Excelente
thriller de espionagem que prende o
leitor na história, da primeira à última página. Achei muito curioso o fato de o
livro ter sido escrito em 1984, mas a história se desenrolar em 1986. Ou seja,
quando foi publicado, O Quarto Protocolo
fazia referência a acontecimentos em um futuro próximo. É portanto, um tributo
ao talento do autor ler o livro em 2018, 34 anos depois, e constatar que a obra
é igualmente empolgante ao ser lida como um “suspense histórico”.
Gostei
tanto desse livro que coloquei Forsyth em um honroso 2º lugar de melhor autor
de espionagem, atrás apenas do imbatível John Le Carré. Aliás, acabei fazendo
uma possivelmente perversa graduação de cinco níveis de livros de espionagem, a
partir dos principais autores que li:
NÍVEL
1: AGATHA CHRISTIE - “Vizinha Fofoqueira”
Tramas
ingênuas, cavalheirescas e ufanistas, totalmente inverossímeis e chatérrimas. Note-se
que nas histórias de assassinato Agatha é exatamente o oposto: ardilosa,
maquiavélica, sinistra e irresistível!
NÍVEL
2: LEON URIS - “Boato Maldoso”
História
cheia de clichês e estereótipos, xenofóbica, insuportável. Baseio essa
qualificação na obra de propaganda disfarçada como romance que o autor
intitulou “Topázio”.
NÍVEL 3: IAN FLEMING - “Hush Hush”
Fantasioso,
porém delicioso! Ian Fleming foi o grande responsável pela aura de glamour que
cerca as histórias de espionagem, com seu persistente 007, que já rendeu várias
encarnações no cinema (claro que o Sean Connery é insuperável!).
NÍVEL
4: FREDERICK FORSYTH - “Só para seus olhos”
Trama
bem construída, convincente e empolgante. Só comete o compreensível pecado de colocar
britânicos como os grandes heróis, americanos como coadjuvantes e russos como
os inevitáveis vilões.
NÍVEL 5: JOHN LE CARRÉ - “Top Secret”
Obras
densas, angustiantes, escritas com grande conhecimento do ofício de espião e,
sobretudo, do ofício de escritor. A única coisa que diferencia os heróis dos
vilões é que eles sofrem mais com as ações repugnantes que todos precisam
cometer em nome da honra e da virtude. Alta literatura dos tempos modernos!
Ainda
sobre O Quarto Protocolo, um detalhe
que me chamou a atenção foi a referência ao “serviço de desinformação”,
extremamente ativo nos governos de direita e esquerda, muitos anos antes da
Internet inaugurar a era das Fake News.
Trailer
do filme (1987):
Wikipedia:
\\\***///
O SINCRONICÍDIO –
Fabio Shiva
“E foi assim que descobri que a inocência é
como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá
um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a
cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia
reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do
Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia
de Homicídios, está marcado para morrer.
“Era para sermos
centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense,
erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo.
Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia
e descubra porque O Sincronicídio
não para de surpreender o leitor.
Livro físico:
http://caligoeditora.com/?page_id=98
eBook:
Muito bem!!
ResponderExcluirSonhos Perdidos... ( POETIZANDO...)
Beijos - Boa noite - Bom fim de semana!
Gratidão, querida!
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