Já
perdi a conta de quantas vezes já li os contos de Allan Poe! Certamente em pelo
menos uma dezena de edições diferentes, desde a edição integral das “Histórias
Extraordinárias”, passando por versões com alguns contos suprimidos, até outras
como essa da L&PM, que colocam um dos contos como título do livro, juntam
mais uma meia dúzia e lançam como se fosse uma nova obra. Está valendo! Quando se
trata de ler Allan Poe, qualquer oportunidade vale a pena!
Não
é para qualquer um ser o precursor (ou mesmo o fundador) tanto da literatura de
horror quanto da história policial. Mas o que me atrai de novo e de novo para
leituras compulsivas de Poe é que ele é um verdadeiro mestre do conto. Não me
canso de lê-lo, porque cada releitura traz um novo aprendizado.
Dessa
vez, talvez pelas histórias que compõem a seleção (especialmente “Berenice”, “Ligeia”,
“A Queda da Casa de Usher” e “William Wilson”), o que mais me chamou a atenção
foi o gosto de Poe pela narrativa indireta e pela sugestão acima da descrição, o
que para um gosto mais moderno pode fazer algumas histórias serem consideradas
um pouco cansativas. Ainda assim, amo muito tudo isso!
O
destaque vai, é claro, para “A Carta Roubada”, obra-prima do conto policial, e,
principalmente, para “O Barril de Amontillado”, sem dúvida alguma minha
história favorita de Edgar Allan Poe. Esse conto é sinistro demais! É tão bem
escrito que chega às raias da perfeição. Continua me provocando catarse mesmo
depois de lido pela enésima vez!
Em
meu livro “O Sincronicídio” prestei singela homenagem a “O Barril de
Amontillado”, apelidando um dos personagens de Fortunato e emprestando a ele o
lema: Nemo me impune lacessit (“ninguém
me fere impunemente”). Ê paixão!!!
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O SINCRONICÍDIO –
Fabio Shiva
“E foi assim que descobri que a inocência é
como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá
um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a
cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia
reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do
Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia
de Homicídios, está marcado para morrer.
“Era para sermos
centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense,
erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo.
Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia
e descubra porque O Sincronicídio
não para de surpreender o leitor.
Livro físico:
http://caligoeditora.com/?page_id=98
eBook:
https://www.amazon.com.br/dp/B07CBJ9LLX?qid=1522951627&sr=1-1&ref=sr_1_1
Gostei muito do texto!
ResponderExcluirVarandim de ilusões... {Poetizando e Encantando}
Beijos e um excelente fim de semana!
Gratidão, querida! Boa semana!
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