Ao
final do livro encontramos uma breve biografia da autora, onde se lê:
“Magdalen
Nabb nasceu em Lancashire em 1947 e se formou ceramista. Em 1973, abandonou a
cerâmica, vendeu a casa e o carro e se mudou para Florença com o filho, sem
mesmo conhecer ninguém e sem falar italiano, para se dedicar à carreira de
escritora de tramas policiais e de livros infantis. Faleceu em 2007.”
Essa
vida tão original está intimamente conectada à obra da autora. “Morte de um
Holandês” é o segundo volume de uma série de romances policiais ambientados em
Florença e protagonizados pelo Marechal Guarnaccia. O cenário florentino é
muito presente na história, com vívidas descrições não só de locais como de
costumes. Para a autora, Florença é “uma cidade muito secreta”.
Tudo
isso contribui para compor uma história policial bem diferente do usual, mas a
originalidade está presente em cada detalhe, com destaque para uma galeria de
personagens marcantes como a velha Signora
Giusti, uma nonagenária malévola, mentirosa e muito egoísta – e, ainda assim,
estranhamente cativante.
Para
não dizer que tudo é inovação em “Morte de um Holandês”, encontrei ecos do
Comissário Maigret, de Georges Simenon, no Marechal Guarnaccia de Magdalen
Nabb. Digamos que o Marechal é um Maigret com menos autoconfiança. Essa
semelhança, que de forma alguma é um demérito, fica muito evidente na cena da insólita
perseguição pelas ruas de Florença, que
me lembrou um dos melhores contos de Maigret.
Foi
uma leitura bastante agradável, que não decepcionou em momento algum. Contudo,
desconfio que a vida da autora tenha sido ainda mais fascinante que sua
ficção...
\\\***///
O SINCRONICÍDIO – Fabio
Shiva
“E foi assim que descobri que a inocência é
como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá
um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a
cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia
reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do
Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia
de Homicídios, está marcado para morrer.
“Era para sermos
centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense,
erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo.
Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia
e descubra porque O Sincronicídio
não para de surpreender o leitor.
Livro físico:
Book trailer:
Mais um interessante post! Gostei de ler...
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Sopros e sonhos, em contraluz. [Poetizando e Encantando: Segunda edição: Nr 01 ]
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Visitem o meu novo blogue de "desafios", sigam e linkem. Obrigada
Desafios: prosas e poesias-Cidália Ferreira
Beijos. Bom Domingo
Gratidão, querida, e parabéns pelo novo Blog!
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