Aprendi muito com esse livro!
Zafón é dono de um estilo muito
interessante, recheado de ricas imagens e belas metáforas. Esse estilo adquiriu
tonalidades inusitadas ao ser aplicado a uma trama que mistura passagens
líricas em meio a uma atmosfera de suspense e terror. Bizarro! Houve momentos
em que pensei estar diante da cruza literária entre Dean Koontz e Pablo Neruda.
E daí veio o maior aprendizado. Lembrei
do conselho de Stephen King a respeito de evitar firulas em uma história de
horror. Ao invés de “Ele me olhou como se
uma dúzia de limões estivesse escorrendo de seu olhar”, opte sempre por
algo mais simples como “Ele me olhou com
azedume”. Esse é o conselho de Pai King.
Faz sentido. Em um thriller, o ponto
essencial é o ritmo da história, que deve ter a cadência correta para embalar e
capturar o leitor. Por isso uma linguagem seca e direta, como a praticada por
mestre Rubem Fonseca, é a mais adequada, creio eu, para estabelecer o melhor
vínculo do leitor com a leitura. Ainda mais quando a narrativa é feita na
primeira pessoa. Gera uma dissociação quando lemos o protagonista-narrador
elaborando refinadas metáforas em meio a uma cena de perigo, quando ele deveria
estar morrendo de medo e concentrado em salvar a própria pele. Fica um toque de
irrealidade, de sonho. Não passa verossimilhança.
Talvez tenha sido justamente essa a
intenção de Zafón, que com certeza não é bobo na arte de contar histórias.
Ainda mais porque “Marina” está longe de ser uma mera história de suspense e
horror. O lado lírico, sempre presente nas metáforas, foi o predominante. Isso
trouxe dimensão e contexto, deixando o leitor satisfeito, mas ainda com um
gosto de quero mais.
Pretendo ler outros do mesmo autor!
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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:
Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI
Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
Esse livro é MARA!!! e você fez observações pra lá de pertinentes.
ResponderExcluirFoi o primeiro e único livro dele que li, até agora, e realmente o gostinho de quero mais está presente em mim. Interessante é que eu adivinhei o final da história coisa que dificilmente consigo numa leitura, porém, mesmo assim minha atenção ficou presa aos acontecimentos até o "the end".
Linda resenha querido!
bj da angel ;)
Por acaso esta aí em cima é a queridíssima Angel??? E tá viva??? Menina, quanta saudades suas.
ResponderExcluirBom, aconselho você a ler "A sombra do vento", depois me conta. Nunca mais fui o mesmo após esta leitura.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAhhh ia me esquecendo, na maioria das vezes conseguimos adivinhar o final dos livros de Zafón. E apesar disso não conseguimos largar a leitura. Pra quem acha que isso é maçante, engana-se. Isso se chama talento!
ResponderExcluirValeu pelos comentários e reflexões, querida Angel e querido Rodolfo!
ResponderExcluirQuero muito ler "A Sombra do Vento", só pelo título já me cativou!!!
Esse foi o único livro que li do Zafón.
ResponderExcluirFoi um suspense e tanto, a princípio não me conquistou, mas conforme a leitura foi evoluindo me vi vidrada nela.
Quero em breve conhecer mais obras do autor.
Beijos
Leituras da Paty
Adoro esse autor. Quando ganhei A Sombra do Vento não levei muita fé em sua competência não, mas logo fiquei encantada com esse espanhol porreta...ahahh
ResponderExcluirVou postar a resenha de A Sombra do Vento...acho que vale a pena.
Rodolfooooo...adorei encontrar você por aqui.;)
Eu adorei esse livro, Zafón é um ótimo escritor!
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