Seria admirável se Asimov não tentasse um livro como esse, considerando sua vasta e diversificada obra. Pois doutor Asimov foi o “bom” não somente nas obras de ficção e divulgação científica, como também nas histórias policiais, chegando até a inventar um híbrido de histórias científicas e policiais.
...então por que não escrever também um misto de ficção científica e faroeste???
Confesso que demorei a perceber que essa era a ideia do livro, apesar do título gritar isso com todas as letras. Taí, um western espacial! Tinha que ser Asimov escrevendo!
O livro é fininho e despretensioso. Faz parte de uma série de seis volumes. Nesse primeiro, somos apresentados ao herói David Starr, um típico herói de Asimov: bonitão, fortão, inteligente e audacioso (pena que não haja uma só mulher na história para apreciar tantos atributos masculinos!), que se torna o Ranger Espacial após um encontro com uma raça alienígena superior.
A história é bobinha, mas cumpre o seu papel de divertir. O ponto alto, para mim, foi o duelo entre o mocinho e um dos vilões à beira de um abismo em Marte, em baixa gravidade e sem as máscaras de oxigênio. É claro que o mocinho vence depois que o bandido tenta jogar sujo...
Originalmente escrita no início da década de 1950, a história foi bastante desatualizada pelas descobertas científicas ocorridas desde então, principalmente com relação à topografia e atmosfera de Marte. Como o próprio Asimov afirma acreditar em seu prefácio datado de 1970, no entanto, essas pequenas incongruências não interferem no aproveitamento da história.
Somente para fãs!
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