domingo, 4 de fevereiro de 2024

O MUNDO SERIA MELHOR SE OS HOMENS SEGUISSEM AS LEIS DE ASIMOV

 


Resenha do livro “EU, ROBÔ”, de Isaac Asimov

Já perdi a conta de quantas vezes li os contos desse livro tão fundamental para a ficção científica. E não somente para a ficção: Isaac Asimov foi o primeiro a utilizar a palavra “robótica”, que hoje é uma ciência reconhecida e cada vez mais importante para a nossa sociedade. E até bem mais que isso: Asimov foi certamente uma das maiores influências na concepção de como seria a vida em ambientes onde a humanidade interagisse com seres dotados de Inteligência Artificial. Como hoje o tema da IA é imprescindível em qualquer reflexão sobre nossas perspectivas de futuro, achei que seria oportuno retornar mais uma vez às histórias tão queridas de “Eu, Robô”.


Em 2004 esse título ficou famoso mesmo entre pessoas que não costumam ler histórias de ficção científica, graças ao filme de Alex Proyas estrelado por Will Smith (https://youtu.be/7Dlo-VB0-HI?si=RSi_h1USLHbSbjtP). O filme foi uma adaptação muito feliz, em minha opinião. Pois apesar de ter muito pouco a ver com os contos presentes no livro, a trama do filme foi fiel ao espírito dessas histórias, que giram todos em torno dos dilemas e conflitos que podem surgir a partir das chamadas “Três Leis da Robótica”, uma das melhores invenções de Asimov:

“1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.

2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei.

3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.”

Essas leis serão o fio condutor de dezenas de ótimos livros de Asimov, que dessa forma foi escrevendo uma interessantíssima “história do futuro” (que atualmente seria melhor chamada de “história do futuro do pretérito”, por conta de já estarmos vivendo hoje no futuro cronológico de muitas das histórias escritas por ele). Em algum momento de sua saga dos robôs, Asimov concebeu uma “Lei Zero”, preponderante sobre as outras três:

“Um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.”


Foi essa Lei Zero, aliás, que inspirou a ótima trama do filme, e que traz a reboque uma pergunta cada vez mais pertinente, à medida em que a Inteligência Artificial vai se tornando mais poderosa e mais atuante no mundo: será que o mundo não andaria melhor se fosse governado pela IA?

Se estivéssemos falando da IA das histórias de Isaac Asimov, eu não hesitaria em responder com um enfático “sim!” a essa pergunta. Construídos de forma a obedecer irremediavelmente a essas leis, os robôs de Asimov acabam se revelando seres acima de tudo altruístas, dotados de grande inteligência e de inúmeras habilidades. Por conta dessas leis, cada ação dos robôs é inevitavelmente um benefício para outros seres, quando não para a sociedade como um todo. Sempre que leio essas histórias, penso em como teríamos um mundo mais feliz se Deus tivesse criado a humanidade mais parecida com os robôs de Asimov...

Contudo é importante lembrar que os contos de “Eu, Robô” começaram a ser escritos em 1940, quando conceitos como robôs e de Inteligência Artificial ainda não passavam de ficção. E mais importante ainda é o fato de que em todas as suas inúmeras histórias sobre robôs Asimov jamais descreveu de que maneira exatamente essas Leis da Robótica seriam postas em funcionamento. E essa é bem a parte ardilosa da história. Pois hoje a IA já é uma realidade, em alguns aspectos mais espetacular ainda que a ficção imaginada por Asimov. Todavia não há nenhum sinal de que nada parecido com as Leis da Robótica esteja em vias de se concretizar. Se a IA representa uma ameaça ou uma transcendência para a humanidade, só o futuro (próximo) dirá...

O que leva a uma conclusão fascinante, principalmente para quem, como eu, desde moleque lê essas histórias de robô: a realidade que vivemos hoje consegue ser ainda mais emocionante e imprevisível que a ficção científica de Isaac Asimov!


 

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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FAVELA GÓTICA liberado na íntegra no site da Verlidelas Editora:

https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica

O livro Favela Gótica fala sobre “a monstruosidade essencial do cotidiano”, em uma história cheia de suspense, fantasia e aventura. Ao nos tornamos mais conscientes das sombras que existem em nossa sociedade, seremos mais capazes, assim como a protagonista Liana, de trilhar um caminho coletivo das Trevas para a Luz.

A versão física de Favela Gótica está à venda no site da Verlidelas, mas o autor e a editora estão disponibilizando gratuitamente, inclusive para download, o PDF de todo o livro.

Fique à vontade para repassar o arquivo para amigos e parentes.

Leia ou baixe todo o livro no link abaixo:

https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica

 

Link do livro no SKOOB:

https://www.skoob.com.br/livro/840734ED845858

 

Book trailer

https://youtu.be/FjoydccxJGA


 

Entrevista sobre o livro na FM Cultura

https://youtu.be/IuZBWIBYeHE


 

Resenha (Perpétua):

https://youtu.be/4Vm4YUoU-SM



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