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terça-feira, 16 de abril de 2013


ELECTRA – Sófocles

 


Adoro tragédias gregasss. Dizem os pesquisadores que existem 3 versões dessa tragédia. A Electra de Sófocles foi escrita lá pelas voltas de 420 a.C e narra uma tragédia com todos os seus preâmbulos, trazendo Electra como personagem principal,  antes da versão de Eurípedes datada de 413 a.C. que usa Electra como símbolo feminino da sua filosofia libertadora, carregada de emoção e razão, se libertando dos mitos,  porém ambas contando a  história da vingança dos filhos de Agamênmon, Orestes e Electra pela morte de seu pai.  Esquilos também escreve a saga da família Agamênmon em forma de trilogia, porém na minha visão com um ar mais cômico e com titularidade A Oresteia,  lá pelos anos 458 a.C , focando mais a visão de Orestes.

A tragédia de Sófocles traz a princesa Electra humilhada, que sofrendo muitas desventuras da trama, e desejando vingança, torna-se uma mulher fria e ardilosa, levando seu irmão Orestes a matar sua mãe adultera, para vingar a morte de seu pai Agamênmon. O autor arma uma trama tão perfeita, que até esquecemos que estamos lendo uma obra do séc. V. Incrível como é uma trama atual...pois as grandes tragédias permeiam nosso mundo moderno. Filhos matando pai e mãe, pais matando filhos. Um horror moderno que vem sendo descrito a milênios.  



Li muitas das várias versões dessa obra nos estudos da psicanálise de Jung, onde o complexo de Electra é tão usado como o de Édipo, apesar de Freud  usar o Édipo para ambos os sexos. Existe um personagem nomeado de ‘pedagogo’, que no séc. V tratava-se de um escravo encarregado de conduzir as crianças a escola. Mais tarde essa nomenclatura evoluiu para ‘preceptor’ e depois para ‘educador’....essa foi a evolução dos professores que mudaram de nome mas continuam escravos.  Ahahah

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