segunda-feira, 7 de maio de 2012

BOUDICA - LIVRO 3: CÃO - Manda Scott



Em Boudica – Livro 1: Águia e Boudica – Livro 2: Touro temos o desenvolvimento e as angústias dos personagens retratados de forma poética e excepcionalmente trabalhados por Manda Scott, que nos faz adentrar num universo de guerreiros fieis aos seus deuses e costumes.

Voltei à saga de Boudica como quem volta ao aconchego de uma amante. Porém, perceber a personagem invocando seus ancestrais como uma vidente, gerou um pouco de estranheza e desconforto num primeiro momento – logo ela, que é a guerreira brutal dos Icenos, portadora da Vitória apelando para os mortos –, mas acabei me acostumando. Nos volumes anteriores Manda Scott já havia me ganhado com diálogos fortes, incisivos e definitivos. Com este volume ela me alçou ao patamar de fã.

Em Boudica – Livro 3: Cão (Bertrand Brasil, 592 páginas) o personagem principal é a batalha - ou melhor, as batalhas - os combates viscerais, corpo-a-corpo ou aqueles mantidos apenas na mente de personagens atormentados pelo passado e pelo misticismo. Este livro é tão diferente dos anteriores que chegamos a pensar que é escrito por outra pessoa que não Scott. Pode considerar este comentário como um elogio, porque a autora continua maravilhosa em sua narrativa. Fui literalmente jogado dentro de cada batalha, as descrições são todas ricas em detalhes. Se você acha que me cansei dos embates carregados de sangue, enganou-se, cada vez mais me encontrei torcendo para que a guerra começasse, só para sentir cada nova palavra arremessada pesadamente como uma espada.

Neste livro Boudica precisa se unir a ‘Tagos, que se auto-intitula “rei” dos icenos. Por sua vez ‘Tagos tem um  pacto com os romanos que sitiaram o leste da Britânia e governam com mãos de ferro a mando do imperador Nero, cobrando impostos e impondo suas leis. Boudica deverá tomar uma difícil decisão, que colocará em risco seus filhos e amigos. Só há uma pessoa que poderá ajudá-la, uma pessoa que há muito renunciou à batalha e se encontra exilado na Hibérnia: seu meio-irmão Bán, hoje Valerius. Cabe a Luain mac Calma, o vidente ancião de Mona, convencê-lo. Da reconciliação dos irmãos depende o futuro de toda a Britânia.
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