Os dois capítulos
iniciais trazem uma breve introdução sobre a Sociedade Internacional para a
Consciência de Krishna, fundada por Swami Prabhupada, que se baseia em uma
proposta muito simples: cantar o Maha
Mantra, literalmente o “grande mantra”, sendo que a palavra sânscrita mantra significa “controle da mente”.
Mas o que seria isso? A mente tem sido retratada pela filosofia oriental por
uma imagem muito vívida: a de um macaco irrequieto, que fica pulando de galho
em galho, à medida que novas sensações o distraem. Entoar mantras, portanto, é
uma maneira de “controlar” esse macaco da mente, trazendo foco e direcionamento
e, em última instância, paz e harmonia.
E o famoso Maha Mantra é formado por apenas três palavras, que se repetem ao longo de oito versos:
HARE KRISHNA
HARE KRISHNA
KRISHNA KRISHNA
HARE HARE
HARE RAMA
HARE RAMA
RAMA RAMA
HARE HARE
Krishna e Rama são dois avatares (outra palavra em sânscrito, que significa “descida”), ou seja, dois seres que manifestaram o mais alto grau de Consciência em suas vidas, assim como Jesus Cristo e Buda, tornando-se exemplos para todos os homens. Krishna pode ser considerado uma Encarnação do Amor, enquanto Rama é a Encarnação da Verdade. E Hare é uma palavra que se refere a Deus, dentro de uma conotação muito especial: a de “Ladrão de Corações”, que é uma forma muito íntima e amorosa de se referir ao Senhor. O Maha Mantra, em resumo, é um canto para Deus em seus aspectos de Amor e Verdade.
Você pode recitar as palavras do Maha Mantra ou cantá-las com qualquer melodia que prefira. Recentemente, pesquisas científicas comprovaram que a mera repetição do Maha Mantra durante vinte minutos diários melhora a saúde física e mental das pessoas, em todos os níveis, desde a pressão arterial até o nível de estresse e ansiedade. Eu mesmo posso falar por experiência própria, pois canto diariamente o Maha Mantra, e sempre me sinto melhor depois de cantar.
E aqui voltamos ao livro “A Fórmula do Amor”, que traz a partir do capítulo 3 uma extensa entrevista feita com meu Beatle favorito, George Harrison, que foi um dos grandes responsáveis pela divulgação do Maha Mantra no ocidente, desde 1969, quando produziu o single “Mantra Hare Krishna” (https://youtu.be/XVMgEupff-E).
A entrevista, de 4 de
setembro de 1982, foi concedida a
Mukunda Goswami, um dos mais destacados líderes do Movimento Hare Krishna e
amigo pessoal de Harrison. Mais que um testemunho de Harrison sobre o Movimento
Hare Krishna, é uma luminosa demonstração da generosidade e largueza de
espírito do próprio Harrison, cujo nome poderíamos poeticamente traduzir para Son of Hari, o “filho do Senhor”. Em
algumas falas, ele chega a ter rasgos de genialidade, ao simplificar em poucas
palavras verdades essenciais:
“A única razão para estarmos aqui é encontrar a maneira de escaparmos.”
Outro belo exemplo é essa anedota, onde George Harrison deixa explícita uma verdade óbvia sobre a pequenez das religiões que ficam brigando para delimitar Deus dentro de suas mesquinhas paredes:
“Quando vim pela primeira vez a esta casa, ela estava ocupada por freiras. Eu trouxe este pôster de Vishnu. Nele você vê Sua cabeça e os ombros e Seus quatro braços, portando em cada uma das mãos o búzio e demais símbolos, e há um grande ‘om’ escrito em cima. Ele traz uma bela aura em volta dEle. Deixei-O perto da lareira e fui até o jardim. Quando voltei à casa, todas as freiras caíram em cima de mim, dizendo: ‘O que é isto? O que é isto?’, como se tratasse de algum deus pagão. Então, eu lhes disse: ‘Bem, se Deus é ilimitado, Ele pode aparecer sob qualquer forma, de qualquer maneira que Ele queira aparecer. Esta é uma das maneuiras. Ele se chama Vishnu.”
Gostei muito também desse depoimento sobre um dos maiores sucessos musicais da carreira de George Harrison:
“Pensei muito sobre fazer ou não ‘My Sweet Lord’, porque estaria me revelando publicamente… Muitas pessoas temem as palavras Senhor e Deus… Eu estava colocando meu pescoço debaixo da guilhotina… mas, ao mesmo tempo, pensei: ‘Ninguém está dizendo isso… por que devo ser falso comigo mesmo?’ Cheguei à crença na importância de que, se você sente algo muito forte, deve dizê-lo.”
Finalizando, esse diálogo muito inspirador sobre o poder da música em geral e do canto em particular na evolução de cada um:
“Mukunda: Qualquer pessoa que esteja sinceramente tentando avançar espiritualmente e ser consciente de Deus, não importa a que religião pertença, normalmente pode perceber o valor do cantar.
George:
É verdade. É uma questão de ser aberto a novas experiências. Qualquer pessoa
aberta pode fazê-lo. Basta você ser aberto e sem preconceitos. É uma questão de
tentar. Não há nada a perder. Os ‘intelectuais’, todavia, sempre terão
problemas, porque eles sempre procuram apenas ‘conhecer’. Quase sempre, eles
são as pessoas espiritualmente mais fracassadas, porque nunca saem de sua
casca: eles não entendem o significado de ‘transcender’ o intelecto. Porém uma
pessoa comum está disposta a dizer: ‘Está bem, deixe-me ver se isto funciona’.
Cantar Hare Krsna também pode fazer da pessoa um cristão melhor.”
Aproveito para convidar você a participar do grupo GAIA CANTA PAZ, que tem a proposta de enviar vibrações curativas de Paz, Amor e Alegria para todo o planeta, através do poder da música e do canto. Nos reunimos toda quinta às 10h30 (horário de Brasília) na plataforma Zoom e também pelo YouTube. Venha somar com sua Luz! Para participar do grupo no WhatsApp envie um e-mail para oficinamuitamusica@gmail.com ou deixe uma mensagem em nossa página no Facebook (https://www.facebook.com/GaiaCantaPaz) ou Instagram (https://www.instagram.com/GaiaCantaPaz/). Cante e seja feliz!
\\\***///
MANIFESTO – Mensageiros do Vento
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590
Um experimento literário
realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo
contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de
um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um
surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento
e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James
Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem
que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis
mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das
paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que
encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e
descubra por si mesmo!
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590
Nenhum comentário:
Postar um comentário