Aproveitando o momento do sucesso da 1ª edição a obra do nosso querido Fábio Shiva, 'O Sincronicídio' e que eu adoreiiii, e seu enorme entrelaçamento com o I Ching, resolvi fazer essa resenha.
Essa obra me persegue a anos e eu a estudo desde
então. Aconteceram fatos de sincronicidade comigo e ela que cabem em outro
momento. Ganhei meu primeiro livro de um chinês e com ele aprendi a arte do
textos. Logo em seguida ganhei de uma amiga as moedas de cobre, que ela achou
que eram parecidas comigo. Como sempre falo, não somos nós que escolhemos a
obra, mas sim ela é que nos encontra. Ahaha
Então vamos a obra de muitas histórias...
A obra original é um dos cinco textos clássicos chineses
relacionados com Confúncio, que por 2000 anos foram dados como modelos
referenciais na sociedade, governo, literatura e religião da China. São eles I Ching ou Yi jing (Livro das
Mutações), Clássico dos Documentos ou Shu Jing (Clássico da História), Livro
das Odes ou Shi Jing (Clássico da Poesia), Clássico dos Ritos ou Li Ji e Os
Anais de Primavera e Outono ou Chun Qiu.
Essas obras foram ensinadas aos estudantes chineses desde 136 a.C (era de
Confuncionismo como ideologia de Estado) até o séc. XX. Seu domínio era uma
condição ‘sine qua non’ para conseguir empregos governametais, através dos
exames imperias. A partir de 1950 ficou
reduzido a apenas alguns textos nas escolas públicas.
O I Ching surgiu no período anterior a dinastia Chou
(1150 – 249 a.C). Um dos grandes tradutores da obra James Legge em 1882 alterou
os termos originais das figuras lineares, compostas de linhas inteiras e interrompidas, em conjunto de três e seis linhas, chamados de Kua para os termos trigrama e hexagrama, termos esses que passaram a serem usados por muitos tradutores e estudiosos, pela facilidade de distinção imediata , o que eu particularmente odeioooo. Malditos tradutores!!!
Seus símbolos básicos são tirados da própria natureza, céu e terra, fogo e água, lago e vento, montanha e trovão e é constituído por 64 conjuntos de símbolos que revelam detalhadamente as 64 etapas dos ciclos universais, tais como os sábios observaram no céu e na terra. | |
A sabedoria dos Kuas exerceram enorme influência na civilização chinesa até meados da dinastia Chou, e eram identificadas somente pela simbologia do ideograma ‘I ’, traduzido por muitos como mutação, e sua etimologia sempre foi palco de muitas discussões. Alguns estudiosos acreditam que o ideograma teve sua origem na figura de um camaleão, onde a parte de cima do ideograma seria considerado a cabeça, e a inferior corpo e patas do camaleão , o que modificaria sua tradução para movimento pela agilidade dos lagartos, e mutação pela virtude do mimetismo. Outros estudiosos sustentam a teoria que o ideograma teria surgido da contração do ideograma superior Sol , com o ideograma inferior Lua , onde a mutação seria o constante movimento dos dois astros no céu.
Com o tempo textos foram acrescentados acompanhando os Kuas, com fim de facilitar seu significado. A tradição atribui esses textos ao rei Wên (Julgamento) e ao duque de Chou (Linhas), com quem a dinastia Chou principia. E assim as mutações ‘I’ tornou-se ‘Chou I’ referenciando o início da inclusão dos textos.
Séculos mais tarde surge a necessidade de novas explicações, assim no séc. VI a.C aparecem as Dez Asas atribuídas a Confúcio. Bem...essa parte ainda é bem questionável pelos estudiosos, pois duvidam que teria sido ele próprio que redigiu todas ou mesmo alguma delas, mas que foram os pensamentos de Confúcio que influenciaram grande parte delas...isso é inquestionável. Contam as bibliografias que Chou I foi incluído por Confúcio em sua edição dos Clássicos (Ching), assim a obra veio se tornar conhecida como ‘I Ching’, Clássico das Mutações ou Livro das Mutações.
Realmente toda essa história modifica muito o original....onde os Kuas falavam apenas pela silenciosa mensagem de suas figuras e não pelos textos e julgamentos esclarecedores de cada tradutor. Rsrsrsr
O I Ching não é apenas um oráculo de linguagem simbólica e sim uma obra cheia de sabedoria, que pode nós ajudar a enxergar através de suas mensagens sábias, um caminho que sabemos, mas não somos capazes de enxergar, ou não queremos enxergar. Não dita futuros, apenas nos mostra um caminho claro do bem, aquilo que é e não aquilo que será. Ajuda-nos a compreender mais sobre nossa existência terrena. Porém seus ensinamentos podem ser distorcidos, daí darem importância aos textos. Mas mesmo associado aos textos, alguns ainda não interpretam de forma incorreta suas mensagens. Rsrsrs Segundo a tradição chinesa o oráculo nunca falha...o que falha são nosso entendimentos que não raras vezes são confusos demais e montam barreiras para aquilo que é claro e certo.
Existem muitas traduções, mas a original do sensacional missionário sinólogo alemão do séc. XIX Richard Wilhelm do chinês para o alemão, com introdução de Jung é uma das melhores traduções dessa obra milenar,e a que traduz com mais fidelidade a original. Como também a versão inglesa de Cary F. Baynes, revisada por Helmut Wilhelm. Aqui no Brasil, essa tradução da obra de Richard por Gustavo Corrêa Pinto e pela sinóloga Alayde Mutzembecer, que estudou por 30 anos os oráculos e principalmente a obra de Richard, vale a pena conhecer.
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Amiga Rudy, saudades, passando rapidinho pra lhe dizer q vc ganhou o Sorteio do meu Blog Fofocas de Beleza SORTEIO DE NATAL 2013 ( Sombra Mary Kay )
ResponderExcluirhttp://fofocasdebeleza.blogspot.com.br/2013/11/sorteio-de-natal-2013.html Parabéns!!!
Maravilhosa resenha!
ResponderExcluirEsplêndida, para ler e reler!
Valeu amada!!