Gostei
muito de ter lido esse livro, mesmo não tendo gostado tanto do livro em si.
Explico: é que sou um grande fã da força imaginativa de Marçal Aquino, desde
que assisti ao filme “O Invasor” (https://www.youtube.com/watch?v=yy5I164Ck6c), que tem
roteiro dele. Fiquei impactado com o filme e já li o livro duas vezes – e estou
guardando o exemplar para ler uma terceira, fato raríssimo comigo, que leio e
passo adiante em 99% das vezes. Depois vi o filme “Eu Receberia as Piores
Notícias dos Seus Lindos Lábios” (https://www.youtube.com/watch?v=edKYYoBKav4), também com
roteiro dele, e daí virei fã de vez.
Tanto
que ao encontrar esse “A Turma da Rua Quinze” no P.U.L.A. (Passe Um Livro
Adiante) parei tudo o que estava lendo para devorar esse. Como leitor, fiquei
um pouco frustrado ao ler essa história. Claro que não estava esperando uma
trama tão intensa e asfixiante como a de “O Invasor”, por se tratar de um livro
voltado para o público infantojuvenil. Contudo, por se tratar de livro da
querida série Vagalume, minhas expectativas não eram menores, pois tinham como
referência clássicos de Marcos Rey como “Mistério no Cinco Estrelas” e “O Rapto
do Garoto de Ouro”, que foram os que achei mais na pegada desse do Marçal.
Sorte
a minha que sou leitor e escritor, e que enquanto um se diverte, o outro
aprende! Pois justamente o que fez o leitor não gostar tanto da história foi
oportunidade de aprendizado para o escritor. A principal dificuldade que
percebi na narrativa foi uma apresentação muito sucinta dos personagens. Quase
não existem descrições físicas ou de personalidade, de modo que os rapazes e
moças da turma não se distinguem muito uns dos outros, em minha opinião. Uma
solução clichê seria criar algumas situações anedóticas no início da história, possibilitando
revelar um pouco do temperamento de cada um.
Outro
empecilho foi a repetição da mesma solução dramática, por três vezes. Não chega
a ser um ponto falho, é questão de gosto, mas me pareceu um abuso do “Deus ex machina”.
Todas
essas percepções resultaram em aprendizado, pelo que sou grato. Contudo o que
me fez gostar mais de ter lido esse livro foi justamente comprovar que mesmo um
grande talento como Marçal Aquino não nasce pronto, mas é capaz de evoluir a
cada obra, ao longo do tempo. Essa comprovação reforça em mim o desejo e a
determinação de me esforçar para que o escritor em mim possa se aproximar, um
pouco mais a cada dia, dos altíssimos horizontes vislumbrados pelo leitor em
mim. Que assim seja!
\\\***///
Após
o imenso sucesso do projeto POESIA DE
BOTÃO, com a criação do jogo que ensina crianças a rimar e fazer poesia, é
com muita alegria que comunicamos que o projeto vai virar um livro publicado
pela Verlidelas Editora. Poetas de todo o Brasil já podem enviar seus poemas
sobre o tema “Infância”. Está aberto o edital para a Antologia Poesia de Botão,
confira no link abaixo:
Thank you Anas!
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