domingo, 18 de março de 2012

PONTO DE IMPACTO – Dan Brown



Um misterioso objeto descoberto nas profundezas do Ártico. Micro-robôs do tamanho de mosquitos e que podem carregar tanto câmeras e microfones de alta precisão quanto mortíferos venenos que não deixam vestígios. A acirrada disputa pelo posto político de maior poder no planeta.

Esses são alguns elementos da trama de “Ponto de Impacto”. O livro foi escrito em 2001, antes de toda a polêmica causada por “O Código Da Vinci”. É possível perceber o autor em evolução, pois alguns recursos utilizados com mestria em “O Código Da Vinci” e “Anjos e Demônios” aparecem aqui de forma menos elaborada. Isso faz da leitura de “Ponto de Impacto” uma excelente oportunidade de aprendizado sobre os “truques” da escrita.

Dan Brown é o atual destaque nesse estilo que é americano por excelência, o thriller. A estratégia básica desse tipo de narrativa é liberar as informações para o leitor a conta-gotas e só depois de muito suspense. É preciso habilidade para fazer isso, pois uma mão pesada pode tornar a leitura irritante e enfadonha.

Quando a técnica funciona, no entanto, é uma maravilha. O leitor se vê grudado no livro, incapaz de soltar sem terminar a leitura.

Mesmo sem o intenso apelo dramático de seus sucessores, “Ponto de Impacto” engata logo de saída. Desde que comecei a lê-lo, tornou-se minha leitura quase exclusiva.

(...)
Realmente, Dan Brown sabe como grudar o leitor no livro!!!

Achei excelente a oportunidade de ler esse livro, que se difere dos outros dois dele que li (“O Código da Vinci” e “Anjos e Demônios”) também por não ter temas religiosos como mote para sua trama. Dessa vez, ao invés do Vaticano ou da Opus Dei, é a NASA a fonte de inspiração para os intricados roteiros de Dan Brown.

Foi muito bom perceber a evolução do estilo e das artimanhas, desse para os outros dois. Por exemplo, em “Ponto de Impacto” (o título original, “Deception Point”, traz mais riqueza semântica para a história), há duas personagens femininas com características muito próximas, o que faz com que se dilua um pouco a identificação do leitor com a “heroína”. Isso já não ocorre nos dois livros seguintes.

Mas a evolução de fato se deu nas amarras da trama. As marcas registradas de Dan Brown já estão presentes aqui: um suspense instigante envolvendo uma enorme gama de informações especializadas e personagens que ocupam lugares de grande destaque na sociedade humana. Onde o autor melhorou foi na elaboração de suas seqüências de tirar o fôlego, pois nesse livro há um certo excesso do “deus ex machina” (quando a solução parece “cair do céu”) e alguns pontos que forçam a verossimilhança. Nada que atrapalhe a diversão da leitura, registro esses comentários apenas para enfatizar o prazer que foi perceber o quanto o autor avançou de um livro para outro. Nessa percepção, certamente, eu também aprendi!!!

Em resumo: quem gostou de algum livro de Dan Brown irá gostar desse também, sem dúvida!!!

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