quinta-feira, 4 de novembro de 2021

A FÓRMULA DA PAZ – Swami Prabhupada

 


Os dois capítulos iniciais trazem uma breve introdução sobre a Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, fundada por Swami Prabhupada, que se baseia em uma proposta muito simples: cantar o Maha Mantra, literalmente o “grande mantra”, sendo que a palavra sânscrita mantra significa “controle da mente”. Mas o que seria isso? A mente tem sido retratada pela filosofia oriental por uma imagem muito vívida: a de um macaco irrequieto, que fica pulando de galho em galho, à medida que novas sensações o distraem. Entoar mantras, portanto, é uma maneira de “controlar” esse macaco da mente, trazendo foco e direcionamento e, em última instância, paz e harmonia.

E o famoso Maha Mantra é formado por apenas três palavras, que se repetem ao longo de oito versos:

HARE KRISHNA

HARE KRISHNA

KRISHNA KRISHNA

HARE HARE

HARE RAMA

HARE RAMA

RAMA RAMA

HARE HARE 

Krishna e Rama são dois avatares (outra palavra em sânscrito, que significa “descida”), ou seja, dois seres que manifestaram o mais alto grau de Consciência em suas vidas, assim como Jesus Cristo e Buda, tornando-se exemplos para todos os homens. Krishna pode ser considerado uma Encarnação do Amor, enquanto Rama é a Encarnação da Verdade. E Hare é uma palavra que se refere a Deus, dentro de uma conotação muito especial: a de “Ladrão de Corações”, que é uma forma muito íntima e amorosa de se referir ao Senhor. O Maha Mantra, em resumo, é um canto para Deus em seus aspectos de Amor e Verdade.

Você pode recitar as palavras do Maha Mantra ou cantá-las com qualquer melodia que prefira. Recentemente, pesquisas científicas comprovaram que a mera repetição do Maha Mantra durante vinte minutos diários melhora a saúde física e mental das pessoas, em todos os níveis, desde a pressão arterial até o nível de estresse e ansiedade. Eu mesmo posso falar por experiência própria, pois canto diariamente o Maha Mantra, e sempre me sinto melhor depois de cantar.

E aqui voltamos ao livro “A Fórmula do Amor”, que traz a partir do capítulo 3 uma extensa entrevista feita com meu Beatle favorito, George Harrison, que foi um dos grandes responsáveis pela divulgação do Maha Mantra no ocidente, desde 1969, quando produziu o single “Mantra Hare Krishna” (https://youtu.be/XVMgEupff-E).

 


A entrevista, de 4 de setembro de 1982,  foi concedida a Mukunda Goswami, um dos mais destacados líderes do Movimento Hare Krishna e amigo pessoal de Harrison. Mais que um testemunho de Harrison sobre o Movimento Hare Krishna, é uma luminosa demonstração da generosidade e largueza de espírito do próprio Harrison, cujo nome poderíamos poeticamente traduzir para Son of Hari, o “filho do Senhor”. Em algumas falas, ele chega a ter rasgos de genialidade, ao simplificar em poucas palavras verdades essenciais:

“A única razão para estarmos aqui é encontrar a maneira de escaparmos.”

Outro belo exemplo é essa anedota, onde George Harrison deixa explícita uma verdade óbvia sobre a pequenez das religiões que ficam brigando para delimitar Deus dentro de suas mesquinhas paredes:

“Quando vim pela primeira vez a esta casa, ela estava ocupada por freiras. Eu trouxe este pôster de Vishnu. Nele você vê Sua cabeça e os ombros e Seus quatro braços, portando em cada uma das mãos o búzio e demais símbolos, e há um grande ‘om’ escrito em cima. Ele traz uma bela aura em volta dEle. Deixei-O perto da lareira e fui até o jardim. Quando voltei à casa, todas as freiras caíram em cima de mim, dizendo: ‘O que é isto? O que é isto?’, como se tratasse de algum deus pagão. Então, eu lhes disse: ‘Bem, se Deus é ilimitado, Ele pode aparecer sob qualquer forma, de qualquer maneira que Ele queira aparecer. Esta é uma das maneuiras. Ele se chama Vishnu.”

Gostei muito também desse depoimento sobre um dos maiores sucessos musicais da carreira de George Harrison:

“Pensei muito sobre fazer ou não ‘My Sweet Lord’, porque estaria me revelando publicamente… Muitas pessoas temem as palavras Senhor e Deus… Eu estava colocando meu pescoço debaixo da guilhotina… mas, ao mesmo tempo, pensei: ‘Ninguém está dizendo isso… por que devo ser falso comigo mesmo?’ Cheguei à crença na importância de que, se você sente algo muito forte, deve dizê-lo.”

Finalizando, esse diálogo muito inspirador sobre o poder da música em geral e do canto em particular na evolução de cada um:

“Mukunda: Qualquer pessoa que esteja sinceramente tentando avançar espiritualmente e ser consciente de Deus, não importa a que religião pertença, normalmente pode perceber o valor do cantar.

George: É verdade. É uma questão de ser aberto a novas experiências. Qualquer pessoa aberta pode fazê-lo. Basta você ser aberto e sem preconceitos. É uma questão de tentar. Não há nada a perder. Os ‘intelectuais’, todavia, sempre terão problemas, porque eles sempre procuram apenas ‘conhecer’. Quase sempre, eles são as pessoas espiritualmente mais fracassadas, porque nunca saem de sua casca: eles não entendem o significado de ‘transcender’ o intelecto. Porém uma pessoa comum está disposta a dizer: ‘Está bem, deixe-me ver se isto funciona’. Cantar Hare Krsna também pode fazer da pessoa um cristão melhor.”



Aproveito para convidar você a participar do grupo GAIA CANTA PAZ, que tem a proposta de enviar vibrações curativas de Paz, Amor e Alegria para todo o planeta, através do poder da música e do canto. Nos reunimos toda quinta às 10h30 (horário de Brasília) na plataforma Zoom e também pelo YouTube. Venha somar com sua Luz! Para participar do grupo no WhatsApp envie um e-mail para oficinamuitamusica@gmail.com ou deixe uma mensagem em nossa página no Facebook (https://www.facebook.com/GaiaCantaPaz) ou Instagram (https://www.instagram.com/GaiaCantaPaz/). Cante e seja feliz!


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MANIFESTO – Mensageiros do Vento

http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590

 

Um experimento literário realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e descubra por si mesmo!

http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590

  

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