Conan Doyle, só para atrair incautos como eu.
Contudo o caso se tornou mais grave quando descobri que o título original de “A Morte do Chantagista” é “A Aventura de Charles Augustus Milverton”. Basta dizer que o tal Charles é o chantagista que Holmes enfrenta, para nos darmos conta de que a Editora Rideel cometeu um bruta de um spoiler, em total desrespeito com os leitores. E foi isso o que me motivou a pensar sobre essa prática de mudar o título de livros e filmes na tradução para o português, que foi banalizada pela repetição, mas que merece questionamentos.
Lembro da primeira vez que esse assunto surgiu em minha consciência, quando do lançamento do ótimo filme “What’s Eating Gilbert Grape”, que mereceu uma criativa campanha publicitária para a escolha do título em português. O título vencedor foi “Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador”. Esse foi um caso bem expressivo, de um título virtualmente intraduzível. Contudo na maioria das vezes em que temos esses casos de “criatividade” na tradução do título, trata-se de puro oportunismo, geralmente tentando pegar carona no sucesso de alguma outra obra. Os exemplos são incontáveis, por isso me limito a citar o filme “The Cold Light of Day” (literalmente, “A Fria Luz do Dia”), cuja equipe de marketing no Brasil quis pegar uma ponga no arrasa-quarteirão “Busca Implacável” (cujo título original é “Taken”), e tascou o hilário título de “Fuga Implacável”!!!
Penso que a motivação de quem escolheu esse título de “A Morte do Chantagista” está mais para “Fuga Implacável” que para “Aprendiz de Sonhador”. Sem contar que, convenhamos, é no mínimo falta de respeito e uma tremenda cara de pau se meter a mudar o título de uma história de Sherlock Holmes!!! Tudo bem que os textos de Conan Doyle já estão no domínio público, mas não vamos esculhambar…
E já pensou se a moda pega? Fiquei imaginando aqui como seriam os títulos de outras histórias clássicas do mesmo período, se caíssem nas mãos dessa turma… Por exemplo, poderíamos nos deparar com “A Vingança do Cachaceiro” (originalmente “O Barril de Amontillado”) de Edgar Allan Poe, e o “Drácula” de Bram Stoker bem que poderia virar “Cuidado: o tiozão está de olho na tua Mina”…
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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor
de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/).
Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).
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Eu quero alguém aqui sofrendo de qualquer doença para se curar da minha história após a doença do HIV nos últimos 3 anos e ter dificuldade para comer e tosse são pesadelos, especialmente no primeiro ano. Nesta fase, o sistema imunológico está muito enfraquecido e o risco de contrair infecções oportunistas é muito maior. No entanto, nem todas as pessoas com HIV desenvolverão AIDS. Quanto mais cedo você receber tratamento, melhor será seu resultado. Comecei a tomar ARV para evitar a morte precoce, mas tinha fé em Deus que um dia seria curado. Como paciente com HIV, somos aconselhados a fazer tratamentos antirretrovirais para reduzir nossas chances de transmitir o vírus para outras pessoas, algumas semanas atrás, procurei na internet se poderia obter alguma informação sobre o tratamento do HIV com ervas medicinais, em minha pesquisa, vi o testemunho de alguém que foi curado do HIV, o nome dela era Achima Abelard e outro paciente do vírus do herpes, Tasha Moore, também dando testemunho sobre esse mesmo homem, chamado Dr. Itua Herbal treatment. Fiquei comovido com o testemunho e entrei em contato com ele por e-mail. Conversamos e ele me mandou um frasco de fitoterápico que bebi conforme ele me instruiu. Comprimidos. Sou eternamente grato a ele, Dr. Itua Herbal Treatment.. Ele me garantiu que pode curar a seguinte doença.. HIV, Câncer, Vírus Herpes, Hpv, Pilha, Ereção Fraca, Doença de Lyme, Epilepsia, Glaucoma., Tumor Cerebral ,psoríase, catarata,degeneração macular,doença cardiovascular,diarréia crônica,doença pulmonar.aumento da próstata,osteoporose.doença de alzheimer
ResponderExcluir, Diabetes, Mioma.