No livro Amyr diz o quanto se sentiu temeroso e apreensivo ao enfrentar situações inusitadas como a de tubarões que o acompanharam durante uma parte da travessia, ou quando acordou com uma baleia batendo fundo do barco. Conta também o quanto se deliciou ao conversar com seus companheiros de viagem - os objetos que tem a bordo, e me fez lembrar de O Meu Pé de Laranja Lima e Rosinha, minha Canoa de José Mauro de Vasconcelos. Conta, ainda, quão estranho foi se alimentar com um cardápio de embalagens rotuladas com números e instruções de horário e a seqüência que devia observar para se alimentar, o prazer que lhe trouxe sentir a chuva molhando seu corpo ou o sol fazendo-o derreter-se sob seu calor, com os lindos raiar e pôr do sol e com as estrelas tão brilhantes no negrume da noite, entre muitas outras coisas.
Amyr Klink, digo-o com todas as letras, é uma pessoa que interage com o mar e a natureza como poucos são capazes, foi o que me passou através desse livro - na verdade, seu diário de bordo - onde afirma ser um viajante dos mares ousado, porém, consciente dos perigos que ele pode apresentar.
Enfim, é um livro cativante, com uma narrativa que me prendeu do princípio ao fim, de forma tão intensa que em algumas passagens tive a sensação de estar a bordo do Paraty sentindo a magia de viver apenas entre céu e mar.
bj da angel ;)
Nossa, eu li esse livro lá pelos meus 12 anos... E me impressionei, ficava pensando naquele homem, sozinho, em meio a um marzão sem fim... Porque eu tenho pavor de mar, rio, piscina, medo de me afogar que não consegui vencer! =( Valeu pela resenha, Angel! ;)
ResponderExcluir