segunda-feira, 25 de julho de 2011

AFINAL, QUEM ESCREVE?

“Apesar do impacto da internet, algumas pessoas têm um preconceito incrível com o que se faz na web, e é bem mais lógico dizer que quem é escritor é aquele que publica livros.”

Por Álisson da Hora*

Hoje é o Dia Nacional do Escritor e religiosamente acaba-se topando com afirmações acerca do ato de escrever, ou do ofício do escritor que, nos tempos atuais (ou até antes deles) são bastante questionáveis. Por exemplo, há quem diga que quem não tem blog não é escritor. Contudo, o Saramago, até antes de morrer, tinha um… E aí?

Obviamente que era uma generalização, talvez para causar polêmica, talvez simplesmente para causar, tendo em vista que toda generalização é perigosa. Mas, dentro da discussão, o que isso quer dizer, ou pelo menos, insinuar?

Claro que não vou dizer que quem escreve é escritor e pronto. Não é bem assim e qualquer pessoa suficientemente inteligente é capaz de derrubar por terra tal afirmação, visto que é uma generalização. Logo, quem escreve?

Apesar do impacto da internet, algumas pessoas têm um preconceito incrível com o que se faz na web, e é bem mais lógico dizer que quem é escritor é aquele que publica livros. E os vende, claro. Isso é uma visão que encerra aquela nossa clássica noção de escritor como um profissional das letras, que trabalha e recebe pelo ato de escrever (e muitas vezes se coloca numa distância olímpica por causa disso).

Logo, alguém que escreve, ou seja, é capaz de compreender os mecanismos da linguagem (e do seu idioma) e a subverte, por meio de técnicas (que não se aprendem na escola, como regras, mas sim, por meio de muita, muita leitura e prática) que provocam o famoso estranhamento, por mais que não se constitua como um escritor profissional, é sim, um escritor.

É justamente tal capacidade, ou como dizem os estetas da recepção, o horizonte de expectativas que ele consegue abarcar, que diferencia uma pessoa que escreve daquelas que simplesmente rabiscam e saem por aí dizendo que são escritoras. Ou alguém duvida de que algum blogueiro perdido por aí, que escreva suas tentativas literárias há cinco, seis anos, não possua uma qualidade melhor do que uma Vera Fischer, que escreve (diz ela) dez livros ao longo de doze meses, e os publica?

>>> clique aqui e leia o texto completo <<<

fonte: Poemas de Mil Compassos

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