ELECTRA – Sófocles
Adoro
tragédias gregasss. Dizem os pesquisadores que existem 3 versões dessa
tragédia. A Electra de Sófocles foi escrita lá pelas voltas de 420 a.C e narra
uma tragédia com todos os seus preâmbulos, trazendo Electra como personagem
principal, antes da versão de Eurípedes
datada de 413 a.C. que usa Electra como símbolo feminino da sua filosofia
libertadora, carregada de emoção e razão, se libertando dos mitos, porém ambas contando a história da vingança dos filhos de Agamênmon,
Orestes e Electra pela morte de seu pai. Esquilos também escreve a saga da família
Agamênmon em forma de trilogia, porém na minha visão com um ar mais cômico
e com titularidade A Oresteia, lá pelos
anos 458 a.C , focando mais a visão de Orestes.
A tragédia de Sófocles traz a
princesa Electra humilhada, que sofrendo muitas desventuras da trama, e
desejando vingança, torna-se uma mulher fria e ardilosa, levando seu irmão
Orestes a matar sua mãe adultera, para vingar a morte de seu pai Agamênmon. O
autor arma uma trama tão perfeita, que até esquecemos que estamos lendo uma
obra do séc. V. Incrível como é uma trama atual...pois as grandes tragédias
permeiam nosso mundo moderno. Filhos matando pai e mãe, pais matando filhos. Um
horror moderno que vem sendo descrito a milênios.
Li muitas das várias versões
dessa obra nos estudos da psicanálise de Jung, onde o complexo de Electra é tão
usado como o de Édipo, apesar de Freud usar o Édipo para ambos os sexos. Existe um
personagem nomeado de ‘pedagogo’, que no séc. V tratava-se de um escravo
encarregado de conduzir as crianças a escola. Mais tarde essa nomenclatura
evoluiu para ‘preceptor’ e depois para ‘educador’....essa foi a evolução dos
professores que mudaram de nome mas continuam escravos. Ahahah
Que bela surpresa encontrar essa resenha aqui! Muuuito bom!!!!
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