domingo, 23 de junho de 2024

UM ROMANCE POLICIAL COM A VERSÃO FEMININA DE FORREST GUMP COMO DETETIVE

 


Resenha do livro “A CAMAREIRA”, de Nita Prose

Esse livro me despertou algumas curiosidades logo de cara. Primeiro, pelo nome da autora, Nita Prose, que depois descobri ter atuado como editora por vários anos antes de publicar seu primeiro livro. Achei intrigante uma editora (e depois escritora) cujo sobrenome é “Prosa”. Será destino ou mera coincidência? Em que medida o sobrenome de Nita terá influenciado em suas escolhas? Por outro lado, mais curioso ainda foi descobrir que esse foi um pseudônimo adotado pela autora, cujo nome de batismo é Nita Provonost...

Outra curiosidade é o título do livro: “The Maid” no original, por se tratar da obra de uma autora canadense contemporânea. Ora, a primeira referência de ficção canadense que vem à mente é Margaret Atwood, com seu impactante “O Conto da Aia” (“The Handmaid’s Tale” no original). Dificilmente uma outra autora canadense estaria inconsciente dessa óbvia correlação entre os dois títulos. Contudo não encontrei na leitura de “A Camareira” nenhuma outra referência a “O Conto da Aia”.


O livro de Nita Prose tem vários méritos. Possui a originalidade de se propor como uma espécie de “romance policial inclusivo”, que gira em torno da carismática narradora Molly Gray. Molly possui algum tipo de deficiência cognitiva e/ou transtorno do espectro autista (uma das maiores sacações do livro foi jamais rotular essa condição da protagonista). Isso faz com que ela tenha uma visão muito peculiar – e interessante – do mundo e das pessoas. A situação se complica quando ocorre uma misteriosa morte no hotel de luxo onde Molly trabalha como camareira...

A leitura é bem atrativa, principalmente por conta da narrativa na primeira pessoa, que transporta o leitor para o mundo interno de Molly. A trama apresenta algumas reviravoltas, uma delas bem sombria, que me surpreendeu bastante.

A história tem lá também suas limitações. Esse mesmo recurso da narrativa na primeira pessoa se mostra uma grande desvantagem quando a autora tenta mostrar ao leitor que alguns personagens não são bem como Molly os percebe. A própria fala da protagonista torna a história inverossímil, quando por exemplo ela denuncia o mau-caratismo de determinado personagem e ao mesmo tempo permanece ignorante daquilo que está explicitando para o leitor.

Penso que o livro se destina a um público mais jovem. A necessidade de um número reduzido de personagens (característica dos romances policiais) aumenta a inverossimilhança da trama, sobrecarregando alguns personagens com demasiados papeis diferentes.

Mas o saldo final é certamente positivo. Uma leitura divertida, que suscita boas e oportunas reflexões.



 

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FABIO SHIVA é músico, escritor e produtor cultural. Autor de “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), “Diário de um Imago” (https://www.amazon.com.br/dp/B07Z5CBTQ3) e “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/Sincronic%C3%ADdio-sexo-morte-revela%C3%A7%C3%B5es-transcendentais-ebook/dp/B09L69CN1J/). Coautor e roteirista de “ANUNNAKI - Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4).

 

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Instagram: https://www.instagram.com/fabioshivaprosaepoesia/


 

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O SINCRONICÍDIO: Sexo, Morte & Revelações Transcendentais – Fabio Shiva

Leia o PDF grátis:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612

Para celebrar o seu décimo aniversário, a Caligo Editora está disponibilizando gratuitamente o PDF do romance policial “O SINCRONICÍDIO: sexo, morte & revelações transcendentais”, de Fabio Shiva. Lançado em 2013, o livro chama atenção pela originalidade da trama, que mistura xadrez e I Ching.

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

Suspense, erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo (clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das Mutações. Um romance de muitas possibilidades.

Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender o leitor.

 

Livro físico:

https://bit.ly/43G7Keq

 

E-book:

https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J

 

Book trailer:

http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA


 

Baixe o PDF gratuitamente:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7847612

 

  

 

 

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