Ivan
Turguêniev foi o primeiro autor russo a ficar famoso na Europa Ocidental. Nesse
“Pais e Filhos”, considerada sua obra-prima e um dos melhores romances russos
já escritos, ele cunha o termo “nihilista”, com o qual designa o seu
protagonista Bazarov, que não se identifica nem com os valores tradicionais dos
mais velhos nem com a inquietude dos jovens, que não respeita nem a arte, nem a
ciência, nem a natureza, em suma, que respeita apenas o nada!
O
livro é muito bem escrito, sem dúvida, embora mostre claramente os sinais de
desgaste causados pelo tempo. Não é à toa que Turguêniev tenha se tornado um
nome cada vez menos conhecido, enquanto Tolstoi e Doistoiévski continuam sendo
universais... A narrativa de Turguêniev está muito atrelada ao Zeitgeist, ao espírito da época, e
certamente por isso causou tanto impacto, quando hoje parece um tanto estranha,
justamente por essa mesma identificação com seu tempo... (isso é apenas uma
impressão minha durante a leitura).
Gostei
muito de ter travado conhecimento com esse autor, pois amo e admiro muito os
russos! Com as leituras que fiz até aqui, considero Tolstoi um gênio
indisputável, principalmente por sua grande alma, seguido de perto por
Dostoiévski com seus abismos... Gorki, em minha opinião, fica num honroso
terceiro lugar, agora empatado com Turguêniev (só li de Gorki um livro de
contos, talvez minha opinião mude após a leitura de sua “Mãe”).
Viva
a literatura russa!!!
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
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