Não há como falar sobre essa
obra sem expressar a admiração que ela provoca, pela grandiosidade em todos os
sentidos, desde a complexidade da trama, envolvendo tantos personagens, até a
massiva quantidade de palavras utilizadas com tamanha habilidade! Não é tarefa
fácil capturar de forma tão completa a atenção do leitor ao longo de tantas e
tantas páginas!
Eu, pessoalmente, fui
capturado primeiro pela série da HBO, que acompanhei com grande entusiasmo. E
ao longo dos episódios fui louvando cada vez mais a capacidade sempre renovada
do autor de surpreender. Isso motivou uma curiosidade intensa de ler os livros
que inspiraram a série, que começo a saciar com esse primeiro volume.
Certamente, uma preciosa aula de escrita!
Primeiramente, todos os
louvores aos poderes da Literatura de nos fazer esquecer as dores e agruras da
vida! Foi um presente ler esse livro em meio às aflições da pandemia. Nada como
horrores e perigos imaginários para aliviar a carga da dura realidade.
Com relação à história em si,
creio que o autor teve algumas sacações verdadeiramente geniais, ao incorporar
ao universo da fantasia de forma muito pessoal e criativa alguns elementos
arquetípicos de histórias de terror (como os zumbis) e ficção científica (na
sutil referência aos reptilianos). Mas a grande sacada de “Game of Thrones” é
mesmo a facilidade com que o autor mata seus personagens, de forma a abalar
aquela inconsciente segurança que o leitor/espectador tem de que tanto o herói
quanto o vilão não morrem até o final da história. Essa capacidade de nos chocar
com a morte dos personagens, aliás, tem um insuspeitável e honroso antecessor no
grande clássico de Hitchcock, “Psicose”.
Claro que é inevitável a
comparação com “O Senhor dos Anéis”. Até o nome dos autores evoca ressonância:
J. R. R. Tolkien e George R. R. Martin. Em minha opinião, a motivação de Martin
foi criar uma versão contemporânea e niilista da obra de Tolkien. De certa
forma, cada uma dessas obras colossais é um retrato de seu tempo. “O Senhor dos
Anéis” retrata de forma simbólica a luta contra o Mal representado pelo
nazismo. E “A Guerra dos Tronos” simboliza o esvaziamento ideológico de nossos
tempos, em que valores como honra e altruísmo são considerados fraquezas.
Especialmente revelador é o trecho do massacre do povo dos “homens-ovelha” conhecidos
como lhazarenos pelos selvagens Dothraki. A intenção de fazer uma brincadeira
com o cristianismo foi tão explícita que acabou ficando deslocada em meio à
habilidade do autor de esconder suas referências.
Gostaria de saber como
envelhecerá “A Guerra dos Tronos”, em comparação com “O Senhor dos Anéis”. Com
qual das duas fantasias se identificará mais a humanidade futura?
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FAVELA
GÓTICA liberado na íntegra no site da Verlidelas Editora:
https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica
Durante
esse período de pandemia, em meio a tantas incertezas, temos uma única
garantia: a de que nada será como antes. Estamos todos tendo a oportunidade
preciosa de participar ativamente na reconstrução de um mundo novo, mais
luminoso e solidário.
O
livro Favela Gótica fala justamente sobre “a monstruosidade essencial do
cotidiano”, em uma história cheia de suspense, fantasia e aventura. Ao nos
tornamos mais conscientes das sombras que existem em nossa sociedade, seremos
mais capazes, assim como a protagonista Liana, de trilhar um caminho coletivo
das Trevas para a Luz.
A
versão física de Favela Gótica está à venda no site da Verlidelas, mas – na
tentativa de proporcionar entretenimento a todos durante a quarentena – o autor
e a editora estão disponibilizando gratuitamente, inclusive para download, o
PDF de todo o livro.
Fique
à vontade para repassar o arquivo para amigos e parentes.
Leia
ou baixe todo o livro no link abaixo:
https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica
Link do livro no SKOOB:
https://www.skoob.com.br/livro/840734ED845858
Book
trailer
Entrevista sobre o livro na
FM Cultura
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