quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O VALE DO TERROR – Conan Doyle




Sherlock Holmes foi o meu grande ídolo da adolescência!

Por isso reli com muita alegria até mesmo essa, que foi a história dele que menos gostei!

O motivo que me fez gostar menos de “O Vale do Terror” na primeira leitura foi que aqui o Sherlock Holmes aparece pouco, é quase um coadjuvante!

Ao ler agora pela segunda vez, imagino se aqui não estariam os indícios do cansaço do autor com o grande sucesso alcançado por seu personagem imortal. A história é dividida em duas partes. Na primeira vemos Holmes diante de um obscuro caso de assassinato, que ele desvenda com a habilidade de sempre. Chamou minha atenção o fato da história iniciar com uma mensagem em código, que Holmes decifra como sempre. Só que agora achei a mensagem fraquinha... ao contrário de outras encontradas nas aventuras de Holmes, com destaque para a que aparece na história “Os Dançarinos”.

Pois então, depois do assassinato desvendado, vamos para a segunda parte da história, que é mais uma aventura heroica que uma trama policial propriamente dita. Penso que Conan Doyle já não queria mais escrever sobre seu temperamental gênio celibatário, virtuose no violino e apreciador de cocaína... queria um herói mais “comum”, apreciador do belo sexo e das brigas de bar...

Então, nessa minha segunda leitura de “O Vale do Terror”, a impressão foi a seguinte: na primeira parte, Conan Doyle atende (meio de má vontade) o desejo de seus leitores, e na segunda parte segue os seus próprios caprichos de autor!

Da primeira vez que li, achei essa parte final chatésima, pois eu queria ler sobre Sherlock Holmes!!! Gostei mais agora dessa aventura, que me trouxe uma nostalgia desse tempo em que mesmo os piores vilões pareciam mais educados e honrados que muitos heróis modernos...

Se você nunca leu nada de Sherlock Holmes, não comece por esse! Não é ruim, mas está longe de ser o melhor.

Ainda assim, adorei!

Viva Sherlock Holmes!

Em tempo: outra mudança de perspectiva interessante que tive nessa segunda leitura foi a respeito da biografia do autor. As edições da Ediouro sempre vêm com um texto do Paulo Mendes Campos, que finaliza assim:

“nos seus últimos anos, Conan Doyle apaixonou-se pelo espiritismo e pelas ciências ocultas”.

Por saber do clássico episódio em que Conan Doyle foi iludido pelas meninas que recortaram imagens de fadas de um livro infantil, sempre julgava ver nessas linhas uma evidência da senilidade no fim da vida do autor. Hoje, percebo que Doyle foi um grande gênio, e que além de ter criado o maior detetive de ficção de todos os tempos, foi também o criador do método de recolher impressões digitais nas cenas dos crimes e inclusive era chamado pela polícia para auxiliar nos casos mais difíceis... exatamente como nas histórias de Sherlock Holmes!

E também para mim, da adolescência para cá, muita água passou debaixo da ponte...

Então hoje vejo nesse episódio não um indício de senilidade, mas de lucidez!

Viva Conan Doyle!!!


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3 comentários:

  1. Fabinho!
    O Sr. Holmes também foi meu grande compnheiro da adolescência.
    Gostaria muito de reler algumas de suas obras e quando leio uma rsenha sua de um livro do Conan Doyle, fico doidinha...kkkkkkk
    cheirinhos
    Rudy

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  2. Pois é,eu tbm li Sherloc!!A sua capacidade de pensar me deixava......!!!Nem tenho palavras pra descrever,simplesmente VIVA CONAN DOYLE!!
    Lili.

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