O
que primeiro chama a atenção nesse livro é a capa de design esperto, com um
buraco recortado no lugar onde deveria estar a pintura. Muito criativo!
Ao
ler o primeiro capítulo, contudo, tive vontade de desistir da leitura, devido
ao excesso de clichês. Resolvi ler ao menos mais um capítulo, e acabei curtindo
bastante os comentários e reflexões sobre o mercado das obras de arte, e também
a respeito da eterna pergunta: o que é arte?
Os
exemplos citados no livro são bem eloquentes. É fácil identificar “A Anunciação”
de Caravaggio (https://goo.gl/images/q89Djo)
como uma obra de arte. Mas sem um conhecimento prévio da história que motivou
obras como o “Suprematista Branco sobre Branco” de Malevich (https://goo.gl/images/x6rPnz), quantos
afirmariam sem hesitar que se trata de fato de uma obra de arte?
Outro
debate diz respeito aos valores estratosféricos alcançados por essas ditas
obras de arte nos leilões modernos. Recentemente o “Retrato de um Artista
(Piscina com duas Figuras)” de David Hockney (https://goo.gl/images/rPVNJq) foi
vendido pelo valor recorde de 90,3 milhões de dólares (equivalente a 330
milhões de reais). Em minha opinião, isso demonstra o quanto ainda somos
atrasados como civilização. É imoral e hediondo que um pedaço de pano pintado
seja comercializado por essa soma que poderia alimentar milhões de crianças,
que literalmente poderia salvar inúmeras vidas.
Sobre
a trama do livro em si, achei mais ou menos. Há momentos interessantes, mas um
excesso de influência de Dan Brown (nos enigmas escondidos a serem decifrados)
e de Harlan Coben (no festival mirabolante de reviravoltas no final). Um dos
maiores defeitos da obra é o excesso de personagens, talvez uma exigência da
história ambientada em várias locações.
Mesmo
não gostando tanto do livro, aprecio sempre o aprendizado. Em uma narrativa
construída com menos habilidade, podemos enxergar melhor os fios condutores, e
onde há falhas aparentes, podemos aprender sobre os acertos. E principalmente
adquirimos mais recursos de análise para apreciar melhor uma obra-prima, onde
não é tão fácil discernir como o truque foi feito. E viva o salutar hábito da
leitura!
\\\***///
Imagine um jogo que
ensina as crianças a rimar e fazer Poesia!
Disponível
gratuitamente no link abaixo:
O jogo POESIA
DE BOTÃO faz parte do projeto selecionado pelo Edital Arte Todo Dia – Ano
IV, da Fundação Gregório de Mattos (Prefeitura de Salvador), com apoio de
Athelier PHNX, Verlidelas Editora, Caligo Editora, Suporte Informática e AG1. O
propósito do jogo é convidar as crianças a vivenciar o universo da Poesia de
forma lúdica e atrativa, como uma “brincadeira de montar versos”. POESIA DE BOTÃO é especialmente
indicado para crianças já alfabetizadas, mas nada impede que adultos possam
brincar também e se beneficiar com o jogo.
Muito bem! Amei a postagem!
ResponderExcluirA nossa estória ...possante telepatia ...
Beijos e uma excelente dia...
Gratidão, querida!
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