domingo, 15 de janeiro de 2012

Hotel Íris - Yoko Ogawa


A arte japonesa sempre tem o dom de me surpreender, seja nos mangás, na luta, na dança ou literatura. Sou um admirador, fã de carteirinha, entusiasta. Seja lá o que for, defendo esta cultura com unhas e dentes, mesmo não fazendo parte dela. E sabe por quê? Porque nela existe o meio termo. Nada é preto e branco, nada é oito ou oitenta. O caminho é sempre o do meio. Só por isso já mereceria meu sacerdócio incondicional. Mas ainda tem mais. Eles respeitam os mais velhos, eles os ouvem, baixam a cabeça e aprendem, porque falar é prata, mas calar é ouro.

Foi com estes princípios que iniciei a leitura de Íris Hotel (Leya – 2011, 208 páginas). Eu tinha razões de sobra para ler, pra curtir. Mas confesso que minha bagagem é apenas a de um curioso. O único contato que tive com a literatura japonesa de fato foi com “Musashi”, que é de uma época em que os folhetins japoneses viviam tempos de glória, contanto a história de uma lenda do Japão Feudal, ou seja, eu estava cru ao iniciar a leitura. Havia lido livros sobre o Japão, mas literatura nada.

A história de Mari e sua louca paixão foram me pegando aos poucos. A pausa é a melhor maneira de se ler Yoko Ogawa, esta escritora premiada em seu país e com várias obras adaptadas para o cinema. Não é de fácil digestão. A leitura não tem ganchos, apenas reflexões.

Mari vive em mundo claustrofóbico, reside com sua mãe autoritária no Hotel Íris, de propriedade de ambas, é jovem e não espera muito da vida. Subitamente entra em cena uma mulher que é expulsa de seu quarto e sai acusando seu acompanhante de inúmeras atrocidades. A voz potente do velho acompanhante faz a mulher se calar e isso unido a seu porte e elegância, de certa forma, encanta e aprisiona Mari, que passa a segui-lo dando início a todo tipo de perversões sexuais.

Leia mais em:
http://www.literaturadecabeca.com.br/2012/01/resenha-o-prazer-pela-dor.html

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