sexta-feira, 2 de março de 2012

KOKO – Peter Straub


Acho que a essência desta história está na citação que Straub utilizou para abrir o livro:

“Eu acredito que é possível e mesmo recomendável tocar o blues em tudo.”
Frank Morgan, saxofonista

O blues de Peter Straub é o horror, gênero literário no qual ele se tornou um dos modernos autores americanos mais conhecidos, juntamente com Stephen King e Clive Barker. E o tema sobre o qual Straub exercita suas escalas terroríficas, em “Koko”, é a guerra do Vietnã.

Quatro veteranos do Vietnã resolvem se reencontrar quase vinte anos após o fim da guerra quando uma série de assassinatos começa a ocorrer. O modo como os assassinatos são executados é idêntico a um macabro ritual que o pelotão desses veteranos realizava: as orelhas e os olhos das vítimas são arrancados, e uma carta de baralho com a palavra “Koko” é enfiada em suas bocas. Tanto tempo depois, Koko estava de volta. Como localizá-lo? Como impedi-lo de continuar matando? Essa busca, como os veteranos descobrirão, reserva algumas surpresas...

Achei o livro interessante. Não chega a ser uma história de terror, e sim de suspense, uma vez que o elemento sobrenatural quase não faz parte da história. Straub é um autor com um belo domínio da narrativa e o desejo de ser original. Isso proporciona bons momentos de diversão e também uma boa oportunidade de aprendizado sobre “truques” da escrita (tais como inserir uma explicação que conserta um furo no roteiro que aparece bem antes na trama).

Ainda que não se trate de uma obra-prima, “Koko” possui ótimas passagens e certamente não falhará em manter o leitor grudado na leitura.


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