sábado, 7 de janeiro de 2012

OS MACHÕES NÃO DANÇAM – Norman Mailer


Tim Madden acorda com uma bruta ressaca, após uma noitada daquelas. Ao sair de casa, descobre que o banco da frente de seu carro está empapado de sangue. Em sua plantação particular de maconha, outra surpresa o aguarda: a cabeça decepada de uma mulher está enfeitando suas folhas de marijuana. Para piorar, Madden é incapaz de lembrar o que aconteceu na noite anterior.

Assim começa “Os Machões Não Dançam”, talvez a obra mais conhecida de Mailer. O fascínio maior do livro é o mundo sórdido e brutal criado pelo autor, com direito a muitas situações degradantes e personagens degradados. Não é uma leitura edificante, sem dúvida!!!

Norman Mailer é o típico “escritor-personagem”, a celebridade conturbada e problemática que muitas vezes chama mais a atenção que os livros que produz. Bukowiski seria o clássico exemplo dessa categoria. No caso de Mailer, sua prosa ensandecida é uma das maiores responsáveis por essa “aura”: ao lê-lo, temos a impressão de que Mailer seria capaz de arrastar qualquer mulher para a cama ou de encarar qualquer sujeito numa briga, usando os piores truques nos dois casos.



A primeira vez que li esse livro foi um choque absoluto. Poucas vezes lembro de ter lido algo tão impactante. A segunda leitura não teve o mesmo sabor cáustico, mas ainda assim foi uma paulada!!!

Uma curiosidade: o livro ganhou uma versão cinematográfica, mas no Brasil o título foi traduzido para “Homens Roxos Não Dançam”, porque o filme foi lançado na era Collor!!!

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