sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

ERA UMA VEZ... A REINVENÇÃO DA HISTÓRIA COM A VINGANÇA DA FACE GIGANTE!

 


Resenha do livro “ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD”, de Quentin Tarantino


Acompanho a carreira de Quentin Tarantino desde “Cães de Aluguel” (https://youtu.be/3SfljD-TwJA?si=n7682sEg0Y__J6tX), de 1992, que durante um bom tempo considerei um de meus filmes favoritos. Gostei especialmente da narrativa não linear, recurso que na época foi mesmo uma poderosa inovação, aprimorada ainda mais em seu filme seguinte e primeiro grande sucesso, “Pulp Fiction” (https://youtu.be/s7EdQ4FqbhY?si=s7fln8hRLjVF3N8k).


 

Desde “Bastardos Inglórios” (https://youtu.be/w1O5LThfp7w?si=g5TNIxZ1_nM8jgv0), as histórias cinematográficas de Tarantino passaram a apresentar outra inovação interessantíssima: a reinvenção da história pelo prisma da arte. Nesse filme incrível, Tarantino ousou reescrever a Segunda Guerra Mundial, numa sequência muito apropriadamente intitulada “A Vingança da Face Gigante”. A magia do cinema permite ir à forra contra a brutalidade estúpida do nazismo... com muito deboche e selvageria!


 

Esse mesmo recurso foi utilizado em ao menos dois filmes seguintes de Tarantino: “Django Livre” (https://youtu.be/tivv135aGbc?si=a5JJ7x02vV4pmjhG), que “se vinga” da escravidão dos povos africanos nos Estados Unidos, ao menos no âmbito mais estreitos dos personagens do filme, e “Era Uma Vez em Hollywood” (https://youtu.be/OYGUQmJlgiE?si=VUn3G5h_fHcie3sa), que reduz ainda mais o alcance dessa “vingança”, reescrevendo apenas um episódio específico, referente ao homicídio da atriz Sharon Tate pelos hippies satanistas seguidores de Charles Manson, no ano de 1969.


 

Contudo os filmes de Quentin Tarantino são famosos mesmo é por uma característica que (quase) não mencionei ainda: a violência explícita e glamourizada. A mera enumeração dos filmes acima mostra como esse culto à violência foi se acentuando na filmografia do talentoso diretor, roteirista e ator. Em algum momento essa brutalidade toda acabou ultrapassando o meu gosto pessoal. Em minha opinião, “Bastardos Inglórios” já é violento demais, mas a admiração pela genialidade da ideia de reescrever a história supera aversão ao excesso de sangue. Já em “Django Livre” a ideia não é mais original, enquanto a violência consegue ser ainda mais intensa. Depois desse veio “Os Oito Odiados” (https://youtu.be/jLJXmbEHvDw?si=yBxkS2WS7N4eKQh2), no qual eu pessoalmente acho difícil encontrar muitos méritos em meio a tanto sangue e tripas esparramados...


 

E assim chegamos, enfim, a “Era Uma Vez em Hollywood”, em que há quantitativamente menos minutos de violência explícita, mas quando ela ocorre no filme... é de uma intensidade extrema. Apesar de ter achado o filme muito bem feito, esse tanto de violência me fez decidir que não queria vê-lo novamente tão cedo.


 

Mas essa resenha é para falar do livro, e não do filme. “Era Uma Vez em Hollywood” é a estreia de Quentin Tarantino como escritor, e uma ótima surpresa. Vai muito além de uma mera adaptação do roteiro do filme em um livro, expandindo as histórias dos personagens de forma muito interessante e recheando essas histórias com incontáveis e deliciosas referências a filmes e celebridades de Hollywood. Um desses trechos achei especialmente marcante:

“Quando um homem de princípios enfrenta um bandido, o bandido sempre começa em vantagem. Porque há certas coisas que um homem de princípios jamais fará. Já o bandido há de fazer o que for preciso. Isto é, até que o homem de princípios seja forçado a sair dos seus limites, forçado a trair sua natureza. Quase toda tragédia grega, metade de todo o teatro inglês, e três quartos do cinema americano operam com base nessa premissa.”


Com sua habilidade inata de contador de histórias, Tarantino consegue surpreender até ao contar por escrito uma história que já vimos no cinema. Mesmo que o livro tenha vindo depois, achei melhor do que o filme.


  

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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Instagram: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/

 

  

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O SINCRONICÍDIO: Sexo, Morte & Revelações Transcendentais – Fabio Shiva

Leia o PDF grátis:

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Para celebrar o seu décimo aniversário, a Caligo Editora está disponibilizando gratuitamente o PDF do romance policial “O SINCRONICÍDIO: sexo, morte & revelações transcendentais”, de Fabio Shiva. Lançado em 2013, o livro chama atenção pela originalidade da trama, que mistura xadrez e I Ching.

 

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

Suspense, erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo (clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das Mutações. Um romance de muitas possibilidades.

Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender o leitor.

 

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