Isaac Asimov se diverte!
Essa é a terceira aventura da série “Space Ranger”, uma divertida mistura de faroeste com ficção científica inventada por Asimov. São histórias mais leves, mais juvenis, e talvez por isso o bom doutor se permita explorar com mais liberalidade alguns de seus temas favoritos.
A telepatia e o controle da mente, tão presentes em sua saga maior, “A Fundação”, aqui aparecem de uma forma quase hilária, através de uma improvável criatura alienígena. Tive a impressão de que Asimov estava meio que zoando a si próprio!
Outro tema muito presente nas obras de Asimov aqui está também, é o cultivo da levedura como principal fonte de alimento para a humanidade. Isso aparece em várias histórias. Tenho para mim que era uma visão do futuro em que Asimov acreditava realmente. Quem sabe se não funciona? Asimov já acertou ao inventar a palavra “robótica”.
A trama da história em si é hoje totalmente inverossímil, pois supõe que Vênus seja um planeta coberto por oceanos e por nuvens. A história foi escrita em 1954, e em uma edição de 1970 Asimov explica no prefácio as incongruências da trama e também fala um pouco sobre o conhecimento sobre Vênus na época. Ao final ele diz:
“Eu espero que os leitores apreciem esta história de qualquer modo, mas não desejaria que eles fossem mal orientados a aceitar como fato parte do material que era tido como ‘acurado’ em 1954, mas que agora está ultrapassado.”
Uma diversão leve para fãs! É bom para se ler comendo pipocas, como se fosse uma sessão “nostalgia FC” em exibição nos melhores cinemas imaginários (a tela de projeção da imaginação do leitor).
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