Espetacularmente
bem escrito, “Benjamim” é mais um escandaloso testemunho da genialidade do
brasileiro Chico Buarque de Hollanda. Aqui, mais do que em “Budapeste” (que foi
outro romance dele que li), senti muito vividamente a presença do poeta dentro
do romancista. A narrativa vai sendo construída através de inesperadas imagens
poéticas, que tornam a leitura uma experiência ímpar.
Os
personagens também são extremamente marcantes, com destaque para Ariela Masé, tão
enigmática e complexa e, ao mesmo tempo, tão simples e direta em sua feminilidade,
que parece ter saído de uma das letras imortais do Chico sobre as mulheres.
Diversão
e arte em alto grau! Recomendado para todos que amam a Literatura e que
acreditam nessa arte como forma de elevar o ser humano a novos patamares.
Só
me causa estranheza o fato de nenhum dos livros de Chico Buarque constar da
lista dos recentemente censurados pelo governo de Rondônia. Uma omissão
verdadeiramente imperdoável! Não há censura que se preze que não coloque Chico
Buarque no topo da lista!
De
resto, a reconfortante certeza que fica após a leitura de obra de tal quilate: esses
aspirantes a ditadores de meia tigela que aí estão, esses passarão, como
sempre. Já Chico, Paulo, Rubem, Machado e outros grandes, passarinhos que são,
continuarão mostrando aéreos caminhos!
\\\***///
Qual é o seu tipo de
monstro? Faça o teste e descubra!
“Em nossa cidade habitam monstros, como em todas
as outras.
A diferença é que aqui ninguém finge que eles não
existem.
Há pessoas normais em nossa cidade também. É
claro.
Ser normal é só a maneira mais ordinária de ser
monstruoso.”
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Gótica”, segundo romance de Fabio Shiva:
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