quarta-feira, 28 de novembro de 2012

FUNDAÇÃO E IMPÉRIO – Isaac Asimov



Estava com saudades do Bom Doutor e resolvi reler esse que é o segundo livro da clássica série “Fundação” (título original: “Foundation and Empire”).

As histórias dessa saga têm um sabor espacial especial!!! Asimov usa um estilo todo próprio para escrevê-las, bem diferente de seu usual. Tenho para mim que o modelo maior para “Fundação” foi Shakespeare em suas tragédias históricas.

Imagine que tirada de sarro, uma saga de ficção científica escrita nos moldes de uma tragédia elisabetana! Isso explica porque “Fundação” ganhou o prêmio Hugo de melhor série de ficção e fantasia de todos os tempos, batendo inclusive “O Senhor dos Anéis” de Tolkien (que o próprio Asimov considera superior).

As pistas que tive para chegar a essa conclusão foram:

* A história é contada em grandes saltos no tempo, de um capítulo para outro, exatamente como nos atos da peças de Shakespeare.

* As cenas de batalha quase sempre acontecem “off-stage” e são narradas a posteriori.

* Last but not least [por último mas não menos importante], a escandalosa pista do Bobo da Corte! É o figuraça Magnifico Giganticus, personagem da história que o próprio Asimov elege como sua favorita da saga, “A Mula” (em inglês “The Mule”).

E por falar em Mula... acho que enfim descobri o porquê de Asimov ter “empacado” com esse nome para batizar o seu Gengis Khan galáctico!

É o tributo do autor ao seu tempo. Um detalhe da história que hoje parece estranho e antiquado, como as cenas em que os personagens fumam um cigarro atrás do outro nas espaçonaves (curioso que o próprio Asimov não fumava e nem bebia).

Essa descoberta traz uma emoção especial para um fã de carteirinha como eu.

A parte científica da história continua instigante: a psico-história (uma ciência capaz de prever os destinos do Império Galático), o visi-sonor (instrumento que toca uma música de imagens) e muito mais. É a parte da ficção que ficou tão saborosamente datada: a humanidade extraterrestre de milhares de anos no futuro espelha a América dos anos cinquenta!

Em minha opinião, essa combinação é uma delícia!

Viva Asimov!




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LEIA AGORA (porque não existe outro momento):


Um comentário:

  1. Fabinho!
    Isaac Isimov foi uma mente criativa e bem a frente do seu tempo!
    cheirinhos
    Rudy

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