Apesar
de conhecer em linhas gerais a história do célebre “Diário de Anne Frank”,
sempre tive grande curiosidade a respeito desse livro. E agora, ao ser
presenteado com um exemplar pelo querido amigo Marcos Lima, senti que o
Universo estava sinalizando que eu deveria realmente lê-lo.
Fiquei
totalmente capturado pela leitura, da primeira à última página. O que primeiro
chama a atenção é o imenso talento narrativo da jovem Anne. Realmente, uma
escritora nata, se já houve alguma. A tal ponto que, a princípio, cheguei a ter
dúvidas de que o livro tivesse realmente sido escrito por uma criança de 13
para 14 anos. Depois, soube que existiu até uma polêmica a respeito, mas a
autenticidade do livro foi definitivamente comprovada. Muitíssimo
impressionante!
O
Diário de Anne Frank é uma obra que só pode ser explicada pela espiritualidade,
a meu ver. Era necessário que existisse um relato como o de Anne, como um
testemunho vívido e emocionante do terrível desperdício de todas as guerras,
especialmente as movidas por qualquer tipo de intolerância ou preconceito. Por
isso foi necessário que uma jovem tão talentosa e com o sonho de se tornar uma
grande escritora, conhecida em todo o mundo (o que de fato acabou acontecendo!)
passasse pela difícil experiência que ela passou, tendo ao mesmo tempo a
oportunidade de registrar cada etapa de sua via crucis no famoso diário.
Hoje,
quando parecemos estar à beira de uma catástrofe atômica, mais do que nunca o
relato de Anne Frank se faz necessário. É estarrecedor constatar que aquela
menina possuía muito mais maturidade e discernimento que alguns de nossos
líderes mundiais, que detêm o poder de decidir, em nome de todo o planeta, se devemos
ou não iniciar uma guerra nuclear!
Outra
reflexão marcou a leitura desse livro, que retrata de forma muito pungente a
perseguição e os sofrimentos dos judeus durante a segunda guerra.
Principalmente no início do diário, quando Anne conta como os judeus foram
proibidos de frequentar clubes, cinemas, lanchonetes etc. Isso me fez pensar
que o pobre é o judeu das eras. O que faz de nós todos nazistas em potencial. Como
podemos achar natural e certo que uma pessoa não tenha direito a atendimento
médico só porque não tem dinheiro? Ou que ela não possa ter acesso à cultura e
à educação só por ser pobre? Como podemos aceitar que crianças morram de fome
todos os dias?
Enquanto
permitirmos que coisas assim continuem acontecendo, não temos o direito de nos
sentirmos muito melhores que os nazistas.
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MANIFESTO – Mensageiros
do Vento
Um
experimento literário realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é
apresentar um diálogo contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre
as diversas vozes de um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência
e levá-la a um surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar
ondas, movimento e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector,
Ferreira Gullar, James Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes
influências. Por demonstrarem que a literatura pode ser vista como uma caixa
fechada, e que um dos papéis mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa,
testar os limites das paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda
de rock! É o que encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento,
disponível aqui. Leia e descubra por si mesmo!
Querida amiga, estamos organizando uma postagem sobre as características dos textos e como exemplo de uma resenha, estamos levando essa sua postagem, espero que não se incomode. Postaremos com os seus créditos.
ResponderExcluirAbraços, fica na paz de Deus.
Gratidão, Elza! Seja muito bem-vinda!
ExcluirQuerida amiga, vim comunicar que a postagem que usamos a sua resenha o link é este. https://bibliotecamadre.blogspot.com.br/2017/09/tipologia-textual-x-genero-textual.html?showComment=1504738431697#c3689032824395735561
ResponderExcluirObrigada por tudo, Abraçoss
Ficou linda e muito instrutiva, uma verdadeira aula! Gratidão!
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