sexta-feira, 25 de maio de 2012

Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida - Eduardo Spohr


Ao final da leitura de Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida (Verus Editora, 473 páginas) fiquei sem saber ao certo qual o sentimento foi despertado em mim. Percebi que Eduardo Spohr desenvolveu seu estilo, conseguiu melhorá-lo, colocou mais ganchos, deixou tudo um pouco mais dinâmico, mais redondo, mas continua freando a leitura com digressões, para explicar algumas questões ao leitor.

Como decidi ler “A Batalha do Apocalipse” para mergulhar no universo de Spohr acabei ficando um pouco saturado. Não quero dizer com isso que não gostei, mas que talvez eu devesse ter lido outra coisa para depois voltar com mais vontade.

O livro trata do confronto entre os arcanjos Miguel, que busca aniquilar a raça humana, e Gabriel, que procura protegê-la. Como em um jogo de xadrez, a conquista de territórios é primordial e utilizando-se de suas peças (peões) cada qual cria sua estratégia. Quem joga xadrez sabe que na maioria das vezes temos que sacrificar peões para um bem maior ao final do jogo e é em torno dos peões que esta história acontece.

Kaira, uma capitã desmemoriada do exército de Gabriel e Denyel, um querubim arrependido, ex-soldado de Miguel em busca de anistia, são os protagonistas. Para ajudá-los são enviados dois anjos de castas diferentes, que se completam: Levih, Amigo dos Homens (personagem muito querido com o qual mais me identifiquei) e Urakin, Punho de Deus. A missão deles é de suma importância para evitar o avanço das tropas do arcanjo Miguel. Travarão contato, muitos deles bélico, com anjos adversários, demônios, deuses e espíritos entre outros seres que tornarão esta aventura cheia de percalços.

O envolvimento entre Kaira e Denyel é inevitável, ele passa a ser o seu guia e eles têm diálogos filosóficos como este:

“... Deus é um nome, um conceito. Seu verdadeiro significado transcende qualquer pensamento, está além da ideia de ser ou não ser, além mesmo da categoria de existir ou não existir... “

E mais filosofia, desta vez de “botequim”. Mais uma pérola hilária do anjo exilado Denyel:

“ – Cada porta aberta leva a muitas outras, portanto, quanto mais aprendemos, mais afastados estamos da verdade. Por isso, minha filosofia é simples: dirija rápido, mantenha-se bêbado e nunca dispense uma boa briga.”
Leia mais em:
http://www.literaturadecabeca.com.br/2012/05/resenha-o-jogo-de-xadrez-celestial.html


2 comentários:

  1. Rudy, não consegui seguir o outro blog, estou seguindo esse!!!bjo

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  2. Desses novos autores de literatura fantástica nacional, Spohr é um dos que mais curti, apesar de como você citou em alguns trechos o livro se tornar massivo, creio que ele preparou bem o terreno para criar uma série que tem tudo p/ ser sucesso!

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